Brasil e China: o abismo entre dois modelos de desenvolvimento

O atraso, seja político, seja econômico, sempre foi a ideologia da classe dominante aqui instalada pelas naus portuguesas, dependente da irmandade siamesa entre latifúndio e escravismo. O primarismo fez-se valer como necessidade da política de posse da terra, alternativa à colonização para a qual Portugal carecia de meios. Assim, com as nuances impostas pelo processo histórico, o atraso estrutural chega ao capitalismo e à República nos meados do século XX, impondo ao novo regime, no contrapelo da modernidade prometida, o modelo colonial da plantation, voltado para a exportação.

A República herda os males do Império.

Os primeiros ideólogos do primarismo, implícita nele a dependência e a alienação de um projeto de nação e de país, destacaram-se ainda antes da Independência, e um de seus ícones certamente é o Visconde de Cairu, defensor da abertura comercial e de nossa integração atlântica — necessariamente dependente — como fornecedores de produtos primários (Princípios de economia política, 1804). Teófilo Otoni, meio século adiante, insistiria na prioridade brasileira da agricultura de exportação (Discursos parlamentares, 1850). Um pouco mais tarde (1870–1888), às vésperas da despedida da monarquia, o Partido Conservador, chefiando o último gabinete de Pedro II, proclama nosso destino como “um país agrícola por natureza” e “a lavoura como o esteio da nacionalidade”.

Essa ideologia domina o país, ainda hoje, nada obstante a República, nada obstante o movimento de 1930, nada obstante os esforços industrialistas, a crise do café e as iniciativas do getulismo no “Estado Novo”.

Nos anos 1940, nos estertores da Segunda Guerra Mundial, o mantra conservador e antidesenvolvimentista ainda faz escola. Seu mais importante formulador será o engenheiro-economista Eugênio Gudin, liberal ortodoxo. Sua tribuna são a universidade, a grande imprensa, o Estado (foi ministro da Fazenda no governo Café Filho, 1954–1955) e, talvez principalmente, a Fundação Getúlio Vargas, onde funda o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e a Revista de Economia, castelo forte do pensamento conservador e monetarista que mais tarde dará sustentação à política econômica da ditadura. Escreveu Princípios de economia monetária (1943), e sua vasta colaboração em O Globo está reunida em O pensamento de Eugênio Gudin, editado pela FGV. O patriarca do pensamento econômico conservador retoma a tese da “vocação agrícola do país”, combate o planejamento — acusado por ele como instrumento de “desequilíbrios inflacionários” — e investe contra qualquer política de proteção ao similar nacional e toda sorte de estímulo ou incentivo à produção industrial. Nos anos 1940 enfrentou polêmicas com Roberto Simonsen, líder industrial paulista e defensor, desde os idos de 1930, do planejamento industrial.

A industrialização como raiz do desenvolvimento toma corpo político nos governos Vargas e JK e, no plano teórico, nas formulações de Ignácio Rangel (superação da estrutura agrário-exportadora) e Celso Furtado, o mais fecundo dos analistas da formação econômica do país no século passado, com importante passagem pela administração pública. Foi superintendente da Sudene nos governos JK (1956–1961) e Jânio (1961), e ministro do Planejamento no período João Goulart (1961–1964), quando teve seus direitos políticos cassados pelo regime militar.

Nos anos 1950, em contraste com os países que se desenvolviam, o Brasil era ainda uma economia essencialmente agrário-exportadora, marcada por forte dependência das vendas de café, algodão e cacau; a industrialização incipiente se concentrava nas regiões Sudeste e Sul. A indústria de transformação representava pouco mais de 20% do PIB, mas era voltada sobretudo à substituição de importações de bens de consumo leves — têxteis, alimentos processados, calçados etc. —, com reduzida presença de setores de bens de capital e tecnologia. Algo como 50% da população viviam no campo, e o analfabetismo lavrava. O sistema produtivo permanecia dependente de importações de insumos industriais, de máquinas e de tecnologia, além de sensível às flutuações externas de preço das commodities e às seguidas crises cambiais.

Na abertura da década, no outro lado do mundo, um país devastado — com renda per capita inferior à de quase toda a América Latina, industrialização em seus primeiros vagidos, baixa produtividade agrícola, 80% de sua população pobre ou paupérrima morando no campo, taxa de analfabetismo que ultrapassava os 80% — cobrou a atenção do planeta ao anunciar uma revolução fora dos padrões ocidentais. Era o Estado maoísta, um processo de reconstrução nacional sob economia planificada, priorizando a reforma agrária e a criação de uma indústria pesada estatal.

Nos anos 1950 e 1960, essa China ainda reproduzia a matriz do modelo soviético de desenvolvimento, com ênfase em siderurgia, geração de energia e produção de máquinas de baixo nível tecnológico, mas lançava as bases de uma industrialização autocentrada e de um sistema de ciência e educação estatal, que, décadas depois, permitiriam a transição para o capitalismo de Estado reformado de Deng Xiaoping e o salto tecnológico das reformas a partir de 1978, vencida a “Revolução Cultural”.

Mas era uma China posta a pique. Exaurida, vinha da Segunda Guerra Mundial, da invasão japonesa (1937–1945), do devastador colonialismo britânico (século XIX e início do XX) e de sua “Guerra do Ópio” (1839–1842 e 1856–1860); e, ao fim, vinha ainda de uma guerra civil que, em cerca de 22 anos (1927–1949), matara aproximadamente 2% de sua população — algo entre 1,5 e 2 milhões de pessoas.

Aqui, abaixo do equador, estávamos afastados das garras do colonialismo europeu; não contávamos com ameaças à nossa integridade territorial, chegávamos da Segunda Guerra como vitoriosos e amealhávamos divisas. Importávamos matéria plástica, petróleo barato, consumíamos Coca-Cola, revistas em quadrinhos, mascávamos chicletes e namorávamos o cinema estadunidense.

Na década anterior, patrocináramos um movimento inter-oligárquico, conhecido como “Revolução de 1930”, que abrira caminho para a modernização do Estado. Em 1945, abandonáramos uma ditadura modernizante para ingressar em uma democracia representativa e, em 1950, elegíamos um governo trabalhista que ousava falar na emergência da classe trabalhadora.

Nada sugeria a persistência de nosso atraso — o atraso que recusávamos reconhecer. Parecíamos nos contentar com nosso papel subalterno e com nossas limitadas expectativas de futuro.

Enquanto o Brasil se desindustrializava e permanecia sitiado pelo padrão primário-exportador (70% de nossas exportações, ainda hoje, são commodities, enquanto 80% das importações estão na conta de manufaturados), a China, entre 1975 e 2023, saltava de um subdesenvolvimento mais profundo e complexo do que o nosso para se tornar a maior plataforma manufatureira do planeta: 90% de suas exportações hoje são industriais.

Permanecemos, neste 2025, na periferia atrasada do capitalismo, no Sul global, cuidando de nossas exportações de commodities e da importação de tecnologia e bens manufaturados. Observe-se, porém, que o gigante asiático não obrou milagres. A história desconhece acasos, e a economia rejeita prodígios.

Senão, vejamos:

Nos anos 1970, tanto o Brasil quanto a China investiam algo como 2% de seus respectivos PIBs em pesquisa e desenvolvimento; a paridade dos números, porém, não revela a distinção dos projetos políticos. Aqui começam as diferenças de fundo que também vão determinar futuros essencialmente diversos.

A partir de 1999, a China multiplica seus investimentos para, em 2024, destinar 2,6% de seu PIB (663 a Ciência, Tecnologia e Inovação, enquanto nós nos conformamos com apenas 1,2% de nosso PIB, cifra inferior à alcançada no já longínquo 2003. Ademais, a partir de 1990, nos déramos à irresponsabilidade política de descontinuar a estratégia de coordenação Estado–indústria–conhecimento, gerando óbvias consequências negativas na desindustrialização e na crescente dependência tecnológica, que coarta nosso desenvolvimento.

Em 1978, já sob a liderança de Deng Xiaoping, a  ( levara a cabo o chamado “ciclo de reforma e abertura”, revendo sua estratégia de desenvolvimento. O Estado coordena o complexo educação–pesquisa científica–política industrial como um único projeto nacional de desenvolvimento, com definição clara de políticas prioritárias e investimentos persistentes na formação de matemáticos e engenheiros — no mesmo período em que o Brasil, no rastro das crises econômicas do final da década de 1970 e início dos anos 1980, ingressa num ciclo de descontinuidade dos projetos estratégicos e de redução da capacidade do Estado de coordenar investimentos e manter políticas estruturantes.

O Estado, aqui, tem reduzida sua capacidade de coordenar investimentos em ciência e tecnologia, desfaz-se de uma política industrial de longo prazo e compromete a formação de cadeias produtivas complexas. Como efeito cumulativo, agrava-se a dependência tecnológica externa, sobretudo na importação de equipamentos e processos industriais.

Em 2024, a diferença entre os dois modelos — e a distância entre os dois níveis de desenvolvimento — encontra-se consolidada. A China investe cerca de 2,5% do PIB (1,93 trilhões de US dólares)  em pesquisa e desenvolvimento, formando uma economia com crescente autonomia tecnológica e protagonismo global em áreas como energia renovável, eletrônica, telecomunicações, semicondutores, inteligência artificial e produção farmacêutica avançada. O Brasil investe aproximadamente 1,2% de seu PIB (663 bilhões de US dólares)  em P&D, grande parte concentrada em universidades públicas, com mínima participação do setor privado na geração de inovação.

As multinacionais investem em suas matrizes, e a indústria nacional opta por pagar royalties.

Em síntese, enquanto a China consolidou a ciência e a tecnologia como eixo de seu desenvolvimento econômico, social e político, no Brasil persistem a instabilidade orçamentária e a dominância do mantra de um ajuste fiscal, que não encontra explicação fora do império do neoliberalismo e de nossa dependência política e ideológica do grande capital.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) é a principal fonte brasileira de fomento à ciência e tecnologia, e dele dependem tanto a pesquisa universitária quanto os investimentos privados em inovação. Seus recursos orçamentários, em obediência ao mantra do ajuste fiscal, sofreram, em 2025, um corte de 29%, o que corresponde a algo como R$ 31,3 bilhões.

A explicação de nosso atraso, principalmente em face do desenvolvimento acelerado da China, não se deve, pois, à disparidade dos números, mas à sua causa: a disparidade dos projetos, de sua continuidade e descontinuidade e, principalmente, da extrema diversidade das estratégias.

Tudo tem seu preço, e as consequências, como ensinava o conselheiro Acácio, vêm depois.

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Ainda o mantra — Lê-se no Valor de 06/11/25: “BC mantém juros em 15%, mas vê melhora da inflação e moderação da atividade”. Ou seja, não apenas o chamado “mercado”, mas a própria autoridade monetária, que deveria servir ao conjunto do país, diz ser positiva, em país com as características do nosso, a retração econômica — pois só o que importa é o controle da inflação, como doutrinava Eugênio Gudin. Como prosperar?

Enquanto isso... — O Comitê Central do Partido Comunista da China encerrou no final de outubro último sua plenária, definindo as diretrizes do 15º Plano Quinquenal (2026–2030), instrumento de planejamento centralizado que orienta o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do país. O novo plano prioriza a transição de um crescimento acelerado para um crescimento de qualidade, com foco em inovação científica, autossuficiência tecnológica e sustentabilidade ambiental. Prevê avanços em IA, semicondutores, energia limpa e robótica, além de metas de neutralidade de carbono até 2030. Inclui ainda políticas de aumento da renda, ampliação do bem-estar social e fortalecimento da governança pública e da coesão cultural. Trata-se, segundo seus formuladores, “de um passo estratégico para consolidar o projeto de uma China socialista moderna, próspera e ambientalmente equilibrada até 2035”. O silêncio sobre o tema por parte das empresas de comunicação sediadas no Brasil é ensurdecedor.

Marx na Big Apple — Merece festejos a eleição de Zohran Mamdani, muçulmano e autodeclarado socialista, para a prefeitura de Nova York, berço do autocrata Donald Trump. O novo prefeito tem toda sorte de desafios pela frente, a começar pelo de combater as desigualdades sociais em um sistema que não cessa de reproduzi-las. Terá, também, de enfrentar o conservadorismo do establishment democrata. Tudo faz crer que buscará governar para toda a cidade, e não apenas para a gentrificada ilha de Manhattan; e espera-se que possa conter as investidas criminosas das milícias anti-imigrantes arregimentadas pelo presidente. Se conseguir, não terá sido pouco.

Genocídio em silêncio — Com o “cessar-fogo” canhestro, a Palestina, esquecida pelo mundo, saiu do noticiário, mas o massacre continua — e não apenas em Gaza. Segundo a agência de notícias Wafa, forças da ocupação na Cisjordânia alvejaram, na última quarta-feira (05/11), o adolescente Murad Fawzi Abu e, impedindo a chegada de socorro, o deixaram sangrar até a morte. Com o crime, chegam a 56 os palestinos assassinados (os feridos passam de 200) por ataques israelenses no campo de refugiados de Jenin desde o início do ano, quando o enclave sionista pôs em marcha a operação “Muro de ferro”.

Delinquência no Guanabara — Ao rol de crimes que inflam a ficha corrida do ainda governador do RJ, Cláudio Castro (PL), que está sendo julgado no TRE do estado por abuso de poder político e econômico, vem somar-se o de conspiração contra a soberania nacional, que cometeu ao pedir intervenção dos EUA contra uma das facções criminosas em ação no Brasil. Na democracia, bandido bom é bandido entregue à Justiça — e este deve ser seu destino. 

Efeméride — Herbert José de Souza, o nosso Betinho, que ainda está conosco, completaria 90 anos no último 03/11. O Brasil festeja.

Por: Roberto Amaral.

*Com a colaboração de Pedro Amaral.

Lula bate na mesa em Belém pede coragem ou o planeta vira cinza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, a cúpula pré-COP30 em Belém com um discurso que mexeu com a plateia internacional. Diante de líderes mundiais, Lula lembrou que a Convenção do Clima nasceu no Brasil há mais de três décadas e agora retorna ao coração da Amazônia, símbolo maior da luta ambiental. Ele destacou que não basta repetir promessas, é preciso coragem para enfrentar os interesses econômicos que ainda sustentam a destruição da floresta e o avanço das emissões. A fala foi recebida como um chamado direto à ação, colocando o Brasil no centro da diplomacia climática global.

Jerônimo Rodrigues é o governador que aposta no futuro

Jerônimo Rodrigues tem mostrado que governar a Bahia não é apenas administrar o presente, mas preparar o estado para os próximos anos com ousadia e planejamento. Em 2025, o governador encaminhou à Assembleia Legislativa o pedido de empréstimo de até R$ 2 bilhões junto ao Banco do Brasil, com garantia da União, destinado a obras de mobilidade urbana, infraestrutura hídrica e projetos estruturantes previstos no Plano Plurianual. Esse movimento elevou o total de solicitações de crédito da gestão a R$ 25 bilhões, superando os números de seus antecessores e reforçando a estratégia de ampliar investimentos sem comprometer o equilíbrio fiscal.

BAHIAINVESTE vai encher os cofres e botar a Bahia no topo do jogo

O governo da Bahia lançou o BahiaInveste como uma aposta ousada para transformar a economia estadual em um motor de crescimento contínuo. A iniciativa, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, nasce com a missão de captar recursos, gerir investimentos e abrir novas frentes de financiamento para áreas estratégicas. Entre as medidas já em andamento está a criação da Loteria da Bahia, aprovada pela Assembleia Legislativa, que terá parte de sua arrecadação destinada a políticas sociais, educação e cultura, garantindo que o dinheiro circule de volta para a população mais vulnerável.

Paulo Afonso no centro das atenções com a força das visitas de Jerônimo Rodrigues

Hoje (07), Paulo Afonso vive um momento histórico com a presença do governador Jerônimo Rodrigues. Ele participa da assinatura da ordem de serviço para a construção do tão aguardado Hospital Universitário, fruto de parceria entre Governo da Bahia, Univasf, Chesf e ministérios da Saúde e da Educação, que promete transformar a rede de atendimento regional com infraestrutura moderna e especializada. Além disso, Jerônimo prestigia a inauguração da sede própria da Subseção Judiciária de Paulo Afonso, marco importante para o fortalecimento da Justiça Federal no município. As duas cerimônias simbolizam avanços concretos em saúde e cidadania, consolidando Paulo Afonso como referência no norte baiano.

Nos últimos três anos, Paulo Afonso tem recebido a presença constante do governador Jerônimo Rodrigues, e cada visita tem deixado marcas concretas na vida da população. Mais do que agendas protocolares, as idas do chefe do Executivo baiano têm se traduzido em entregas e anúncios que reposicionam a cidade como polo estratégico do norte da Bahia.

ANVISA descobre café “fake” e joga marca na lata do lixo

A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a comercialização dos produtos da marca Vibe Coffee Ltda, anunciada nesta semana, escancarou um problema que vai muito além de uma simples irregularidade. Segundo relatório do Núcleo Especial de Vigilância Sanitária do Espírito Santo, a empresa não possuía licença sanitária e vendia cafés ditos “premium” sem qualquer rastreabilidade, ignorando padrões básicos de higiene e boas práticas de fabricação. O resultado foi a retirada imediata dos produtos do mercado, medida publicada no Diário Oficial da União e confirmada por veículos como G1 e Folha de S.Paulo.

Salário de R$ 13 mil cai do céu na Bahia

O anúncio de novos concursos públicos na Bahia, com remuneração que pode chegar a R$ 13,288,85, mexeu com o imaginário de milhares de baianos. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) abriu vagas para professores em diversas áreas, incluindo Enfermagem, Nutrição e Engenharia, com oportunidades em Salvador e Vitória da Conquista. A notícia, divulgada pelo jornal Correio, mostra que o estado se consolida como polo de valorização da educação e da carreira pública, oferecendo estabilidade e salários que rivalizam com o setor privado.

Presidente da França, Emmanuel Macron é recebido com celebração da cultura afro-baiana

na abertura do Festival Nosso Futuro em Salvador

Em um evento que mostrou a diversidade da cultura da Bahia, o presidente da França, Emmanuel Macron, foi recebido no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), nesta quarta-feira (5), no Dia Nacional da Cultura, para a abertura do Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África. O evento transformou o museu em um espaço de encontro entre história, arte e ancestralidade.

A solenidade reuniu autoridades como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, e o ministro das Relações Exteriores da República do Benin, Olushegun Adjadi Bakari, além de artistas, lideranças culturais e diplomáticas do Brasil, da França e de países africanos.

Operação da Polícia Civil recupera 2.181 celulares roubados na Bahia e realiza entrega aos proprietários em Salvador

A Polícia Civil da Bahia devolveu, nesta quarta-feira (05), mais 170 aparelhos celulares recuperados durante a apresentação do balanço da 7ª edição da Operação Móbile 360°. Somente nesta edição da operação foram 2.181 aparelhos recuperados, que serão devolvidos gradativamente aos proprietários nas próximas semanas. A entrega foi realizada no Centro de Operações e Inteligência de Segurança (COI), em Salvador.

“Depois de cinco meses de muita investigação, de muito trabalho, de muita inteligência, nós mostramos como o trabalho da Polícia Civil da Bahia é efetivo, funciona em rede, em diálogo com a investigação de outros estados e municípios, para que o cidadão não tenha prejuízo nem da vida, nem do seu patrimônio”, frisou o governador Jerônimo Rodrigues.

Apps estão sugando a vida dos brasileiros

O uso abusivo de aplicativos e redes sociais já deixou de ser apenas um hábito moderno para se tornar um problema de saúde pública. Relatórios recentes da SaferNet Brasil mostram que, somente entre janeiro e julho de 2025, foram registradas mais de 76 mil denúncias de crimes cibernéticos, sendo 64% relacionados a exploração sexual infantil online, um reflexo direto do ambiente digital sem controle. Ao mesmo tempo, especialistas alertam que a dependência tecnológica está corroendo relações sociais, reduzindo interações presenciais e criando uma geração que vive mais na tela do que na rua.

Brasil em choque com a partida de Lô Borges

O Brasil amanheceu ontem, (04), órfão de um de seus maiores criadores musicais. Lô Borges, morto aos 73 anos em Belo Horizonte no último domingo, deixou uma obra que atravessou gerações e moldou a identidade da música popular brasileira. O compositor, integrante fundamental do Clube da Esquina, foi responsável por clássicos como “Trem Azul” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, canções que se tornaram parte da memória afetiva de milhões de brasileiros e que continuam a ecoar como hinos de liberdade e poesia. Segundo boletim do Hospital Unimed, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos após complicações de saúde que o mantiveram internado desde outubro.

TSE abre caminho para derrubar Cláudio Castro

O Tribunal Superior Eleitoral iniciou nesta semana o julgamento que pode custar o mandato de Cláudio Castro, acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. A relatora do caso, ministra Isabel Gallotti, votou pela cassação do governador e pela sua inelegibilidade por oito anos, apontando o uso irregular de recursos do Ceperj para fins eleitorais, o que teria desequilibrado a disputa. O processo foi interrompido por pedido de vista, mas o voto já expôs a fragilidade da defesa do chefe do Executivo fluminense, que insiste em negar as acusações mesmo diante de provas documentadas e de investigações do Ministério Público Eleitoral.

Lewandowski e Castro batem de frente, mas Lula vira o jogo no rio

O embate público entre o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sobre a condução da segurança no estado, ganhou destaque nacional nesta semana. Após a megaoperação que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, Castro acusou o governo federal de omissão, enquanto Lewandowski rebateu afirmando que não houve pedido formal para o envio das Forças Armadas. A troca de farpas expôs divergências, mas também abriu espaço para o governo Lula reafirmar sua estratégia de combate ao crime organizado com base em inteligência e integração institucional.

CPI do crime organizado vai abrir a caixa-preta que muita gente teme

A instalação da CPI do Crime Organizado no Senado, presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), marcou um divisor de águas na política brasileira. A comissão nasce com a missão de investigar a atuação de facções criminosas e milícias, mas também expõe o nervosismo de setores que sempre lucraram com a sombra da ilegalidade. A vitória do PT na condução da presidência da CPI, derrotando Hamilton Mourão (Republicanos-RS) por seis votos a cinco, mostra que o governo Lula conseguiu articular apoio e garantir que a investigação não seja capturada por interesses obscuros, fortalecendo a imagem de compromisso com a transparência.

Governador Jerônimo Rodrigues em Paulo Afonso nesta sexta-feira

Na próxima sexta-feira, dia 7, Paulo Afonso será palco de um momento histórico para a região. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, estará na cidade para cumprir uma agenda de grande relevância. Será a assinatura da ordem de serviço para a construção do tão aguardado Hospital de Paulo Afonso e a inauguração da sede própria da Subseção Judiciária Federal no município.

A chegada do novo hospital representa um marco para a saúde pública do território, trazendo mais estrutura, modernidade e qualidade no atendimento à população. Trata-se de um investimento que vai além da obra física e é a garantia de acesso digno à saúde, redução da necessidade de deslocamentos para outras cidades e fortalecimento da rede hospitalar de toda a região.

Presidente do STF elogia política de segurança da Bahia na abertura do Mês do Júri

O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Edson Fachin, elogiou a política de segurança pública da Bahia durante a abertura do Mês Nacional do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.

“Acompanho de perto o que vem sendo feito aqui no Estado da Bahia, especialmente desse programa (Bahia apela Paz) que aponta para um norte importante e imprescindível, que é a busca da paz”, afirmou o ministro, destacando o papel do Judiciário na garantia do direito de ir e vir com segurança.

Expectativa de que a Justiça volte a agir em novo caso de "Bolsa Pistolão" na prefeitura de Salvador

 

“A secretaria é de desenvolvimento econômico, emprego e renda de Salvador, mas a titular da pasta aplicou o dinheiro público para valorizar apenas o seu próprio currículo em vez de fomentar a economia da cidade, que hoje tem o pior PIB per capita entre as capitais brasileiras”, denuncia o líder do governo, deputado estadual Rosemberg Pinto, ao ser descoberto mais um escandaloso privilégio entre auxiliares do primeiro escalão do prefeito Bruno Reis.

Privilégio de secretária não contribui para desenvolvimento de Salvador

A secretária de desenvolvimento  econômico, emprego e renda de Salvador, Mila Scarton, investe em sua qualificação profissional, fazendo curso na Saint Paul Escola de Negócios no valor de R$ 105 mil, mas os resultados de sua gestão não são lá muito alvissareiros. De acordo com o Ranking de Competitividade dos Municípios, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), Salvador tem o menor PIB per capita entre todas as capitais brasileiras.

“Esse dado revela que a secretária não está sendo eficiente em seu papel de promover o desenvolvimento econômico e a geração de renda em Salvador. Isto fica evidente quando se divide o total de riquezas produzidas na cidade com o número de habitantes e se chega ao pior PIB per capita entre as capitais e o 334º no geral”, assinala o deputado estadual Marcelino Galo.

Bahia Sem Fome reafirma compromisso com povos indígenas durante abertura do 7° Acampamento Terra Livre

O Governo do Estado marcou presença na abertura da 7ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), na área verde da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador, nesta segunda-feira (3). A mobilização, realizada pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia, o Mupoiba, que conta com o apoio do governo, teve início neste domingo (2) e vai até a próxima quinta-feira (6).

Representantes dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo participaram da mesa de abertura do evento, ao lado de parceiros indigenistas e lideranças dos mais de 33 povos originários existentes no estado. Com o tema “Clima e território: dois direitos, uma luta”, o ATL é “um momento de articulação, resistência, espiritualidade e fortalecimento dos povos indígenas”, segundo os coordenadores gerais do Mupoiba, Patrícia Krinsi e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe.

Governador vira o jogo e mostra que polícia pode salvar sem matar

A recente megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou mais de uma centena de mortos em apenas dois dias, reacendeu a pressão sobre governadores em todo o país. Enquanto estados como Rio e São Paulo enfrentam críticas pela escalada da letalidade policial, a Bahia, sob comando de Jerônimo Rodrigues (PT), tem conseguido apresentar resultados diferentes. O governo baiano lançou em outubro um plano de ação com metas claras para reduzir em pelo menos 10% por semestre as mortes em intervenções policiais, medida publicada no Diário Oficial e elogiada por especialistas em segurança pública.

O Povo da Bahia não cai na arapuca da oposição contra Jerônimo

Na Assembleia Legislativa da Bahia, a oposição voltou a disparar críticas contra o governador Jerônimo Rodrigues, acusando sua gestão de antecipar debates eleitorais e de não responder aos desafios do estado. O discurso mais inflamado partiu de parlamentares ligados ao PL e União Brasil, que chegaram a afirmar que o PT estaria “destruindo a Bahia” com suas políticas. A resposta veio rápida com aliados do governo lembraram que foi justamente sob administrações petistas que o estado avançou em áreas como educação, infraestrutura e inclusão social, consolidando programas que hoje são referência nacional.

Dependente e ocupado ideologicamente, o Brasil resiste

“Onde o poder público descuidou da integridade física dos mais pobres, o regime democrático não passa de uma fachada de papelão esburacada por tiros, chamuscada por pólvora queimada e borrifada de sangue.”

Eugênio Bucci, O Estado de SP, 30/10/2025

Nascemos como mera feitoria, ponto de apoio para naus sedentas de água, remanso de piratas e aventureiros. Na Colônia, sem povo, nosso destino foi traçado como economia primário-exportadora fundada na escravidão de negros e indígenas, a serviço das demandas do consumo europeu, via Lisboa — a metrópole decadente, salvando-se como entreposto de nosso comércio: pau-brasil, açúcar, minérios, algodão, carne, café... — que exportávamos, e de entrada do que necessitávamos, que era quase tudo.

Essa economia e esse comércio estabeleciam as bases da aliança do latifúndio e da incipiente burguesia comercial (que incluía os comerciantes, os traficantes de gente e os contrabandistas, de um modo geral) com a Coroa portuguesa e seus primeiros agentes — exatores do fisco, militares e o clero. Eram as raízes de uma estranha nação sem povo e, assim, sem projeto.

Ex-Bope Rodrigo Pimentel elogia polícia baiana e diz que Jerônimo reduziu índices de violência

O ex-capitão do Bope e especialista em segurança pública, Rodrigo Pimentel elogiou a polícia baiana e disse que o governador Jerônimo Rodrigues tem conseguido reduzir a violência no estado em entrevista ao Flow Podcast, na última sexta-feira (31).

Em trecho da conversa com o apresentador Igor Coelho, Pimentel afirma: “A polícia da Bahia é muito boa! Eles não querem perder a guerra. Eles não querem que Salvador vire o Rio de Janeiro. É fato!”

Caravana de LULA desmascara governadores da morte

A Caravana Federativa não é apenas um evento administrativo. É um gesto político calculado, que mostra como Lula e o PT entenderam o tabuleiro de 2026 antes mesmo de muitos adversários perceberem que o jogo já começou. Ao levar ministros e técnicos para ouvir prefeitos em cada canto do país, o governo federal não só aproxima Brasília das cidades, como também expõe a fragilidade de governadores que preferem posar ao lado de cadáveres do que ao lado de soluções.

PF desmonta quadrilha com vereador, prefeito e facção no mesmo pacote

 

A Polícia Federal, em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Ilhéus, deflagrou nesta quinta-feira a Operação Frater Dominus, que cumpriu vinte mandados de prisão e dezesseis de busca em municípios da Bahia e de Sergipe. Segundo as investigações, a facção investigada movimentou mais de vinte milhões de reais em atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. Entre os alvos estão políticos locais como o ex-vereador de Ubaitaba, José Carlos Nascimento, e o ex-prefeito de Itajuípe, Marcos Barreto, ambos suspeitos de intermediar contratos públicos em benefício do grupo criminoso.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) destacou que a ação só foi possível graças à integração entre Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar da Bahia, reforçando que o Estado não tolera a infiltração do crime organizado na política. Em pronunciamento, ele afirmou que a Bahia “não será refém de facções” e que sua gestão continuará apoiando operações conjuntas para garantir segurança e transparência. A fala foi recebida positivamente por lideranças sociais e por entidades ligadas à segurança pública, que reconheceram o esforço do governo em fortalecer a cooperação institucional.

Halloween é a vergonha anual que insiste em se repetir no Brasil

Já falei sobre esse assunto algumas vezes aqui, e volto a repetir porque ainda me soa absurdo essa mania de festa de Halloween no Brasil. Hoje cedo, quando saí de casa, vi uma moça indo para a escola fantasiada. Estava até bonita, não nego. Mas o que me chama a atenção não é a fantasia em si, e sim essa necessidade de imitar uma festa que não tem nada a ver com a nossa cultura.

Lembro bem quando comecei a reclamar disso, anos atrás. A primeira vez que vi o Halloween sendo tratado como algo “nosso” foi numa matéria do Jornal Hoje, depois repercutida pelo Jornal Nacional da rede Globo de Televisão. Mostravam a festa típica estadunidense, e logo em seguida outros canais começaram a dar espaço para o tema, incentivando que no Brasil acontecesse o mesmo. E não é que conseguiram? Hoje, todo ano, essa encenação se repete. Escolas públicas municipais e estaduais gastam tempo e dinheiro com isso, incentivam os alunos a se fantasiar, e ver professor de História incentivando uma sandice dessa, fico abismado em ver como se naturalizaram algo tão alheio à nossa realidade.

Bahia realiza 1º Concurso e 2º Festival do Queijo Artesanal em Salvador

A capital baiana foi palco, nesta quarta-feira (29/10), de um momento histórico para o setor rural: o 1º Concurso do Queijo Artesanal da Bahia, realizado no Mercado do Rio Vermelho. Mais de 460 queijos artesanais, produzidos em diferentes regiões do estado, foram avaliados por especialistas em uma iniciativa que buscou valorizar a produção local, fortalecer a cadeia do leite e impulsionar o turismo gastronômico baiano.

A premiação dos vencedores acontece nesta quinta-feira (30/10), a partir das 17h, durante a abertura oficial do 2º Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que segue até sábado (1º/11). O festival promete reunir o melhor da produção baiana, com destaque para queijos já reconhecidos em concursos nacionais e internacionais, além de oficinas, degustações e comercialização de produtos.

"Operação Frater Dominus" é deflagrada pela SSP, PM, PC e FICCO/Ilhéus no interior do estado

Mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Ubaitaba, Itabuna, Itacaré, Maraú e Itapetinga, além de um município em Sergipe.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP), as Polícias Militar e Civil, além da FICCO/Ilhéus e o Draco/SE realizam na manhã desta quinta-feira (30), a 'Operação Frater Dominus' nos municípios baianos de Ubaitaba, Itabuna, Itacaré, Maraú e Itapetinga, além da cidade de Santa Luzia do Itanhy em Sergipe. 

Evinha pula fora e deixa prefeito no sufoco

A cena política de Paulo Afonso voltou a ferver depois que a vereadora Evinha Oliveira (Solidariedade) recusou o convite do prefeito Mário Galinho (PSD) para assumir a liderança do governo na Câmara Municipal. O episódio, confirmado em sessão oficial no dia 29 de outubro de 2025, expôs ainda mais as rachaduras na base governista, que já havia sofrido o baque da renúncia de Jean Roubert (PSD) ao mesmo posto semanas antes, após críticas públicas à condução da gestão municipal. Embora Evinha tenha reiterado apoio às ações do Executivo, sua negativa foi interpretada como sinal de desgaste político e de falta de articulação do prefeito junto aos aliados mais próximos.