Cadernetas Agroecológicas contribuirão com o monitoramento da produção de mulheres rurais de Heliópolis


Agricultoras familiares dos povoados de Massaranduba e Galinha Morta, localizados no município de Heliópolis, participaram, nesta segunda-feira (20), da primeira Oficina sobre o Preenchimento da Caderneta Agroecológica. O objetivo da ação é, a partir da utilização da caderneta agroecológica, contribuir para o monitoramento da produção agrícola das mulheres e também valorizar e dar visibilidade ao trabalho que elas realizam nas unidades de produção familiar.

A ação acontece no âmbito da ATER Mulher, serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater) do Governo do Estado, executado via Chamada Pública da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), unidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), pela Associação Regional de Convivência Apropriada ao Semiárido (Arcas), no Território Semiárido Nordeste II. A oficina foi realizada no auditório da sede da Arcas, localizada no município de Cícero Dantas.

A Caderneta Agroecológica é uma metodologia que revela a importância da contribuição da mulher do campo na renda mensal familiar e na segurança alimentar e nutricional das famílias, além de valorizar os quintais produtivos.

A agricultora Josefa Carla da Silva Ribeiro, do povoado Massaranduba, que já exercitou o preenchimento da caderneta, ressalta que a partir de agora vai colocar em prática tudo o que aprendeu: “Foi um encontro maravilhoso e aprendi sobre a Caderneta, agora farei todas as minhas anotações, dos meus consumos e trocas. Isso vai melhorar bastante a minha vida. Agora vou saber o que vou gastar e o que vou obter de lucro”.

Rosimeire Maria Neves, do Povoado Galinha Morta, fala da importância de começar a ter um controle de tudo o que é produzido em seu quintal: “Eu posso anotar tudo na minha caderneta: o que eu ganho, o que eu troco, o que eu vendo e o que eu dou. Anoto tudo, para que no fim do ano eu tenha tudo anotado e eu possa entender o quanto fui uma mulher guerreira e que eu lutei no meu quintal, com muita garra, para ter uma vida melhor”.

Por meio de uma programação diversificada, que contou com exibição de vídeos, dinâmicas e grupos de trabalho, as agricultoras refletiram coletivamente sobre a importância de anotar diariamente tudo o que elas consomem, vendem, doam e trocam, a fim de contabilizar monetariamente toda a produção.

“Vai melhorar muita coisa, vou aprender a economizar, sabendo o que vou gastar e o que vou produzir. Antes a gente não sabia nada disso”, afirmou a agricultora Josefa Dantas Oliveira, também do povoado Galinha Morta.

Serão realizadas 20 oficinas sobre Cadernetas Agroecológicas em seis municípios do Semiárido Nordeste II: Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Heliópolis. Jeremoabo e Ribeira do Pombal.

Com informações e fotos da Arcas Semiárido.

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