Estadualização do hospital Nair Alves de Souza já é fato consumado.

A grita foi grande, mas agora é a hora de cobrar da Chesf.

Na reunião de apresentação do processo de transferência do Hospital Nair Alves de Souza que aconteceu no memorial Chesf. O objetivo era informar a comunidade local e representante das cidades vizinhas como será o modelo a ser adotado.

O diretor administrativo da Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco, José Pedro Alcântara parece que anteviu os debates acalorados que aconteceram. Ele no inicio de suas colocações pedia a todos um “debate produtivo”. Em seguida foi feita a exposição pelo responsável da empresa encarregado da tarefa. Pode-se perceber que é irreversível a estadualização. Ele mostrou através de sua fala todas as etapas anteriores e como se deram as negociações que levou, tanto a empresa quanto a secretaria de saúde do estado à proposta final.

Jorge Solla, secretário de Saúde do estado da Bahia, da importância da reunião e aproveitou para relembrar como a saúde era tratada em outros governos. “Infelizmente o nosso estado da Bahia passou por tempos onde os hospitais nem senha tinham para que as pessoas pudessem ser atendidas. Hoje são novos tempos e qualquer pessoa pode ser atendida”. Foi à senha para que aqueles que são contra a ida do hospital para o estado começassem a reclamar. Ele também aproveitou a ocasião para falar das realizações do governo Wagner. Lembrou da situação em que encontrou os hospitais quando recebeu a incumbência do governador para melhorar a saúde. “encontramos totalmente sucateada e hoje estamos reformando e construindo novas unidades”.

Durante o evento esteve presente, os deputados estaduais Paulo Rangel (PT), Luis de Deus (DEM) e Edson Pimenta PCdoB), deputados federais, Mário Negromonte (PP) e Aleluia (DEM). Durante as intervenções de cada um, pode-se perceber que a platéia estava dividida. Quando cada um falava a favor ou contra a estadualização do hospital, sempre tinha uma parcela de pessoas a aplaudir. Quando alguma colocação era mais contundente os a outra parte dos presentes expressava seu descontentamento com as colocações. Isto aconteceu durante todo o tempo em que prefeitos, vereadores e deputados se pronunciaram.

Algumas pessoas da sociedade civil questionaram os critérios utilizados. Ficaram como meros espectadores do embate que acontecia naquele momento. Alguns em protesto se retiraram do auditório.

Na conclusão da reunião, Solla foi a pessoa escalada para responder todos os questionamentos. Já no inicio, quando falava novamente dos benefícios e citou algumas ações do atual governo, o deputado Aleluia questionou a condução do debate e houve um principio de bate boca entre algumas pessoas. O secretário aproveitou o momento e fez de conta que nada estava acontecendo, seguiu dando informações das ações de sua pasta e da importância do hospital Nair Alves de Souza passar a ser gerido pelo estado.

Logo em seguida a reunião foi dada por encerrada e todos seguiram o seu caminho.

O certo é que, nem os que são favoráveis nem os que se posicionam contra querem a saída da Chesf. Todos concordam que a empresa tem uma divida social muito grande com a região.

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