Senadora do Paraná, antes de
se tornar a Presidenta do Partido dos Trabalhadores em uma disputa direta com o
também senador, Lindberg Farias do Rio de Janeiro, ela era o que se chamava, “um
rostinho bonito”. Fora do Congresso Nacional pouco se sabia da Gleisi política.
A não ser o estado que ela representa. O Brasil não conhecia aquela mulher.
A disputa interna travada no
PED – Processo Eleitoral Direto, mostrou mais uma vez a genialidade de Luiz Inácio
Lula da Silva. Enquanto a chapa encabeçada por Lindberg fazia reuniões no
varejo, o ex-presidente ia definindo cada passo para consolidar a vitória de
sua candidata. E ao final do encontro, Gleisi Hoffmann teve 60% dos votos e se
tornou a primeira mulher a comandar o PT nacionalmente.
Já no anúncio de sua vitória,
a nova presidenta mostrou a sua personalidade. Ao ver Lindberg, derrotado no
canto do palco, fez questão de o chamar para o centro. O ato foi de tamanha
elegância que pegou a todos de surpresa. Na política é comum o vitorioso sambar
na cara do seu oponente derrotado. Ela fez diferente. Gleisi é diferente da
maioria dos políticos que exercem cargos públicos. Ela tem uma sensibilidade e
uma força interior que só uma mulher determinada poderia ter. E isto está em
seus atos. Ela conquistou a militância partidária e hoje, ao ouvir os gritos, “no
meu partido... eu boto fé! Porque ele é presidido por mulher!”, as vozes
masculinas se misturam e demonstram que ela é, hoje, uma unanimidade dentro da
legenda.
Desde sua eleição, o Partido
dos Trabalhadores viu nela uma pessoa que não esconde o que pensa, que não fica
no conforto do gabinete em Brasília. Ela vai à luta sem medo dos ataques
constantes que sofre na imprensa e em redes sociais.
O último ataque, vindo de
todos os lados, inclusive de uma pequena parte da esquerda brasileira, foi por
sua participação na cerimônia de posso do Presidente da Venezuela, Nicolás
Maduro. Convidada como presidenta do PT, um privilégio dado a poucos que lá
estiveram, ela não só esteve presente como defendeu publicamente a sua ida e
reconheceu o segundo mandato como um que “cumpre as regras constitucionais” ao
ser eleito por voto direto por ampla maioria dos venezuelanos.
Na Venezuela o voto não é
obrigatório.
Atacada, Gleisi poderia se
abalar, mas o que se vê é sua determinação de enfrentar seus detratores com a
força que só uma mulher Petista poderia demonstrar. "Deixar de ir seria
covardia", disse ela sobre sai ida a Venezuela. Ao expressar este
sentimento, a ainda Senadora e eleita Deputada Federal para a próxima
legislatura, deixa claro que um aliado não se abandona nunca. E neste momento a
Venezuela precisa de apoio contra todas as formas de pressão e ataques que vem
sofrendo por parte do governo americano e seus capachos.
Vida longa à Gleisi Hoffmann
na Presidência do Partido dos Trabalhadores do Brasil.
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