No radar dos neoliberais,
desde o golpe de 2016, os bancos públicos estavam prestes a cair na bacia das
almas das privatizações até a chegada da pandemia do novo coronavírus. Agora,
poderão ser a salvação da lavoura, desde que a política genocida de atraso de
ajuda aos trabalhadores, aprovada no Congresso Nacional, continue sendo a
prioridade da dupla Bolsonaro-Paulo Guedes.
Apaixonado por bancos
privados, Guedes tinha demonstrado, até aqui, um apetite voraz pela
privatização, principalmente, da Caixa Econômica Federal. Trata-se do banco
público que concentrou, nos governos petistas, as ações sociais mais
importantes da história do País, os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha
Vida – ambos em processo de destruição plena comandado pelo ministro da
Economia.
O fato é que, nesse momento,
somente a Caixa pode ajudar o dinheiro dos cofres públicos chegar aos
trabalhadores, antes da fome. O banco tem um cadastro pronto e ativo de 29
milhões de famílias, quatro mil agências e está ligado a 13 mil casas
lotéricas, em todo o País. O problema, como sempre, chama-se Jair Bolsonaro.
Indiferente, como cabe a um
psicopata, às angustias da população, e disposto a fazer política em meio a uma
emergência sanitária mundial, Bolsonaro aposta no atraso dos repasses para
criar o pânico necessário para, contra tudo e contra todos, forçar os
trabalhadores a saírem de casa. Não importa se isso poderá transformar o Brasil
num cemitério a céu aberto.
Nessa queda de braço, as únicas
pressões pela liberação do dinheiro estão vindo dos sindicatos e da Federação
Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, a Fenae, haja vista a má vontade
da direção bolsonarista instalada dentro da instituição. Virou, dessa forma,
uma corrida de vida e morte.
Guedes e Bolsonaro não dão a
mínima para isso. O medo deles é ter que reconhecer que o Estado, o vilão do
neoliberalismo, é o único herói que nos resta.
Por: Leandro Fortes.
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