Nascida Maria Gomes de
Oliveira, conhecida como Maria de Déa em referência a sua mãe e no bando de
Cangaceiros. Nasceu e cresceu no povoado Malhada da Caiçara, no município Paulo
Afonso, na época município Santo Antônio de Glória, na Bahia no dia 8 de março
de 1911. Ela foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.
Nem a família nem o bando de
Lampião a tratavam por Maria Bonita, apelido que só se difundiu após sua morte.
Há algumas versões sobre a origem desse nome. Uma delas diz que se tratou de
invenção dos repórteres dos jornais do Rio de Janeiro, possivelmente inspirados
no filme Maria Bonita, lançado em 1937 e baseado na obra de mesmo nome de
Afrânio Peixoto. Outra, que teria sido dado por soldados que se impressionaram
com a beleza da cangaceira quando ela foi morta em 28 de julho de 1938, aos 27
anos.
Foi casada com o sapateiro Zé
de Neném, com ele não teve filhos. E segundo a literatura já publicada sobre os
dois, ele não desempenhava bem o seu papel de marido. Ou seja, o Cabra batia
fofo, como se diz por essas bandas da Bahia. A rebeldia de Maria teria sido
notada já na infância. Por isso, segundo historiadores, foi que seu pai
arranjou o casamento para aquieta o fogo daquela menina. No livro amores
proibidos na história do Brasil, do autor, Maurício Oliveira, ele conta que
Maria Bonita, após o seu casamento teria desconfiado que seu esposo gostava
mesmo era de homem. Não há registro em nenhum outro livro que fale sobre este
mesmo tema com este foco. E como nós não estávamos lá, vamos deixar esse
assunto de lado.
Com o casamento sendo um
fracasso, em 1929 tornou-se a namorada de Virgulino Ferreira da Silva,
conhecido como o "Lampião". E foi essa paixão que juntou o casal mais
famoso do Brasil até hoje. Na amarica latina, a história de Lampião e seu grupo
de cangaceiros só não é mais conhecida que a de Ernesto Che Guevarra.
Morando com os pais, um ano
depois do namoro foi chamada por Lampião para fazer parte do bando de
cangaceiros, assim se tornando a mulher dele, com quem viveria por oito anos.
Em 2006 a Prefeitura de Paulo Afonso restaurou a casa onde ela viveu a sua
infância, instalando o Museu Casa de Maria Bonita no local que hoje é visitado
por turista.
Dizem que Maria Bonita
engravidou quatro vezes e que em duas gravides teria perdido os filhos, sendo eles
natimortos. Comprovadamente ela teve uma filha com Lampião de nome Expedita
Ferreira Nunes, hoje morando na cidade de Aracaju em Sergipe e que é a única
reconhecida legalmente, que foi criada por um casal de amigos vaqueiros. Existem,
dúvidas sobre o parentesco dos supostos gêmeos Arlindo e Ananias Gomes de
Oliveira. Ambos até então considerados filhos de Maria Bonita e Lampião.
Maria Bonita morreu em 28 de
julho de 1938, quando o bando acampado na Grota de Angicos, entre as cidades de
Canindé do São Francisco e Poço Redondo no estado de Sergipe, foi atacado de
surpresa pela polícia armada conhecida como "volante". Foi degolada
por “Sebastião do Facão” ainda viva após ser baleada no abdômen, assim como
Lampião, porém este já morto, e outros nove cangaceiros.
Quer conhecer mis sobre Maria
Bonita, vá a Paulo Afonso e visite a casa onde ela nasceu e conheça as
histórias dessa mulher que é símbolo de resistência no nordeste do Brasil.
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