SOCIEDADE ALTERNATIVA. (Por Leandro Fortes)


O juiz Sergio Moro admitiu à imprensa que a esposa, Rosangela, foi sócia de Carlos Zucolotto, o tal "amigo pessoal" acusado de vender facilidades para delatores da Lava Jato.

Mas fez questão de esclarecer que a sociedade se deu "sem comunhão de trabalho ou de honorários".


Ou seja, Rosangela nem trabalhava nem recebia.

Alguém sabe me dizer que diabo de modelo de sociedade é esse?

Somente em um País com uma mídia abjeta tocada por jornalistas de araque uma declaração estapafúrdia como esta é absorvida e publicada sem nenhum filtro crítico.

CAIU A MÁSCARA E SOBROU CARVÃO! (Por Patrick M. R. Canterville)


Marina Silva, aquela que anda vestindo roupas feitas de algodão orgânico, e ornamentos de coco e castanhas com capim dourado, a mesma que foi escolhida como uma das salvadoras do planeta, e que apoiou o narcotraficante, ou melhor, perdão, senador Aécio Neves, para presidente, bem, essa mulher, amante da natureza, ex PV, ex PSB, e atual proprietária da Rede Sustentabilidade, entrou hoje em rede nacional, na propaganda de seu partido, e tudo que fez foi deixar todos atônitos com seu silêncio ensurdecedor, sobre a entrega da Amazônia a mineradores, jagunços e capitães do mato. 

Nada. Nenhuma palavra. Heloísa Helena, que era da seita de Luciana Genro, também não disse nada. Silêncio total. O partido verde, ficou amarelo e apodreceu, tal qual o pato amarelo que ajudavam a inflar durante o golpe. Nada. Nenhum pio se ouve entre os devotos das causas ambientais. O PEN, Partido Ecológico Nacional, bem, esse sempre foi uma sigla de aluguel, e agora abriga um ser inominável. Paciência. 

Fato é que Temer gritou: "Madeiraaaaa", Jucá ordenou: "Liguem as motosserras", e a direita disse: "Quac-Quac". E tal qual na série Chapolim Colorado, o pequeno índio pergunta: "E agora? Quem poderá nos defender?" - Todos se entreolham em silêncio, e ninguém diz nada. 

Até que alguém grita: "Petralhaaa" - E de longe se avista um ônibus, onde um nordestino a quem falta um dedo saculeja pelas estradas, e junto com ele um bando de gente com bandeiras vermelhas com uma estrela no meio, comem pão com mortela, e o índio amedrontado, olha para o céu azul colorido com vermelho, vê todas aquelas bandeiras, vê o brilho daquela estrela, que ofusca a escuridão dos que estão em silêncio, e o índio pequenino mesmo sem resposta, sabe que aquele homem sem um dedo, é muito mais que um homem, é o sinal que ele esperava, para anunciar a todos que havia voltado a ESPERANÇA! E assim aconteceu, não foram os verdes nem os patos que devolveram a esperança ao pequeno índio. Foi a estrela que hoje brilha, dissipando as trevas, e o índio pequenino, já pôde ouvir lá longe muitas vozes juntas, que em uníssono cantavam: Lula lá, brilha uma estrela... 

Por Patrick M. R. Canterville.

Comissão inicia análise das propostas inscritas no Edital de Ações Continuadas.


Linha de fomento do Fundo de Cultura da Bahia apoia entidades articuladoras da cultura no Estado; atualmente 11 instituições são beneficiadas.

As propostas inscritas no Edital de Ações Continuadas de Instituições Culturais passarão por análise de mérito para definir quais serão selecionadas para o novo triênio 2017/2020. A avaliação será realizada por uma Comissão Temática, formada pela Comissão Gerenciadora do Fundo de Cultura da Bahia e cinco especialistas nas diversas áreas da cultura, sendo quatro deles convidados vindos de outros estados brasileiros. Os trabalhos terão início no dia 30 de agosto e se estendem até o dia 3 de setembro.

Foram consideradas inscritas 33 propostas de instituições culturais de um total de 54 propostas apresentadas. A análise de mérito é realizada a partir de parâmetros como o perfil da instituição e capacidade de gestão; plano de ação coerente e viável; e harmonia com a política estadual de cultura. A linha de fomento, com formato plurianual, tem como característica principal conceder apoio a atividades regularmente desenvolvidas por instituições culturais privadas baianas, sem fins lucrativos, que observem as diretrizes da política estadual de cultura e contribuam para que seus objetivos sejam alcançados.

Para compor a equipe da Comissão Temática, foi aberta uma consulta pública online, onde nomes da cena cultural local e nacional foram apresentados, sendo que dois deles, Célio Pontes (especialista em Economia da Cultura pela UFRGS e pós-graduado em Políticas Culturais pela Universidade de Girona/Espanha) e Carolina Ficheira (mestra em Comunicação e Cultura, doutoranda em Ciência e Literatura pela UFRJ) foram selecionados. Além deles, Clarice Libânio (doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG e gestora de Organização Não Governamental Favela é Isso Aí), Maria Arlete Gonçalves (consultora cultural, Ex-diretora de Cultura da Oi Futuro, que participou do processo seletivo anterior) e Luciana Vasconcelos (arquiteta e coordenadora do Escritório Bahia Criativa), formam a comissão.

O fim do primeiro ciclo de apoio plurianual (2013/2015) representou a consolidação da linha de fomento que passou por revisão para organização desta nova seleção pública, mantendo os principais pilares do programa: convênio por três anos, avaliação de desempenho, repasses vinculados a metas e descentralização das ações. Os beneficiários foram divididos em duas categorias: a) propostas de Ações Continuadas de Instituições Culturais com mais de 20 anos de atuação; e b) propostas de Ações Continuadas de Instituições Culturais com mínimo de 05 anos de atuação. O valor global projetado para o apoio durante o triênio é de R$ 22,350 milhões. As instituições devem estar sediadas no Estado há, pelo menos, cinco anos.

O superintendente de Promoção Cultural e presidente da Comissão Temática, Alexandre Simões, ressalta que a Bahia é pioneira nessa linha de apoio, que é uma ferramenta importante para a sustentabilidade das instituições culturais, permitindo uma maior participação destas na vida cultural. “Essa linha é singular, eficaz e decisiva para difundir memória, história e patrimônio cultural do Estado”. Ele explica que o apoio continuado deve ser de caráter complementar. Essas organizações precisam aportar recursos próprios ou oriundos de outras fontes para a plena realização da proposta.

São consideradas instituições culturais organizações ou espaços com objetivos exclusivamente artístico-culturais dotados de história, identidade conceitual, valor socialmente reconhecido e atuação sistemática através de bens de cultura, equipamentos, produtos e/ou serviços culturais públicos. Os atuais beneficiários do triênio 2013/2015 tiveram os contratos prorrogados até dezembro deste ano visando a continuidade de suas atividades. Atualmente, são beneficiadas as instituições Academia de Letras da Bahia, Associação Cultural Tarcília de Andrade, Fundação Anísio Teixeira, Balé Folclórico da Bahia, Fundação Casa de Jorge Amado, Fundação Hansen Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Fundação Pierre Verger, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Museu da Misericórdia, Teatro Vila Velha, Teatro Gamboa Nova e Teatro Popular de Ilhéus.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse Aqui.

Documentário “Dona Dalva – Uma Doutora do Samba” participa de encontro de cinema negro.


O evento acontecerá no Rio de Janeiro, com exibição marcada para 6 de setembro.

A história de vida de Dona Dalva Damiana de Freitas, fundadora do Samba Suerdieck, integrante da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, será conhecida pelo público do 10º Encontro de Cinema Negro Zózimo Buibul – Brasil África e Caribe, que acontece de 30 de agosto a 9 de setembro na capital do Rio de Janeiro.

O documentário “Dona Dalva – Uma Doutora do Samba”, realizado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), em parceria com a Ogunjá Produções e dirigido por Lindiwe Aguiar, com argumento de Mateus Torres, é um dos 66 filmes nacionais selecionados pela curadoria do encontro, que teve à frente o diretor Joelzito Araújo e a curadora convidada Janaína Oliveira. A exibição está marcada para 6 de setembro, às 13h, no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro. Ingressos a R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia).

Nascida no dia 27 de setembro de 1927, Dalva Damiana de Freitas é filha do sapateiro e músico Antônio José de Freitas, e Maria São Pedro de Freitas, charuteira. Dona Dalva, como é conhecida, há quase 60 anos fundou e mantém em atividade um dos grupos de Samba de Roda mais tradicionais do Recôncavo baiano, o Samba de Roda Suerdick. É considerada uma lenda viva e uma referência da identidade cultural popular.

Sobre o evento - De 30 de agosto a 9 de setembro, o Rio de Janeiro recebe o “Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África e Caribe”. O evento, que completa 10 anos, bateu recorde de inscrições. Organizado pelo Centro Afrocarioca de Cinema, o encontro é referência no Brasil e no mundo e mantém o objetivo do fundador, Zózimo Bulbul, cumprindo o papel de fortalecer a identidade negra através de processo formativo com exibições, debates, seminários e diferentes ações. Em 2017, o “Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África e Caribe” recebe 88 filmes, sendo 66 nacionais e 22 internacionais. Mais informações Aqui.

Pesquisa mostra a força de Heleno Silva em Canindé.


O IFP - Instituto França de Pesquisas realizou na cidade de Canindé de São Francisco em Sergipe pesquisa nos dias 24 e 24. No questionário aplicado tinha pergunta, “Em 2018 também teremos eleições para Senador, sendo que o Sr(a) poderá escolher 2 candidatos para votar. Sendo assim, entre esses candidatos, quais os dois nomes em que o Sr(a) votaria?”. E o resultado mostra a força da liderança que o ex-prefeito Heleno Silva mantem.
Em três cenários possíveis, Heleno é o melhor colocado entre os nomes apresentados, acompanhando do Governador Jackson Barreto.

Antes mesmo de se completar um ano de sua saída do cargo de Prefeito da cidade, é comum se ouvir em grupo de bate papo na internet, nos “senadinhos” onde a conversa principal é sempre a política o, “volta Heleno”. Há até variações e também se vê, “nós éramos felizes e não sabíamos”.

Mas o que fez este sentimento surgir tão rapidamente?

Nós identificamos que a oposição a Heleno quando ele era prefeito, disseminou a ideia de que o anuncio feito pelo mesmo de que Canindé teria uma grande queda na arrecadação de impostos não seria verdade. Mesmo ele mostrando gráficos, apresentando semanalmente a nova e caótica situação financeira que viria, os opositores pregavam a desconfiança.

Com a administração atual, exercida por Ednaldo da Farmácia, após o falecimento de Orlandinho Andrade, o que se viu foi maior arrocho financeiro. E segundo especialistas, a cidade deverá perder ainda mais na arrecadação, comprometendo pagamentos de funcionários e prestadores de serviços.

A liderança de Heleno em Canindé vem do fato de que agora, as pessoas começaram a perceber que ele, mesmo com os problemas que a cidade começou a ter nas finanças, conseguiu construir três clinicas de saúde, postos de saúde, duas quadras poliesportivas, criou o CAEE – Centro de Atendimento Educacional Especializado e o programa Melhor em Casa, a Nova Orla Canindé em parceria com o BID e o Governo do Estado, manteve a distribuição de água potável e para animal durante todo o seu mandato, inaugurou a Casa do Artesão, a Casa da Gente Canindé para as pessoas que vão a Aracaju e precisam de tratamento médico, manteve a farmácia básica do município com entrega de remédios a população mais carente, a Praça no Povoado Capim Grosso e a da Bíblia, na entrada da cidade e pagou o piso dos professores e deu reajuste salarial acima da inflação.

Poderia por aqui muito mais realizações que foram feitas por Heleno Silva quando Prefeito da cidade. Então, ver seu nome em evidência e como melhor avaliado, mostra que o povo lembra do que foi feito de melhorias por ele e isto reflete positivamente.


Aqueles que antes não admitiam a crise e mentiram ao povo dizendo que Canindé voltaria ao que era financeiramente, agora estes mesmos quando falam da crise o povo lhes vira as costas. Para eles, que enganaram a população, deve ser difícil ver um resultado desse ver Heleno ser abraçado pelo povo em praça pública com sorriso e abrços.

Tá na internet: Eu falo desaforos para para coxinhas e esquerda-coxa.


Eu chuto canelas sim e falo desaforos para coxinhas e esquerda-coxa, mas tem algo que precisa ser dito.

Ninguém nasce com o pensamento pronto, enxergando o mundo e as questões em 360 graus. Eu já fui coxinha em muitos aspectos, sei o quanto é importante levar umas porradas pra acordar. 
Quando surgiu a questão das cotas raciais, por exemplo, pasmem, mas fiquei meio perdida na interpretação. Eu acreditava numa exclusão econômica, não racial. A porrada na cara que me fez acordar foi estar num hotel em Gramado e perceber que num país com predominância de pardos e negros, havia lá uma supremacia dos brancos, muitos loiros mesmo, de olhos claros... uma minoria de pardos e apenas uma professora negra com seus dois sobrinhos, crianças ainda e também negros.

Colei nela, fiz amizade e passei a andar junto. Numa ocasião, tinha duas hidros gigantes numa sala de banho. Chegamos as duas e entramos numa delas onde tinha aproximadamente 10 pessoas. Fiquei observando que aos poucos as pessoas foram saindo e logo estávamos apenas nós duas e uma menina de uns 6 anos de idade, branca. Olhei para a outra hidro e tinha lá umas 15 pessoas. A "temperatura" da nossa água é que parecia não agradar mesmo. E logo essa menina perguntou à minha amiga negra: "Por que vc não passa aquilo no rosto pra ficar bonita assim como ela? (apontou para uma foto na parede e para mim). A foto na parede era de uma propaganda das máscaras faciais para tratamento da pele, era uma máscara branca.

Quando os sobrinhos dela pulavam na piscina enorme, a piscina logo se esvaziava.

Passei a observar que existe um apartheid SIM no Brasil, sem avisos nas paredes, mas o negro raramente pode tomar água na torneira dos brancos, porque há um muro invisível que os impede de fazer o percurso que os brancos pobres (como eu fui) tem a chance de atravessar para chegar nos hotéis, restaurantes e condomínios que acabam sendo redutos de brancos.

Agora mesmo vi num post da minha filha um jovem contestando a denúncia que ela faz sobre a substituição de papéis dos negros e orientais por brancos no cinema. O rapaz diz cheio de arrogância: "Nunca vi ninguém reclamando quando um negro faz um papel nos filmes". Ele não tem o menor senso de "proporção".

Descobri que é preciso alçar os negros (seja como for) para o patamar de cima para que a presença deles se torne normal e a convivência cotidiana desperte a admiração, o respeito, a normalidade. É preciso ter crianças cujas vidas são salvas por médicos negros, é preciso que eles deixem de ser exceção nas hidro e piscinas.

O mundo está repleto de "socos na cara" para os que olham o mundo ao redor. Quem não consegue fazer esta observação, precisa levar "soco nos brios" de alguma forma, então a gente soca pra ver se o sujeito se envergonha do mesmo modo como me senti envergonhada de fazer parte do mundo branco naqueles poucos dias em que fiquei colada com a professora negra no hotel.

Defesa de privatizações, orgulho de ser de direita, defesa de perseguição do judiciário, condenação a programas sociais, crença na crítica apressada como direito de expressão ou democracia... Ninguém nasce com visão de 360 graus. Mas não vou aplaudir nem ignorar quem se sente confortável na visão de 30 graus e quer arrastar o país todo para os 30 ou 15 graus. 
Uma nação não avança sem que avance o pensamento dos seus cidadãos.

Tá na internet: OS BENEFÍCIOS DOS DELATORES.


Por alegar que tratou com Vaccari da doação eleitoral ao PT como forma de abater parte da propina negociada com Duque, o empresário Augusto Mendonça foi condenado por Moro ao “regime aberto diferenciado”, que permite até viagens internacionais.

Paulo Roberto Costa seguiu a linha de Mendonça: disse que Vaccari sabia que negociatas na Diretoria de Abastecimento renderiam repasses ao PT e, por conta de sua colaboração, foi absolvido.

Pedro Barusco afirmou que Vaccari participou de reuniões, na presença de Duque, para discutir a divisão da propina. Sem provas dessa situação, foi condenado ao regime aberto, com uso da tornozeleira eletrônica por dois anos e serviços comunitários.

Eduardo Leite, um dos primeiros da Camargo Correa a fazer delação, foi colocado em liberdade assim que fechou o acordo, em março de 2015, antes mesmo de Vaccari ser preso na ação. Leite sequer foi denunciado pelo MPF. Em seu depoimento, disse que Vaccari o procurou pessoalmente para fazer doação ao PT em troca de contratos com a Petrobras.

Em todos os casos acima, Moro considerou que provas documentais de que as empresas, de fato, pagaram propina no exterior aos ex-diretores da Petrobras, era argumento suficiente para dar “valor” às delações.

Já Alberto Youssef afirmou não só que Vaccari estava envolvido no esquema como teria operado, a pedido da OAS, pagamento em espécie à cunhada do petista. Como prova, Moro citou mensagem de texto em que um executivo da OAS informa a Youssef um endereço e o primeiro nome da pessoa que deveria receber os recursos, “Marice”.

O juiz considerou a mensagem suficiente para dar crédito ao depoimento do doleiro, embora a cunhada de Vaccari não tenha sido denunciada nesta ação penal. Em contrapartida, Youssef teve sua condenação totalmente suspensa.

ROUBARAM A ESPERANÇA? (Por Frei Betto)


Se você já não enxerga perspectiva de futuro, despreza políticos e a política, recolhe-se à sua esfera privada, é sinal de que lhe roubaram a esperança.

Se já não suporta o noticiário, acredita que a espécie humana deu errado e todas as libertações resultam em opressões, saiba que lhe roubaram a esperança.

Se destila ódio nas redes digitais, desconfia de todos que proferem discursos sobre ética e preservação do meio ambiente, e confia apenas em sua conta bancária, esteja certo, roubaram-lhe a esperança.

Se não curte mais sonhos de um futuro melhor, não injeta utopia na veia e não assume seu protagonismo como cidadão, preferindo se isolar em sua redoma de cristal, é sinal de que lhe roubaram a esperança.

Os amigos de Jó tudo argumentaram para que ele abdicasse da esperança. Como teimava em mantê-la acesa se havia perdido terras, riquezas e família? Jó não introjetou a culpa, não jogou sobre os ombros de outrem os males que o afligiam, não abominou os revezes que o acometeram.

Reza o poema de Franz Wright, inspirado na prece da poeta persa Rabi’a al-Adawiyya, “Deus, se pronuncio meu amor por você por medo do inferno, incinere-me nele; / se pronuncio meu amor por ansiar pelo paraíso, feche-o em minha face. / Mas se com você eu falo apenas porque você existe, pare / de esconder de mim sua / infinita beleza.”

Nessa gratuidade da fé, da esperança e do amor é que Jó se sentiu recompensado ao contemplar a infinita beleza: “Te conhecia só por ouvir dizer. Mas, agora, meus olhos te viram” (42, 5).

Como escreveu Spinoza em seu “Tratado teológico político”, “um povo livre se guia pela esperança mais do que pelo medo; o que está oprimido se guia mais pelo medo do que pela esperança. Um almeja cultivar a sua vida. O outro, suportar o opressor. Ao primeiro, eu chamo livre. Ao segundo, chamo servo.”

Você, como eu, é vítima de promessas que se transformaram em ilusões que desembocaram em frustrações. Nem por isso admito que me roubem a esperança.

O segredo? Simples. Não me prendo ao aqui e agora. Olho as contradições do passado, marcado por retrocessos e avanços. Quantas batalhas perdidas resultaram em guerras vitoriosas? E quantos imperadores, senhores da vida e da morte, dos Césares a Átila, o huno; de Napoleão a Hitler; acabaram enxovalhados pela história?

Encaro o futuro em longo prazo. Sei que não participarei da colheita, mas faço questão de morrer semente.

Não creio em discursos nem amarro a minha esperança no paraquedas de algum avatar que promete salvação em curto prazo. Exijo programas e projetos, e julgo seus portadores por critérios rígidos. Procuro conhecer-lhes a vida pregressa, o compromisso com os movimentos sociais, sua ética e valores.

Sei que o futuro será o que fizermos no presente. Não espero milagres. Arregaço as mangas, convicto de que “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

A esperança é uma virtude teologal. A fé crê; o amor acolhe; a esperança constrói. Assim como o caminho se faz ao caminhar, a esperança se tece como o alvorecer no poema de João Cabral de Melo Neto: "Um galo sozinho não tece a manhã: / ele precisará sempre de outros galos. / De um que apanhe esse grito que ele / e o lance a outro: de outro galo / que apanhe o grito que um galo antes / e o lance a outro; e de outros galos / que com muitos outros galos se cruzam / os fios de sol de seus gritos de galo / para que a manhã, desde uma tela tênue, / se vá tecendo, entre todos os galos.”

Gosto do verbo esperançar – estender o fio de Ariadne que nos conduz a todos para fora do labirinto. É um esforço coletivo, uma ação comunitária, um mutirão que nos irmana na certeza de que de dentro da pedra corre o filete de água que forma o córrego, faz o riacho, vira rio e rasga a terra, rega campos, alimenta ribeirinhos, até se somar ao leito do oceano.

Como diz Mário Quintana em “Das utopias”, “Se as coisas são inatingíveis... ora! / Não é motivo para não querê-las... / Que tristes os caminhos, se não fora / A mágica presença das estrelas!”

Por Frei Betto - escritor, autor de “Ofício de escrever” (Anfiteatro), entre outros livros.

Bahia ultrapassa Rio e lidera preferência dos paulistas, aponta pesquisa.


Uma pesquisa realizada pelo instituto DataFolha e publicada neste domingo (27) na edição especial da revista Viaja São Paulo, aponta que a Bahia ultrapassou o Rio de Janeiro e é o estado de preferência dos paulistas para viajar.

No levantamento realizado pela DataFolha em 2016, a Bahia estava em segundo lugar, com 12 pontos, atrás do Rio de Janeiro, com 14 pontos percentuais da amostra. Neste último levantamento, realizado entre os dias 16 e 26 de junho deste ano, a Bahia subiu cinco pontos percentuais, enquanto o Rio apenas dois, ficando, portanto atrás da Bahia entre os melhores estados do país para se viajar.

A pesquisa, que entrevistou 1.646 moradores da capital paulista, destaca a Bahia como destino inesquecível, de inesgotáveis opções de programação e passeios pelo litoral, Chapada Diamantina e Centro Histórico da capital.

Considerado o melhor destino para viagens em família, o nordeste brasileiro tem diversas praias paradisíacas, com destaque para a Praia do Espelho, localizada entre os povoados de Trancoso e Caraíva, no Litoral Sul da Bahia.


Entre os prestadores de serviços, o aeroporto de Salvador é lembrado pelos paulistas entre os melhores do Nordeste, e as melhores redes de hotéis e resorts, de acordo com a preferência dos paulistas, estão também presentes da Bahia

Na Ucrânia, Rui anuncia novo edital do Partiu Estágio com mais de três mil vagas.

O Governo do Estado lançou, nesta terça-feira (29), o segundo edital do Programa Partiu Estágio, com a oferta de 3.105 vagas para universitários oriundos de instituições de ensino estaduais, federais e privadas com sede na Bahia. As oportunidades são para 60 órgãos da administração pública estadual na capital e 42 municípios do interior. O anúncio do novo edital do projeto foi feito pelo governador Rui Costa em Kiev, na Ucrânia, onde cumpre agenda que integra a terceira missão internacional à frente do Governo do Estado.

“São 3h45 no Brasil, mas aqui em Kiev já são 9h45”, brincou o governador ao informar que, desde esta madrugada, o novo edital do programa já estava disponível na internet. “Você, estudante de qualquer universidade da Bahia, já pode se inscrever na internet. Ao longo desses dias você terá a oportunidade de se inscrever e concorrer para estagiar em qualquer órgão público do Estado da Bahia”, acrescentou Rui. As inscrições do projeto poderão ser feitas de 29 de agosto a 17 de setembro no endereço.

Confira vídeo com anúncio do novo edital Aqui.

Podem participar do programa estudantes que estejam regularmente matriculados na modalidade presencial e cursando uma entre as 100 graduações com ofertas de vagas listadas no edital. É necessário, ainda, que o universitário tenha idade mínima de 16 anos e que tenha cumprido pelo menos 50% do seu curso de formação. A participação no Partiu Estágio é vetada a estudantes de graduação na modalidade EAD.

No momento da inscrição, os universitários deverão preencher cuidadosamente a ficha cadastral, informando até três órgãos nos quais têm interesse de estagiar, de acordo com as vagas ofertadas. Vale ressaltar que os universitários devem se candidatar a estágio na sua área de formação e que sua atuação seja na cidade onde morem ou estudem. O comprovante de inscrição será enviado por e-mail e quaisquer dados informados de forma inverídica ou incorreta levarão à imediata eliminação do candidato.

As 3.105 vagas ofertadas serão preenchidas seguindo os mesmos critérios do primeiro edital do Partiu Estágio: a convocação dará prioridade aos universitários inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais - CadÚnico, seguidos daqueles que tenham estudado todo o ensino médio em escola pública ou com bolsa integral na rede privada. Caso existam vagas remanescentes, as mesmas serão preenchidas pelos demais universitários, como aqueles não inscritos no CadÚnico e que tenham estudado o ensino médio em escola particular sem bolsa integral. Quaisquer dúvidas sobre o ingresso devem ser sanadas por meio do edital.

Contrato

 O contrato dos jovens selecionados tem duração de um ano, sem possibilidade de prorrogação. Os universitários que forem selecionados para estagiar no Estado serão convocados prioritariamente por e-mail, no qual será informado em qual órgão irá estagiar. O estudante tem, no máximo, dez dias úteis para se apresentar portando documentação indicada no edital, lembrando que comparecer ao local indicado após o prazo ou com documentos faltando implica na perda da vaga. As atividades que serão desenvolvidas durante o estágio estarão previstas no Plano de Estágio, documento que será assinado pelo estudante, pela instituição de ensino superior e pelo órgão contratante no ato da contratação, juntamente com o Termo de Compromisso de Estágio. A carga horária de atividade


 é de 4 horas diárias e 20 horas semanais. Durante a vigência do estágio, o estudante terá direito a bolsa mensal, auxílio-transporte e recesso remunerado proporcional.

Chineses chegam à Bahia para investir em mineração .


A riqueza da Bahia atrai olhares do mundo inteiro. Desta vez, os chineses desembarcaram em Salvador para ver de perto as potencialidades minerais do estado. O vanádio foi o principal destaque, já que a Bahia é a única produtora do minério no Brasil. Hoje, 28, pela manhã, os investidores estiveram na CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) e à tarde, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), fruto de um convite feito por representantes da SDE, quando estiveram na China, em julho deste ano, para ofertar a diversidade industrial e comercial do estado. 

Elite Lee, diretor de operações da Efly Group, disse que o estado está muito organizado geologicamente, por ser o único a ter 100% do mapeamento aerogeofísico e já deu andamento às negociações, durante a reunião, com a Vanádio de Macarás, representada pelo seu presidente, Paulo Misk. 

A Largo Resources, que controla a mineradora Vanádio Maracás, na Bahia, disse que realizou recentemente o seu milésimo embarque de vanádio, e superou a marca de 44 milhões de libras exportado, ou seja, quase 20 mil toneladas, batendo seu recorde de produção por seguidos meses em 2016.  Anunciou também um acréscimo em 40% das reservas provadas da mina de vanádio de Maracás, que agora é de 18,39 milhões de toneladas com teor médio de 1,17% (mina com o maior teor de vanádio do mundo). O vanádio produz componentes metálicos e inova com estudos para compor aeronaves espaciais.

Reinaldo Sampaio, superintendente da SDE, apresentou diversos pontos de investimento e disse que um atlas mineral bilíngüe está sendo produzido para facilitar a visualização dos mais de 40 minérios que o estado possui para exploração comercial. A Bahia se destaca no setor mineral por ser o único produtor nacional de urânio, vanádio, cromo e diamantes em kimberlitos.

Estiveram na SDE e CBPM, Letícia Chun Pei Pan, diretora da Pan Comex; Elite Lee, diretor de operações do Grupo Efly; Oyang Qingquan, gerende de marketing, Li Kangyun, diretor de investimentos.

O Rock errou!


Os anos eram os da década de 50. E nos Estados Unidos surgia um novo som que embalava os negros e só depois caiu nas graças dos brancos e conquistou o mundo. Muita loucura já foi feita em nome do som que embalou tantas gerações e com ritmos diversos com o nome de Rock In Roll. Quem muito pesquisou saberá que o som nasceu da mistura do country, o gospel e do blues americano.

Quem primeiro fez o brasileiro ouvir o barulho vindo das guitarras elétricas foram Roberto e Erasmo Carlos. Com eles as meninas eram “um papo firme”. Época da Jovem Guarda onde os gritos das garotas aconteciam muito mais pelas calças apertadas, os cabelos longos e as declarações de amor nas letras das músicas.

No final dos anos 60 alguns baianos criam o movimento tropicalista, era a Tropicália, misturando o som nacional com o que vinha do estrangeiro. Caetano Veloso e Gilberto Gil foram os nomes mais representativos deste movimento. Já em 66, surgem Os Mutantes, com a novata Rita Lee nos vocais. Com um som psicodélico e influências da banda Pink Floyd. Neste caminho, em 1973 aparece a Casa das Maquinas. Uma das melhores que o Brasil já produziu. Depois de darem um tempo, a banda retornou aos palcos no festival Psicodália e está em atividade desde então.

Mas a maior popularidade desse ritmo contagiante aconteceu mesmo nos anos 80, com o Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Capital Inicial e tantas outras que modificaram as letras.  Antes contavam elas contavam histórias de amor. Mas influenciadas pelas canções de protestos da turma da MPB, como Chico Buarque e Geraldo  Vandré, criaram obras primas como “Brasil” de Cazuza, George Israel e Nilo Romero. “Que país é esse” de Renato Russo. A juventude foi contagiada pela rebeldia das letras e foram as ruas de “Caras Pintadas” pedindo o Impedimento do então Presidente Fernando Collor de Mello. A rebeldia estava no ar.

Passados os anos, os representantes atuais do Rock Tupiniquim estão apartados da realidade. Muitos, como Lobão (saudade de sua rebeldia quando ele era Roqueiro), Capital Inicial que se tornou uma banda comercial qualquer. E na semana passada, só para mostrar que o Rock errou, Samuel Rosa e sua trupe do Skank foram abraçar a Lava Jato. Tiraram, fotos com o juiz Sérgio Moro, poucos dias antes do mesmo ter um amigão denunciado por vender facilidades aos presos na operação.

A rebeldia, as letras políticas, as frases de contestação ficaram para trás. Estes roqueiros estão de braços dados com o mais fácil. Buscam visibilidade onde menos se espera daqueles que fazem este tipo de som. E o pior, foram defensores do Golpe político jurídico contra a Presidenta Dilma Roussef.

Como dito antes, o Rock Errou e feio!

Basta! (Por Juca Ferreira)


Uma canetada de Temer e lá se foi a reserva Nacional do Cobre, a Renca, área maior do que a Dinamarca, localizada entre o Pará e o Amapá. 

Muita gente indignada está se perguntando: por que, em pleno século 21, em plena região Amazônica, o governo do Brasil toma uma decisão tão absurda, na contra-mão da história e dos interesses do país? 

A resposta é óbvia e revoltante. Desde o golpe que alçou Temer e sua corja à presidência da República, o Brasil está dominado por interesses econômicos nacionais e internacionais.

A missão de Temer é preparar o terreno para que esses grupos econômicos possam explorar as riquezas e a força de trabalho dos brasileiros com o mínimo de esforço e o máximo de lucro. 

Desproteção da Amazônia, reformas trabalhista e da previdência, liberação da venda de terras para estrangeiros, incentivo à violência no campo, abandono da educação, descompromisso com o desenvolvimento cultural dos brasileiros e entrega da soberania nacional são algumas das etapas da operação de transformar o país em um grande parque temático neoliberal, sem direitos sociais, nem soberania. 

A cobiça sobre as riquezas amazônicas é enorme. Sabemos que tudo no governo ilegítimo de Temer se converte em negócio. A Amazônia se tornou moeda de troca para agradar ruralistas, mineradoras, madeireiros e grileiros de terras, que dão sustentação a Temer. 

Imagine as tenebrosas transações que estão ocorrendo para atender aos interesses do capital sedento por explorar uma das regiões mais ricas do planeta. 

Leio nos jornais que mineradoras canadenses sabiam da extinção da Reserva Renca cinco meses antes de Temer assinar o decreto que abriu a região para a exploração mineral por grupos privados.

O ministro das Minas e Energia foi lá no Canadá anunciar a boa nova, dar uma satisfação aos interessados nas jazidas de ouro e outros metais preciosos da reserva Renca. 

Já aos brasileiros, aos indígenas cujas terras estão sendo usurpadas, nenhuma satisfação, nenhum diálogo, nenhuma informação. 

O decreto que extinguiu a Reserva Renca foi assinado por Temer na surdina, na base da gestão autoritária, que vem caracterizando a forma como o golpe opera em todas as áreas, saqueando riquezas e  usurpando conquistas dos brasileiros. 

Temer, mordomo empertigado, lacaio fiel, está entregando o Brasil na bandeja, nos fazendo retroceder a tempos de horrores como os vividos no ciclo do ouro 400 anos atrás. 

Inspirado pelo ideário neoliberal do PSDB, o temerário está trocando soberania por vassalagem consentida. Brasil, colônia do século 21, que tem na própria elite os capatazes mais eficientes e leais aos colonizadores. 

Precisamos deter o avanço do golpe. Precisamos defender nossos direitos sociais, nossas terras, nossas riquezas, nossa cultura, nossa gente. Chega de retrocesso!

O Brasil precisa de uma conjuração popular. De uma conspiração, uma revolta, um verdadeiro grito de independência. 
Um BASTA!

Este movimento libertador está fermentando nas ruas, nos corações. Quando entrar em ebulição, os golpistas que se segurem. A reação vai ser forte.

Vamos fazer uma revolução da qual nascerá um Brasil totalmente novo, erguido e reconstruído por nós e para nós, povo brasileiro.

Por Juca Ferreira.

Qual deve ser o papel do Estado, da Política e dos Movimentos Sociais?


Por que a maioria do População desconhece a importância destas Categorias? Porque as Elites sempre impediram que a Escola e a Universidade ensinassem, para evitar a Politização da Classe-que-vive-do-trabalho. Para que o Estado continuasse sendo um instrumento Gestor dos Interesses dos Capitalistas, a maioria da População não compreende quais são os papéis dos  Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Assim como também desconhece o papel da Polícia e quais os princípios e valores que sustentam uma Ideologia Burguesa e menos ainda uma Socialista. Tento explicar no meu livro, como as Elites sempre usaram a Família, a Igreja, a  Educação, o Trabalho e a Mídia para reproduzirem os seus Princípios e se perpetuarem no Poder. Ao Controlar o Poder Econômico e as cinco Instituições supracitadas, controlam o imaginário, a ação e o Voto da ampla maioria da População. Logo, não existe saída no Curto Prazo. Mas quanto mais demorarmos iniciar este "desvendamento Instituído", mais tarde conquistaremos uma Sociedade Desenvolvida, Ética, Humanizada, menos Individualista e mais Solidária. Vamos à Luta?

Por João Rocha Sobrinho.

APELO AOS BRASILEIROS DE BOA VONTADE. (Por Luiz Nassif)


Atenção, Anfavea. Essa negociata que estão fazendo com o setor elétrico vai bater direto nos seus custos. Pretendem ampliar o que o governo Fernando Henrique Cardoso fez lá atrás. O Brasil tinha a energia mais limpa e barata do mundo, por conta de hidrelétricas já amortizadas. E FHC definiu a descontratação dessa energia, elevando substancialmente o valor das tarifas e inviabilizando diversos setores eletro intensivos, além de acabar com um grande trunfo que o país dispunha, na competição internacional.

Esse quadro voltou, reverteu nas últimas renovações de concessão.

O que se pretende, agora, é descontratar o que resta dessa energia, especialmente nas usinas da Eletrobrás, jogando os preços nas alturas, como ocorreu nos anos 90.

Significa que seus automóveis ficarão mais caros. Tudo bem, podem importar. Mas o mercado de consumo será cada vez mais fraco, já que sem energia competitiva, a indústria irá degringolar mais ainda.

Atenção, sojicultores: a bancada do agronegócio está rifando seu futuro.

Sabe as três hidrelétricas do Tapajós? Pois é, além da geração de energia garantiriam a navegabilidade do rio e o escoamento de toda a safra do norte do Mato Grosso ao Pará. Vocês se lembram daqueles estudos do Departamento de Agricultura dos EUA, estimando que a soja norte-americano iria para o beleléu quando fosse resolvido o problema da logística da região, pois é o único bioma que permite três safras por ano? Pois é, os gringos conseguiram virar o jogo com o desmonte do setor elétrico e o governo Temer rifando as grandes empresas do setor e, com elas, a possibilidade de hidrelétricas e de rios navegáveis. E, além disso, com o fim do Luz para Todos, esqueçam aquela história de universalizar o acesso à energia elétrica no campo.

Atenção, ambientalistas, sabe aquela história da energia mais limpa do planeta? Pois com as mudanças que estão ocorrendo no setor elétrico, haverá apenas termoelétricas abastecidas com o gás e o petróleo que as multinacionais irão extrair do pré-sal. Sabem aquela história da barba e do cabelo? Numa ponta, garantem os poços do pré-sal. Na outra, matam a competição da energia hidrelétrica e das renováveis.

Atenção, Forças Armadas, sabem aquela história de que energia é soberania? Pois é, o setor elétrico será entregue aos chineses, o petróleo aos americanos. E o projeto Amazônia Azul será bancado pela IV Frota, já que os ativos a serem defendidos serão os deles.

Atenção, Sergio Moro e procuradores do Power Point, sabem aquela história da maior ação contra a corrupção do planeta, da história da humanidade? Conseguiram o recorde de entregar o país à mais irresponsável organização criminosa.

Anos atrás, quando a Xerox bancou um centro esportivo e uma escola em uma favela do Rio, o tráfico fazia a segurança da escola, pois entendia a importância da iniciativa para o futuro de seus filhos. A quadrilha que vocês ajudaram a colocar no poder não tem sequer essa sensibilidade dos narcotraficantes. Eles jogaram no chão os preços dos ativos do setor elétrico e de petróleo para vende-los na bacia das almas. É estelionato! Estão rifando o país, o futuro, estão comprometendo a vida dos nossos, dos seus filhos.

Não dá para assistir inertes a essa queima, porque não tem volta. Depois que completarem a obra, como desfazê-la?

Atenção, Anfavea, Abimaq, Abdib, atenção ruralistas, ambientalistas, Forças Armadas, brasileiros com responsabilidade em relação ao futuro: movam-se! Pelo amor de Deus! Por respeito ao país!

Por Luis Nassif.

QUEM TEM MEDO DA CARAVANA LULA? (Por Chico Vigilante)


A mídia golpista escrita e televisiva brasileira está deixando passar uma de suas últimas oportunidades de mostrar que sabe o que é fato histórico de peso e reportagem de campo.
 
Falta de visão porque depois terão que pedir desculpas novamente por terem traído mais uma vez a Nação na sua missão de informar bem.
 
Enquanto a imprensa internacional, grandes jornais, tevês e agências de notícias enviam correspondentes para acompanhar a Caravana Lula e noticiar diariamente o que acontece em torno deste movimento que emociona o mundo, a mídia golpista desmerece o fato.
 
A Caravana Lula que partiu na quinta, 17 de agosto, de Salvador para percorrer de ônibus, 4 mil quilômetros de 9 estados do Nordeste, já visitou 10 municípios da Bahia, Sergipe e Alagoas.                                                                                                            
 
Por onde chega, a recepção emociona. Lula leva multidões ao delírio, comparável aos movimentos de eleitores e fieis de Padre Cícero, prefeito de Juazeiro, no século passado.
 
O que se vê são ondas em movimento de milhares de cabeças, mãos e braços estendidos em busca de um aperto, um abraço, um olhar de cumplicidade de seu grande líder.
 
Por que ? Porque a voz de Lula não ecoa sozinha pelo Nordeste, região onde as desigualdades sociais são extremas. Sua voz fala das angústias, esperanças e sonhos de uma vida melhor para o nordestino.
 
Lula tem propostas para o Brasil e por onde passa vê os resultados concretos de seus anos de governo nas palavras de agradecimento das pessoas. Na realidade de cada um.
 
Vê também o desespero deles diante do desmonte do golpista Temer das políticas públicas dos governos petistas voltadas principalmente para o fim da desigualdade secular deste país.
                                                                                                                                     
A imagem de Padre Cícero, abandonado pela Igreja e reconhecido como santo aos olhos do povo, lembra Lula, odiado pelas elites que nunca aceitaram um trabalhador na presidência, mas adorado por milhões de brasileiros.
 
Na verdade, nunca antes na história desse país um chefe de estado desfrutou, por tão longo período, de tamanho índice de aprovação popular como Lula.

Entre centenas de vídeos postados no youtube por onde a Caravana passou, o de um pequeno agricultor da área rural da Bahia, me emocionou e creio resumir o sentimento da maioria dos que hoje querem abraçar Lula. Ele disse: Só um presidente até agora viu o lado do pobre, do agricultor e do negro, e esse homem é Lula.

No lugar de mostrar ao Brasil as imagens e a emoção das multidões à espera de Lula, a mídia golpista monta as mais torpes alegações para explicar as razões da Caravana. Tudo falsidade.

Caravanas pelo Brasil feitas pelo PT fazem parte da nossa história desde a década de 70, e foram fundamentais para a construção de um Brasil melhor. 

Os brasileiros se lembram muito bem das Caravanas da Cidadania que permitiram a construção de um governo que deu certo exatamente porque foi resultado de um diálogo de baixo para cima.

O PT e Lula sempre andaram pelo Brasil, nunca ficaram enjaulados no Planalto com medo do povo como ocorre com o golpista Temer. 

A divulgação dos debates levados pela Caravana Lula para rever as grandes ações dos governos petistas e o desmonte dessas ações pelos golpistas seria uma excelente oportunidade de incentivar o diálogo nacional e buscar saídas.
 
Se a mídia golpista não tivesse lado definido entraria seriamente nesta discussão, em busca de soluções reais para o monstro que ajudou a criar e agora não sabem como domar.
 
Chico Vigilante
Dep. Distrital, PT-DF.