Seguindo o terceiro dia da
programação que visa capacitação de 85 coordenadores culturais de todo o
estado, selecionados via edital para atuarem no projeto Escolas Culturais, do
Governo do Estado, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA),
esteve à frente de alguns dos debates que movimentaram a quinta-feira (12).
Na parte da manhã, o assessor
de comunicação da SecultBA, Fidelis Melo, apresentou uma palestra sobre o tema
“Ferramentas de Comunicação para potencializar sua atividade”. Centrado nos
possíveis panoramas que cada profissional encontrará em seu respectivo
município, o bate-papo foi composto por direcionamentos aos coordenadores
acerca das principais práticas e procedimentos de comunicação, e a importância
destas estratégias para a mobilização de público interno e externo, além de
para propagar e fortalecer as atividades desenvolvidas dentro das escolas por
meio do programa. “Mesmo que esta não seja a atividade primordial que eles vão
exercer, é essencial para os coordenadores compreenderem o que é comunicação e
como ela é parte vital do dia a dia de um espaço cultural, como estão se
tornando estas escolas onde eles irão atuar. Desta forma, eles próprios podem
utilizar algumas das ferramentas que tem ao seu alcance para contribuir ainda
mais com o projeto e com as suas comunidades”, explica o jornalista.
A tarde começou com a presença
do Diretor da Territorialização da Cultura (DTC) da SecultBA, Wdileston Souza,
que falou sobre a atuação de sua equipe nas dinâmicas e demandas dos 27
territórios culturais da Bahia. “Cada território tem uma realidade cultural
diferente, dada à própria diversidade que existe em cada região da Bahia. O
trabalho dos coordenadores, então, é articular as necessidades dos municípios
que estão sob seus cuidados.”, explica o diretor da DTC.
Widleston Souza trouxe ainda
um quadro comparativo das gestões pré e pós 2006, destacando as diferenças e
melhorias da situação atual. Em sua análise, Souza mostrou que, antes de 2006,
boa parte das iniciativas de qualificação em Cultura e Territorialização eram
centralizadas na capital. “Não podemos pensar em políticas públicas de cultura
sem considerar a territorialização estratégica das ações”, finalizou.
Em seguida, a produtora
cultural e coordenadora do Centro de Culturas Populares e Identitárias, Thelma
Chase, falou sobre sua experiência chefiando as atividades nos largos Pedro
Archanjo, Quincas Berro d’Água e Tereza Batista, que estão todos localizados no
bairro do Pelourinho, Centro Histórico de Salvador. “Produção é como ser mãe.
Cada evento que nós coordenamos é como a criação de filho, pois damos
praticamente todo o suporte. Desde o nascimento até a morte deste ‘menino’,
pensamos na comunicação, logística, manutenção e execução”, brinca a produtora,
que finalizou sua fala destacando a importância da cultura e educação como
atores fundamentais na transformação de vida da sociedade.
Logo após, Maria Marighella,
atriz e chefe da Diretoria de Espaços Culturais (DEC), falou sobre a noções
básicas para dinamização e gestão das escolas, que ocupam o papel de espaço
cultural a depender do município. A diretora salientou a importância da
imaginação e criatividade na gestão de cada núcleo. “Para além das demandas que
existem em cada espaço, que neste caso são as escolas, é preciso se esforçar
para pensar no que ainda não existe e que pode ser articulado pela equipe”,
afirma.
O Projeto Escolas Culturais é
desenvolvido em conjunto pelas secretarias de Cultura (SecultBA), da Educação e
de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). Até sexta (13)
serão apresentadas atividades ligadas às três secretarias envolvidas.
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