Prefeitura de Canindé de São Francisco/SE atrasa pagamento de salários de fevereiro de servidores públicos

Mal iniciou a administração do prefeito Machado Barbosa (União Brasil), e as redes sociais já foram inundadas por reclamações sobre o atraso nos salários de funcionários da Prefeitura de Canindé de São Francisco, em Sergipe. O atraso, que afeta centenas de servidores municipais ocorre já no segundo mês de gestão, gerando indignação e comprometendo a credibilidade do novo governo. 

Em áudio viralizado, uma funcionária, após constatar que seu salário não foi depositado, denuncia, em tom de indignação: “Só provaram que mentiram o tempo todo. Agora atribuem a culpa ao banco, como se fôssemos ingênuos”. A fala reflete o descontentamento generalizado diante da justificativa insustentável apresentada pela gestão, que tenta transferir responsabilidades sem oferecer transparência ou prazos concretos para a regularização.

Além disso, fotos divulgadas em grupos de WhatsApp mostram representantes do SINTESE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipeestão na Secretaria de Administração e Finanças, exigindo explicações formais sobre o descumprimento do pagamento. A inadimplência fere o artigo 7º da Constituição Federal, que garante salários pontualmente pagos, e exige solução imediata para evitar prejuízos às famílias dependentes desses recursos. 

O atraso salarial já no início da gestão configura um grave retrocesso ético e administrativo. Além de violar direitos trabalhistas, a postura do prefeito desconsidera o impacto social do não pagamento: servidores enfrentam dificuldades para honrar compromissos básicos, como alimentação, saúde e educação de suas famílias. É inadmissível que, em pleno 2024, uma administração pública repita práticas arcaicas de gestão, desrespeitando a dignidade de quem sustenta os serviços essenciais do município. Se o prefeito Machado Barbosa almeja legitimidade, deve priorizar a responsabilidade fiscal e o diálogo transparente com a categoria, em vez de recorrer a subterfúgios que só ampliam a desconfiança. Os trabalhadores merecem mais que promessas — exige respeito.

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