A inutilidade dos assessores do Prefeito Anilton.

Não basta ser eleito ao cargo de prefeito de uma cidade, muito menos se isso significar que aconteceu com uma margem pequena de votos. A pessoa que consegue esta façanha, não tem o direito de fazer o que lhe der na “telha”. Vejam o caso do prefeito de Paulo Afonso na Bahia o Anilton Bastos que no primeiro dia do seu governo demitiu milhares de pais de famílias, deixando muitos deles com problemas financeiros na cidade. Ele também fechou a “Casa do Homem do Campo”. Uma residência que era utilizada por pessoas da zona rural da cidade que ao virem ao centro não conseguiam retornar as suas residências e tinham naquelas instalações um local que os acolhia com qualidade de vida. Entre outras coisas, o prefeito fechou a “Maternidade Municipal” que funcionava no Hospital do Bairro Tancredo Neves II.
Para os que conhecem os corredores de uma administração pública sabem que Anilton não tomou essa decisão sem ouvir antes alguns de seus assessores, principalmente os que tinham em suas pastas os projetos que foram fechados. O que me chama a atenção é que nenhum deles conseguiu convencer o prefeito de que o que ele estava fazendo era um erro gravíssimo, do ponto de vista social e político. Por que pessoas que foram despejadas e não utilizam mais o hospital no BTN sofrem ate hoje com essas decisões equivocadas do governo municipal. E no caso da maternidade há algo muito grave a ser investigado pelo Ministério Público local que seria o beneficiamento do Imip - Instituto Materno-Infantil de Pernambuco com a transferência dos serviços para o Hospital Nair Alves de Souza. A quem interessava que estes serviços fossem cobrados lá?
Mais ai nós chegamos ao caso das pessoas que foram aprovados no concurso público realizado pelo município em 2008 e que teve 1.800 para diversos cargos e tendo um cadastro de reserva. Anilton ao demitir as milhares de pessoas em seu primeiro dia na prefeitura mandou um recado a todos, “este será um governo terceirizado” e desandou a contratar trabalhadores através do Reda – Regime Especial de Direito Administrativo. Hoje com 2.138 ou mais, caso alguém tenha sido contratado após a decisão da justiça que manda admitir todos os aprovados e demitir os que lá estão, ilegalmente, segundo a decisão.
O que me deixa sem entender é como nenhum dos assessores diretos do prefeito Anilton conseguiu fazê-lo entender naquele momento que o concurso tinha sido legal. Não precisava ir muito longe nos argumentos, bastava lhe dizer que a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil e MP – Ministério Público participaram da fiscalização de todo o processo em que foi feito o concurso e declararam a época e continuam afirmando que tudo foi feito dentro da legalidade. Tanto é verdade que o órgão da justiça entrou com um pedido para que todos os aprovados assumam suas funções, e conseguiu o que queria.
Então para que serve um prefeito ter assessores que não discordam de uma opinião sua? Ora, ser auxiliar não significa concordar com tudo o que o seu líder faz, tem horas e ai são nestas que aparecem os homens, que se deve discordar e se preciso for falar alto para ser ouvido, mesmo que isso signifique ser olhado com desdém pelo morubixaba. Ter pessoas que riam toda a vez que o patrão lhes conta uma piada, mesmo sendo ela a mais horrorosa possível, é compactuar com todos os erros sociais. E o governo Anilton vem pecando bastante neste quesito, muito por culpa do próprio e muito mais porque seus assessores mais próximos deram mostras desde o inicio do seu governo que vieram para ser “chumbetas”. O que foi e é ruim para o prefeito e para a sociedade pauloafonsina. Para que serve ter assessores assim?

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