Lá para bandas de Canudos, em
um tempo que só quem ia lá era quem tinha algo muito importante para fazer. No
ano de 1893, depois de peregrinar pelos sertões em busca de um lugar para moram
com seus seguidores, Conselheiro decide se fixar às margens do rio Vaza-Barris,
num pequeno arraial chamado Canudos.
Nasceu ali uma experiência
extraordinária e talvez o primeiro movimento de Reforma Agraria no mundo.
Batizada de Belo Monte. Conselheiro e seus peregrinos foram bem recebidos pela
população local. Era uma comunidade onde todos tinham acesso à terra e ao
trabalho sem sofrer as agruras dos capatazes das fazendas tradicionais. Um
"lugar santo", segundo os que lá viviam.
O lugar atraiu milhares de
agricultores pobres, índios e escravos recém-libertos, que começaram a construir
uma comunidade igualitária.
Foi o bastante para o governo
da época com Prudente de Moraes no comando, sofrendo pressão de grandes
fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, pedindo que fossem tomadas
providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores
de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à
capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia. Era tudo
mentira. Como se viu depois.
Mesmo sem nenhuma prova contra
Conselheiro e seus seguidores, houveram três expedições militares contra
Canudos saíram derrotadas, as quais foram derrotadas. Até que se tomou a
decisão da destruição do arraial, ocasionando o massacre aproximadamente vinte
mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A
guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos
prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.
Este ano a cidade a Guerra de
Canudos fará 123. Mesmo depois desse tempo todo, ainda hoje o povo pobre do
Brasil luta por um pedaço de terra para plantar e viver.
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