Até agora, segunda semana de
2019, estamos a discutir o que levou uma parte dos brasileiros, se é que não
houve fraude nas urnas, a votar em alguém tão despreparado e sem conhecer o seu
programa de governo, baseados em mentiras distribuídas a granel em redes
sociais pela internet.
E por falar em mentiras, o
atual presidente do Sul, Sudeste e Centro-oeste (ele disse que não é do Norte e
Nordeste), mesmo após a sua eleição, continuou a postar em sua conta no twitter
notícias falsas. Foram tantas, que agora surgiu a notícia de que está proibido de
ele mesmo, usar a conta. Há a informação de esta tarefa ficará com o estagiário
da Secom – Secretária de Comunicação do governo federal. Então esperemos que
teremos outras postagens ainda mais malucas.
Já disse Raul Seixas, “Eu não
posso entender. Tanta gente aceitando a mentira...”.
Essa turma que chegou ao poder
criou uma nova forma de comunicação. A comunicação da mentira. E nela fincaram
as suas bases. E assim conseguiram seus objetivos. E de uma forma impressionante
conseguiram que pessoas, mesmo sabendo a verdade da mentira, as repercutem, as
disseminam, divulgando em massa. O que antes era impensável, agora no Brasil virou
método de ação.
E isto é um novo padrão de
comunicação.
Na semana passada a deputada
com a maior votação da história do Brasil, Joice Hasselmann, foi desnudada em
um vídeo viral que rodou nos quatro cantos do país. Os seus autores conseguiram
de forma didática, mostrar os “pensamentos” da parlamentar sobre a eleição na
Câmara dos Deputados e mais explicitamente sobre Rodrigo Maia. Há duas pessoas,
há que não economiza palavras para detratar o atual presidente, o chamando,
entre outras coisas de, “fora Rodrigo Maia”, “é o esquerdinha (sim ela disse
isto), que levanta a bandeirinha do PT, do PCdo B, do PSOL”, “o pior presidente
da Câmara que a gente já teve nos últimos tempos”. E a outra, a que agora
chama, inclusive seus seguidores que discordam da aliança de burros e cretinos.
O contorcionismo feito pela senhora é tão vergonhoso que estamos diante da Síndrome
de Hasselmann. Que é um estado psicológico em que uma pessoa, mente compulsivamente
para obter seus objetivos. Passando a ter simpatia e seguidores que se
identificam com suas mentiras. Algo a ser estudado ainda pela psiquiatria, já
que o estado da doença encontra-se avançado e contagiando um número enorme de
pessoas, podendo, em breve espaço de tempo, dá um grande prejuízo a nação.
Esse processo de interação
entre o(a) mentiroso(a) e o receptor, que a toma como verdade, pode ser
encarado como o “espelho”. Quem começa a acreditar na mentira como verdade, reflete,
o seu próprio pensamento, o que gostaria que fosse a sua verdade. E isto é algo
que desde a infância já se materializa. São aquelas pessoas que contam uma mentira,
e vão precisar continuar a contar outras tantas para poder manter a primeira.
Sempre acreditaram que o que fizeram, e fazem, não é algo ruim ou crime. Mas
são!
A existência da mentira é como
o oxigênio para este grupo de mentirosos contumazes. Uma hora falam algo, mas
mudam logo em seguida, se isto lhe trouxer benefício e prazer. A síndrome de Hasselmann
é a droga que está levando o Brasil a vivenciar os dias atuais. Ela é consumida
virtualmente, deixando as pessoas em estado de êxtase tão devastador, que não
conseguem mais conviver com a verdade. Foram transportados do mundo real para o
virtual. O tratamento pode ser feito no início com uma camisa de força.
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