Nos Trilhos da Esperança

O trem apita longe, mas já é possível sentir o pulsar de suas engrenagens. Estação 2025, diz o letreiro digital piscando ao longe. Alguns passageiros ainda olham para trás, onde os trilhos deixam as marcas do ano que se encerra. 2024, com suas paradas inesperadas, despedidas dolorosas e encontros memoráveis, torna-se agora um quadro emoldurado pela memória.

Quantas lutas enfrentamos em 2024! Uns começaram a viagem com malas pesadas de dúvidas; outros, com bagagens leves de esperança. Houve quem desceu em paradas inesperadas, deixando saudades, e outros que embarcaram (nasceram) em meio ao percurso, trazendo renovação à composição. Um trem movido a combustíveis diversos: lágrimas de quem perdeu, risos de quem reencontrou e um fio constante de esperança que une cada vagão.

Agora, enquanto 2025 se aproxima, sentimos a ansiedade misturada ao entusiasmo. Este trem é especial. Suas rodas não correm apenas sobre os trilhos de ferro; elas deslizam sobre os trilhos do desejo humano por saúde, paz e prosperidade. É um trem abastecido por um combustível único, a fé, união, capaz de mover o mais pesado dos comboios.

E então, como viajantes incansáveis, repensamos o que levamos para o novo vagão. Será que precisamos daquele peso todo que carregamos em 2024? Que tal deixarmos para trás as bagagens de mágoas e ressentimentos? Afinal, como já nos ensinou o Criador – esse maquinista invisível e perfeito – a vida avança melhor quando viajamos leves, cheios de fé e com espaço suficiente para novas histórias.

Que a estação 2025 nos receba com os braços abertos do futuro e os vagões da renovação. Que possamos rir mais, chorar menos e, sobretudo, seguir juntos, movidos pelo combustível mais poderoso: a esperança que renasce em cada amanhecer. E que ao som do apito final, lá em 31 de dezembro do próximo ano, possamos descer desse trem com o coração grato, prontos para embarcar na próxima jornada.

Porque, no fundo, a vida é isso: uma sucessão de estações onde aprendemos a valorizar cada parada, cada partida e cada chegada.

Feliz 2025!


Por: Luciano Júnior,

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