Há vida fora das redes sociais.

Decididamente o mundo passa por uma revolução nas relações humanas. Após a criação da internet, esse novo mundo virtual começou a levar as pessoas a terem contato com outras de todos os cantos e recantos no planeta. Agora é possível ter amigos mesmo que nunca os tenha visto ou vá conseguir vê-los pessoalmente. Isso parece não importar para um grupo de pessoas que vivem quase que sua vida, agora virtualmente.
Com o barateamento dos computadores, a criação de Redes Sociais feitas para pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que querem partilhar objetivos comuns. Houve uma mudança significativa para um grupo que buscava ser ouvido e visto. Se antes o Bate-papo se resumia as salas de portais de notícias com do UOL, ou ao ICQ “Eu Procuro Você” (I Seek You), pioneiro em mensagem instantânea e que depois de copiado pela Microsoft virou o MSN. Hoje, quem tem computador e passeia pela Rede, não consegue viver sem ele. Encontra-se “amigos” e como em um passe de mágica, minutos depois já se está falando na maior intimidade.
Essa enxurrada de opções de comunicação entre as pessoas invadiu de vez o dia-a-dia de cada um que vive esse mundo virtual. Twittwe, ICQ, MSN, Orkut, Facebook, Google +, Blog, Site, Flick... Eu contabilizei mais de 311 possibilidades onde se pode conviver virtualmente nesse mundo novo. Seria essa a nova Ordem Mundial? Onde as pessoas se despem de seus pudores e buscam os seus 15 minutos de fama como preconizou Andy Warhol, “No futuro toda a gente será famosa durante quinze minutos”. Vejo essa busca em muitos daqueles que vivem virtualmente. São os que eu chamo de “especialistas em tudo”. Se o assunto é política, lá está a pessoa a dar a sua opinião sem respeitar o contraditório. Se for futebol, ela conhece tudo. Saúde? Sabe de cada problema enfrentado pelo governo! Sobre Cuba essas pessoas falam com propriedade de quem vive na Ilha de Fidel. E assim o é para todos os assuntos levantados nas redes sociais. Muitas delas tornaram-se intrasigentes. Não aceitam questionamentos e caso isso aconteça, parte para o ataque logo que questionadas. Com elas, não fale de religião. Gritam que o “estado é laico”, mas professam a religião do ateísmo.
Mas há um mundo fora da Vida Virtual para todos nós. E esse quando branco em frente aos seus olhos, onde letras são colocadas e formam palavras não substituem a família, os amigos de infância, os amigos que encontramos ao longo de nossas vidas. Dentre esses, muitos são conquistados nessas redes, mas que se fortalecem e se materializam quando nos conhecemos pessoalmente. Viver esse mundo virtual está criando uma categoria de pessoas deslocadas do mundo real. Mas é nas ruas, no trabalho, no babá de fim de semana com os amigos que o mundo verdadeiramente acontece. Outro é o mundo de Tron onde pessoas vivem entre Bits – Dígitos Binários (BInary digiT).
A rede serve também para mobilizar, desmentir boatos, mostrar a todos a sua opinião, suas idéias e criações e encontrar pessoas que podem vir a serem novos e queridos amigos, pode ate mobilizar para “marchas”, mas esse mundo virtual não é nada sem o contato real para quem busca amizades. Há um mundo fora das redes sociais.

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