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Foto: André Frutuôso |
Felipe Carvalho, estudante do 3º ano do Ensino Médio,
destaca a importância desse vínculo com a comunidade local. “É importante a
gente saber de onde vem a nossa comida e saber que a escola tem uma parceria
com agricultores da nossa cidade fortalece a economia local e o agricultor.
Hoje, sabemos que muitas doenças vêm dos venenos usados nos alimentos, mas aqui
estamos cuidando da nossa saúde”.
A cozinheira Caroline Santana complementa, reforçando o
impacto positivo de uma alimentação natural no desempenho dos estudantes. “Para
ter força, tem que se alimentar bem. Quanto mais natural a alimentação, mais
disposição a gente tem e acredito que nosso estado de ânimo, a memória e o
intestino funcionam melhor. Se alimentar bem é saúde”.
Com o suporte da Companhia de Desenvolvimento e Ação
Regional (CAR), que também investe na base produtiva, oferecendo insumos, mudas
e mecanização agrícola, milhares de agricultores familiares baianos têm a
oportunidade de expandir sua produção, garantindo a oferta de alimentos de
qualidade para o PNAE.
O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, ressalta a
relevância dessa integração. “A alimentação escolar muitas vezes é a principal
refeição daquele estudante, daquela criança, daquele jovem. E, quando falamos
de uma alimentação saudável, fornecida nas escolas, o vínculo com a agricultura
familiar se torna imprescindível em uma política pública como a nossa da Bahia.
O fomento e o investimento na agricultura familiar fortalecem a produção de
alimentos saudáveis, que abastecem a alimentação escolar. Por isso, a
agricultura familiar é essencial para garantir qualidade e segurança alimentar
nas escolas do estado”.
Origem dos produtos
A Cooperativa dos Agricultores Familiares e Economia
Solidária do Semiárido do Nordeste Baiano (Coofasa), da comunidade Monte
Alegre, em Nova Soure, é uma das responsáveis por abastecer a unidade escolar
com produtos frescos. Semanalmente, são entregues 60 quilos de produtos
diversos. O resultado foi o aumento na renda dos agricultores, que hoje chega a
até R$ 8 mil mensal.
Jenivaldo Santos, agricultor familiar da Coofasa, expressa
sua satisfação em contribuir. “Pra mim, é um prazer alimentar essas crianças e
adolescentes com produtos da nossa terra, tudo natural. Tenho a maior alegria
de servir ao nosso município. Entrego alimentos como batata-doce, mamão e
hortaliças”.
Esdras Souza, também agricultor familiar da comunidade Monte
Alegre, compartilha um sentimento de orgulho em ver sua produção chegando às
mesas dos estudantes. “Coentro, cebolinha, couve, alface, cenoura e batata-doce
são alguns alimentos que entrego. É um sentimento de gratidão, pois sei que os
nossos filhos, amigos e entes queridos estão comendo um alimento bom e de
qualidade, vindo da agricultura familiar”.
Além da Coofasa, a Cooperativa da Cajucultura Familiar do
Nordeste da Bahia (Cooperacaju), localizada em Ribeira do Pombal, entrega,
semanalmente, produtos como bolos, farinha de mandioca, farinha de tapioca e
polpas de frutas para o colégio. Essa diversidade de produtos, provenientes da
agricultura familiar, reforça o compromisso da Bahia em promover a alimentação
saudável nas escolas estaduais, ao mesmo tempo em que apoia os agricultores
familiares e fortalece a economia local.
Por: Silvia Costa.
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