A cultura na Bahia é algo mais que um trio elétrico.

Há muito tempo que ao se referir à Bahia, jornais, revistas, sites na internet e ate mesmo o governo do estado, deixam a entender que tudo se resume a capital Salvador. Parecendo que o que acontece na Bahia, acontece lá. Se de alguma forma isso ao longo do tempo criou uma marca para ser vendida, hoje em dia é um mal que exclui as outras manifestações culturais existentes por todos os territórios de identidade.

Fala-se do pelourinho como se lá fosse o único local onde os turistas pudessem encontrar as manifestações existentes. Colocasse dinheiro publico a anos naquele local. A iniciativa privada que tem seu comércio parece sobreviver à custa de incentivos em detrimento do restante do estado. Parece-me, sem fazer qualquer pesquisa, que já se investiu mais no pelourinho que em qualquer outra cidade. E só estou falando do complexo onde fica o Centro Histórico.

A busca em atrair turistas para visitar a “Bahia”, vista unicamente a partir de Salvador, leva o governo a investir erradamente o dinheiro publico.

Um desses gastos aconteceu quando se tenta transformar o São João da Bahia em um produto vendável.

No primeiro ano, foi contratada a cantora Daniela Mercury como garota propaganda de um evento junino. Um erro! Não pela artista que é renomada mundialmente, mas porque essa mistura do Forró com a Axé desvirtua o sentido do evento. Se já não bastasse a mistura de ritmos que vem sendo imposta pelos produtores de shows na Bahia. Neste caso o que aconteceu foi feito pelo governo do estado. Ate parece que aqui tudo se resume a trio elétrico e artistas de Axé Music. Basta que se ande por todos os cantos e recantos para se perceber que a Bahia é algo mais que o pelourinho, Axé Music, Salvador...

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