Kaká: "Se rasguei algum bilhete, foram de políticos corruptos"

No seu programa na Rádio Xingó FM, em Canindé do São Francisco/SE, o pré-candidato a prefeito Kaká Andrade (PSD) decidiu abordar um tema que há muito tempo é usado por alguns políticos locais de forma pejorativa em relação a ele. E ele iniciou o programa, que acontece todas as segundas-feiras às 13h, prometendo que "hoje todos vão conhecer a verdade" sobre o assunto.

Kaká cumpriu o que havia prometido na semana anterior, quando anunciou que falaria pela última vez sobre o tema. Ele aguardou até a última parte do programa e então explicou o motivo pelo qual rasgou bilhetes quando seu irmão, Orlandinho, era o prefeito da cidade.

O pré-candidato fez questão de lembrar a todos os ouvintes que ele era um amigo, um assessor, um confidente e um protetor do irmão Orlandinho e da administração pública, para que nenhum crime fosse cometido. Mesmo sob pressões políticas, era ele quem recebia as críticas e, assim, assumia as responsabilidades enquanto o prefeito se dedicava à política. Dessa forma, ele ajudou a administrar Canindé durante 8 anos.

A declaração de Kaká foi ouvida por milhares de ouvintes e, pela repercussão durante o programa e logo após o seu término, a resposta foi extremamente positiva. O aplicativo de mensagens do pré-candidato recebeu tantas mensagens de solidariedade que ele não conseguiu responder a todas e, enquanto tentava ler, recebia mais ligações no celular.

Ao revelar a verdade, Kaká convidou os ouvintes a refletirem sobre o que certos políticos tentavam fazer naquela época. "Sabe por que, meu amigo, minha amiga, eu não cedia às extorsões? Porque quando esses bilhetes chegavam até mim e eu os barrava, era porque se tratava do dinheiro do povo, e esses maus políticos queriam arrancar do meu irmão a todo custo", disse ele.

Para ele, essas eram exigências criminosas que colocavam Orlandinho, já debilitado por sua saúde, contra a parede. Essa era a verdade, segundo Kaká. "Por isso, sou uma pedra no sapato desses políticos mal-intencionados", afirmou.

"Se eu for eleito, não atenderei a bilhetes com pedidos imorais, de quem quer roubar o dinheiro público, que não respeitam a saúde pública, os bilhetes de políticos que não se preocupam em pagar o funcionário em dia, os bilhetes de políticos que não se empenham em gerar empregos, os bilhetes da corrupção, da imoralidade, da ilegalidade", declarou Kaká.

Em seguida, ele afirmou que atenderá "aos bilhetes de quem deseja os salários em dia, de quem busca a geração de emprego e renda, para que possamos oferecer uma saúde digna ao nosso povo de Canindé, por uma educação de qualidade, por uma alimentação escolar adequada, de quem quer um transporte escolar eficiente e de quem deseja escolas bem estruturadas para proporcionar as melhores condições para professores, alunos e funcionários". E concluiu com "enfim, aos bilhetes que visam o bem-estar do nosso povo e da nossa cidade."

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