Líder do PT na Câmara anuncia que o partido assinará a CPI da Petrobras pra que ela seja profunda.

Partido defende na Câmara e no Senado que outras denúncias têm de ser "passadas limpo" e que restringir a apuração ao caso Petrobras é usar Congresso como instrumento eleitoral.


O líder do PT na Câmara, deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (SP), afirmou hoje (27) que o partido vai assinar o pedido para a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Vicentinho informou que vai propor um adendo à CPI para que casos de corrupção e desvios de recursos do governo anterior também sejam investigados.

“Vamos passar o Brasil a limpo”, afirmou Vicentinho. “O que nós pretendemos, e vou levar para minha bancada na próxima terça-feira, é a proposta de incluir um adendo nessa CPI para investigar os casos da Alstom no metrô de São Paulo, casos como o do porto pernambucano de Suape. Vamos obter informações de denúncias que surgem por aí. Vamos saber o que aconteceu com a Cemig.”

O deputado considera que se ficar restrita ao caso da compra refinaria a investigação terá apenas caráter apenas eleitoreiro. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também admitiu a possibilidade de pedir a inclusão do caso Alstom, envolvendo contratos do Metrô e CPTM, de São Paulo, nas investigações da CPI da Petrobras.

As reações dos petistas nas duas Casas são uma resposta à oposição, que pela manhã havia protocolado requerimento de criação da CPI com 28 assinaturas de senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a instalação da CPI “é inevitável”. Na Câmara, o deputado Rubens Bueno (PR) disse que a oposição já teria assegurado 178 adesões ao pedido de CPI – sete a mais do que o necessário.

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