Novos sistemas de dessalinização, mobilização social e
sustentabilidade ambiental. Esses foram os principais pontos discutidos durante
a II Reunião de acompanhamento da execução do Programa Água Doce (PAD),
realizada de terça (24) a hoje (26), em Maceió - Alagoas. Uma comitiva do
Governo do Estado, composta pelo secretário estadual do Meio Ambiente (Sema),
João Carlos Oliveira, e técnicos que trabalham diretamente na execução do
programa apresentou as propostas e estratégias da Bahia para os próximos 10
anos.
Durante os três dias, os gestores estaduais puderam discutir
a execução do programa nos estados em que atua, com o foco na implantação,
operação, manutenção e monitoramento dos sistemas, além de apresentar os Planos
Estaduais do Programa Água Doce para o período 2020-2029, o planejamento para a
Fase II do PAD e debater a construção da Política Nacional de Dessalinização.
A Sema apresentou uma proposta de arranjo institucional, que
envolve as esferas governamentais, comunidade, academia, Comitê de Bacias
Hidrográficas, entre outros atores. “Estamos trabalhando para que os sistemas
não sejam apenas metas físicas, mas estruturas de políticas públicas
permanentes de acesso a água de qualidade. Com a Inclusão de todos nesse
processo, pretendemos aperfeiçoar a metodologia com novas tecnologias e com foco
na sustentabilidade, aumentando a efetividade do PAD na Bahia”, destaca o
secretário João Carlos.
O novo convênio com o Ministério do Desenvolvimento Regional
(MDR) previsto para 2020 irá beneficiar aproximadamente 120 mil pessoas do
semiárido baiano, e contará com o uso da energia solar. O investimento previsto
é de R$ 158 milhões, atendendo 400 localidades.
Outra questão debatida foi a abrangência dos sistemas de
dessalinização para municípios do litoral baiano, transformando a água salgada
em água própria para o consumo humano. “Essa é uma possibilidade que traz muita
esperança para o Nordeste brasileiro. A escassez hídrica é uma realidade e
precisamos fazer com que a comunidade entenda que a água produzida pelo
programa é de qualidade. Precisamos aumentar essa demanda, fornecendo água doce
para escolas e unidades de saúde, por exemplo”, explica Luciana Santa Rita,
coordenadora do PAD na Bahia.
Números na Bahia - Na primeira etapa do programa, foram
implantados 145 sistemas de dessalinização. A 2ª etapa, que está em fase final,
prevê a implantação, recuperação e gestão de mais 150 sistemas. No total, o PAD
na Bahia contou com um investimento de mais de R$ 62 milhões, beneficiando
cerca de 200 mil pessoas de 56 municípios.
PAD - o programa visa estabelecer uma política pública
permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, incorporando
cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de
sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas.
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