Um Brasil morre menos de Covid, todos morrem de Bolsonaro



Em 6 estados ocorreram 83% das mortes, mas desgoverno pode espalhar a epidemia.
Vinícius Torres Freire, a machadadas

"Enquanto boa parte do mundo desacelera, desde o início de maio o Brasil vai se tornando uma aberração.

​Desgovernado ou sob o governo da morte, do golpeamento institucional, da perversidade lunática e da cafajestada facinorosa, há risco de o país piorar. O distanciamento funciona, mas tem sido avacalhado em geral e sabotado por Bolsonaro e colaboracionistas.

Quanto mais avacalhadas as medidas de contenção, mais o morticínio vai durar. Quanto mais durar, maior deverá ser a propensão individual a abandonar o distanciamento, por desespero material ou psicológico. Quanto maior essa bola de neve, mais duradoura a destruição da economia. O desmanche do distanciamento não vai reativar a produção nem o desejo de consumir.


A epidemia pode então transbordar lá onde já ferve baixo. Pode se espalhar também para estados bem menos afetados pelo coronavírus. Mas existe ainda alguma chance de evitar essa aberração brasileira que seria a longa duração da primeira fase da pandemia: chance de achatar a curva, de segurar o vírus.

No entanto, Jair Bolsonaro está solto."

Íntegra da coluna, com boas informações sobre disparidades regionais no quadro nacional da pandemia, acessível via link nos comentários.


*Trechos da coluna de Vinícius Torres Freire publicada na FSP.

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