"O ambiente do governo Bolsonaro de perseguição a indígenas, agricultores familiares e quilombolas não permitia aos movimentos sociais retomar essa agenda, que é uma agenda de protesto, não é uma agenda de retomar a terra. É uma agenda de protesto legítima e totalmente vinculada aos desafios do meio ambiente do século 21. No caso específico das fazendas no Extremo Sul, é chamar atenção para a crise crime ambiental, e cabe ao governo do presidente Lula, ao ministro Paulo Teixeira fazer a mediação desses interesses ou ter essa contradição, acho que tudo dentro da maior normalidade democrática".
O presidente do PT disse ainda que a ausência de uma reforma
agrária no país motiva divergências. "Há um conflito agrário no Brasil
secular com relação a ausência de uma reforma agrária histórica no Brasil -
quase todos os outros países da América produziram algum tipo de reforma
agrária que democratizasse acesso à sua terra mesmo os Estados Unidos e Canadá,
e no Brasil não. Então, talvez seja o país de maior número de latifúndios nas
Américas", concluiu.
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