Em nenhum país do mundo democrático
se abandonaria um líder político preso injustamente, sem provas, sem
materialização de qualquer delito seu. Mas no Brasil, está surgindo a categoria
dos “democratas de ocasião”. São jornalistas, blogueiros, palpiteiros e partidos,
que de uma hora para a outra resolveram falar a mesma língua. Todos eles
questionam o papel do Partido dos Trabalhadores como um dos principais
condutores da luta contra a intolerância que reina no Brasil atual.
Querem estes, que o PT deixe
de ser o protagonista com a força que tem na militância, sendo o partido que
mais filiado tem, com o poder de mobilização da sociedade para, simplesmente,
dar espaço, não há outro agrupamento político, mas a outra figura política que teve
menos votos nas urnas que PT na última eleição presidencial. Se fosse no mundo
do futebol, seria o mesmo que tirar Pelé da seleção brasileira para a entrada
em campo de “Mané da Perna Torada”.
É justa a mobilização de uma
frente para aglutinar a esquerda e o centro na busca de criar uma alternativa viável
para o próximo pleito eleitoral, mas como o próprio movimento, batizado de “Direitos
Já! – Fórum pela Democracia” diz, é preciso que o debate seja democrático e não
imposto por aqueles que diuturnamente atacam, assim como o Bolsonarismo, o
Partido dos Trabalhadores. Não se pode querer conversar com alguém, e ao mesmo
tempo o esculhambar em palestras, reuniões, entrevistas, declarações e agora
com textos elaborados por jornalistas com flagrante direcionamento.
O PT é o maior partido de
oposição, teve o maior número de votos na oposição para presidente, tem a maior
bancada federal, um líder que, mesmo mantido como preso político, consegue ter
apoio da população, e nos aparecer gente para dizer que a liberdade dele não é
importante para a luta democrática. O que essa gente está querendo? Não se
abandona um companheiro ferido na beira da estrada. Muito menos se abre mão do
protagonismo porque quem tem menos votos acha que deve ser assim.
Não há registro na história do
PT de que o partido tenha se recusado a estar em uma frente de luta por
democracia. Mas achar que o partido deve abrir mão do LULA LIVRE é
infantilidade daqueles que querem abrir espaço no grito.
Sem Lula Livre não haverá
conversa, é simples assim.
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