Em 2011, ressurgiu. Reconquistou o cargo federal, governou
Canindé com mão firme, mas as críticas à sua gestão quase enterraram sua
carreira. Quase. Porque Heleno não é feito de barro: é de rocha. Inocentado
sete anos depois, manteve-se de pé, mesmo longe dos holofotes. E hoje, sua
ausência dói. Por quê?
Enquanto ele silencia, o Sertão sergipano virou palco de
políticos *sem fome*. Jairo Santana? Um fantasma na Assembleia. Chico do
Correio? Um titubeante que acordou só no fim do mandato para surfar em obras
alheias. São sombras pálidas diante do legado de Heleno, que, mesmo
controverso, tinha fome de servir. Fome de cavar poços, de plantar políticas,
de fazer o chão tremer com suas ideias.
Heleno não era perfeito. Dividia opiniões, carregava
cicatrizes. Mas sua política era sangue no olho, não picaretagem. Enquanto os
atuais representantes brincam de poder, o Sertão definha. Seca de ações. Seca
de voz.
E ele sabe disso. Em 2026, prepara-se para voltar. Não como
herói imaculado, mas como sobrevivente. Quer um lugar na Assembleia
Legislativa, e a pergunta que ecoa é: o Sertão prefere a inércia dos "bons
moços" ou a audácia de quem, mesmo falhando, nunca fugiu da batalha?
Heleno errou? Sim. Mas seus erros não apagam uma
verdade:
Enquanto outros dormem no conforto do cargo, ele ainda tem
sede de lutar.
E o Sertão... ah, o Sertão não perdoa omissos.
Em 2026, a escolha é clara: continuar na aridez... ou dar
mais uma chance a quem nunca teve medo de sujar as botas.
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