Quando surgiu a Internet,
muitos dos que vivem de comunicação e estudiosos do assunto se apressaram em
afirmar que outras formas de informação popular estavam fadadas a sumirem. Um
destes meios seria a radiodifusão, que com tantas informações em tempo real
sendo disponibilizadas, agora, nas mãos das pessoas e em suas casas através dos
computadores de mesas ou notebooks, não teriam mais como conquistar ouvintes.
Parece que as pessoas estão
vivendo em um mundo paralelo, onde o irreal, o virtual estaria se sobrepondo ao
mundo real.
O Serviço de Radiodifusão
Comunitária foi criado pela Lei 9.612, de 1998, regulamentada pelo Decreto
2.615 do mesmo ano. Trata-se de radiodifusão sonora, em frequência modulada
(FM). Mas que precisa, assim como aquelas conhecidas como “Comerciais”, de uma
programação que atraia os ouvintes e que fale “a sua voz”.
A Rádio Angiquinho, que fica
no Distrito Barragem Leste em Alagoas na cidade de Delmiro Gouveia, conseguiu um feito que nenhuma outra comunitária
conseguiu no Brasil. Ela simplesmente anulou a audiência de todas as outras
emissoras da região. Em Paulo Afonso ela é a número 01. E isto tem provocado ciúmes
e agressões desnecessárias de algumas pessoas ligadas as rádios comercias.
Mas qual o segredo da radio
Angiquinho?
Não há uma única resposta para
se justificar este feito. O primeiro é que a equipe tem um diretor que conhece,
como poucos, como se faz rádio popular e tem o total apoio de todos os
colaboradores. O segundo é a própria equipe. Giuliano Ribeiro conseguiu
aglutinar os melhores locutores e comentaristas na região em um só lugar. E por fim, os ouvintes que mesmo tendo o celular,
computadores, notebooks e todas as tecnologias em suas mãos, não abrem mão de
ouvir a voz daquelas pessoas que convivem diariamente com eles nas ruas da
cidade. Pode ter outros pontos que ajudem a explicar o fenômeno, mas esses três
já são o suficiente para dar dor de cabeça na concorrência.
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