Um exemplo simbólico dessa
falta de rigor jornalístico é a cobertura contraditória sobre André Moura
(União Brasil). Em um dia, publica-se que ele "já definiu" sua
candidatura ao Senado; no seguinte, afirma-se que ele desistiu e indicará sua
filha, Lara Moura como candidata a vice-governadora. Paralelamente, outras
matérias divulgam versões completamente distintas, sem qualquer preocupação em
checar fontes ou garantir coerência. Essa abordagem não apenas desinforma o
público, mas também mina a credibilidade da imprensa.
O mesmo ocorre em relação ao
governador Fábio Mitidieri. Em um curto intervalo de tempo, análises
superficiais passam de "sua reeleição está inviabilizada por falhas na
articulação política" para manchetes exaltando sua "invencibilidade"
nas próximas eleições. Essa volatilidade narrativa revela uma clara priorização
do engajamento em detrimento da apuração responsável.
Se o jornalismo pretende
cumprir seu papel democrático, é urgente que abandone práticas tão
questionáveis. A população sergipana merece informação de qualidade, não
espetáculo.
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