Não é só no interior. Em Salvador, reuniões discretas entre
secretários de Estado e líderes do PSD, PP e PSB ganham tom de consórcio. O
discurso oficial fala em “governabilidade compartilhada”, mas nos bastidores a
retórica é outra, dividir tempo de rádio, espaço em palanques e fatias do
orçamento objeto a ser discutido a partir de janeiro de 2026. Cada pasta ganha
sua cota de protagonismo, mas o grande maestro desse “bolero” político atende
pelo nome de Jerônimo.
Enquanto isso, as redes sociais do PT fervem. Grupos de
WhatsApp com jovens digital influencers intensificam lives sobre “o novo ciclo
político” e produzem memes que viralizam em minutos. A estratégia é clara,
tomar de volta o protagonismo narrativo da eleição, minando narrativas de
rivais e moldando a percepção pública em prol de um mandato com “marca de
juventude e eficiência”.
Para blindar o projeto, analistas apontam que o governo
petista vai lançar, ainda neste mês, um observatório de transparência dedicado
a monitorar gastos de campanha e balizar as alianças. Em tese, é uma jogada
para atrair eleitores indecisos, mas também serve de carta na manga contra
eventuais acusações de “negociatas debaixo do pano”.
Se depender desse “forno” de alianças e da habilidade de
Jerônimo Rodrigues em navegar entre lideranças regionais, movimentos sociais e
estruturas partidárias, a largada para 2026 promete ser tão avassaladora quanto
a vitória de Lula em 2022. E, ao que tudo indica, os fogos de artifício já
estão prontos para a queima, basta aguardar o sinal verde do governador para
que o PT dê o bote final e transforme o tabuleiro baiano num reduto sólido rumo
ao futuro.
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