O jornalismo e seus teclados de aluguel

Não adianta cobrar isenção de nenhum órgão de imprensa no mundo e muito menos aqui no Brasil, todos têm um lado, mas só que por aqui a chamada grande imprensa sempre esteve ao lado do poder de direita e é uma das principais responsáveis pela eleição de um candidato de extrema-direita que ocupa hoje a presidência da república.

Que os proprietários dos grupos de comunicação tenham lá suas preferências nós podemos até entender, mas ver jornalistas servindo como se fossem a voz do dono para alugar seus teclados isto já não dá para aceitar como sendo algo normal.

Todo profissional busca se qualificar na profissão que escolheu desempenhar, o médico para salvar vidas não pode escolher a quem vai salvar o bombeiro não pode escolher qual apartamento vai entrar primeiro para buscar a vítima. Então, por que jornalistas aceitam escrever matérias para destruir reputações?

Lula foi acusado e condenado por crimes que já se provaram não terem acontecidos. Porque então após de milhares de notícias falando da condenação agora com a sua inocência provada pelo Supremo Tribunal Federal os jornalistas escondem a verdade em notas de rodapé, enquanto seu algoz não é questionado pelos crimes que teria cometido. Estaria o jornalismo cometendo outro crime?

Atualmente sites, jornais e telejornais brasileiros estão dando espaço sempre com informações positivas para um determinado pré-candidato a presidente no próximo ano, chegando, quando nada tem para falar sobre a pessoa, informar a venda de móveis de um apartamento. Ao mesmo tempo, escondem o candidato que aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião pública.

O jornalismo, mesmo com lado, não deve ser banalizado ou perde a credibilidade. Para identificar um teclado de aluguel, basta ver quando um jornalista quer “pagar de isentão” em seus textos ou em suas publicações em redes sociais.

Atualmente nos grandes jornais, revistas e telejornais há muitos teclados de aluguel. Provavelmente isto anda contribuído para a queda na credibilidade destes órgãos de imprensa. Revistas e jornais já fecharam por falta de leitores. Telejornais estão perdendo audiência significativa por falta de confiabilidade e jornalistas estão deixando de ser respeitados. É o começo do fim do profissional de comunicação na grande imprensa, só restaram aqueles que tem preço para escreverem o que o dono manda.

 

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