A operação “Pixão de Ouro”, apelido dado nas rodas políticas de Brasília, veio à tona após relatórios internos apontarem o que técnicos chamam de “execução sem transparência”. Para o leitor comum, traduzindo, grana enviada, plano de trabalho inexistente, e pouco ou nada comprovado em benefício real à população.
O Palácio do Planalto não demorou a reagir. A orientação do
presidente Lula foi clara, abrir o cofre só com contrapartida comprovada, e
reforçar a fiscalização para que o dinheiro saia do papel e se transforme em
obra, equipamento ou serviço. “Não vamos permitir que esses recursos virem
moeda de troca eleitoral”, resumiu um aliado próximo do Planalto.
Especialistas apontam que o modelo de emendas Pix, criado
para dar mais agilidade, acabou se tornando terreno fértil para desvios e
malandragem política. Mas, com a pressão federal e o cerco do Tribunal de
Contas da União, prefeitos e parlamentares já sentem que a farra pode ter dias
contados.
A população, que vê as cifras astronômicas no noticiário, se
pergunta como é que quase setecentos milhões de reais conseguem sumir sem
levantar poeira? Talvez porque, até agora, ninguém estava olhando direito.
Agora está. E Lula quer transformar essa “faxina” em exemplo de que a política
pode, sim, ser feita com decência, até quando o escândalo já bate à porta.
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