“A quem interessa a fragilização do PSOL Sergipe?”.

NOTA PÚBLICA

“A quem interessa a fragilização do PSOL Sergipe?”

A Ação Popular Socialista (APS), corrente interna do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Sergipe:
Em resposta ao posicionamento da Professora Sônia Meire, líder da Nova Organização Socialista (NOS) e do grupamento autointitulado “PSOL pela base”, veiculado mediante nota publicada no último dia 09/Abril/2017, a Ação Popular Socialista (APS), esclarece o que se segue.
O PSOL, sendo um partido de tendências, tem a democracia como uma constante que move o ideário de uma sociedade justa e igualitária rumo ao socialismo, nas suas práticas coletivas de construção e organização das lutas dos trabalhadores do campo e da cidade, nos sindicatos, nas associações de moradores, nos movimentos estudantis, nos movimentos sociais defensores dos direitos humanos (LGBT, negros, mulheres, juventude) e mobilidade urbana e nas organizações civis.
A APS tem a legítima e clara concepção de que o PSOL precisa ser um partido radicalmente democrático, socialista e de massa, contrariando a lógica sectarista que, há anos, tem implicado dificuldades intransponíveis para aprofundar o diálogo com os setores organizados da classe trabalhadora, bem como setores sociais democráticos dispostos a fazer autocrítica política e a respeitar as bandeiras que o PSOL defende.
Estranhando enormemente o teor da nota, a APS/Sergipe se contrapõe aos ataques feitos pela Professora Sônia Meire e seu grupamento político, direcionados ao camarada Márcio Souza, lutador social, que, no último pleito, foi candidato a Prefeito de Estância pelo PSOL, sendo a figura pública do partido mais bem votada no Estado de Sergipe, alcançando o expressivo resultado de quase 10.000 votos válidos (27%), acúmulo político que o credencia para a disputa em 2018, inclusive, para o Governo do Estado.
Apesar das análises independentes e democráticas das correntes internas do partido, a APS/Sergipe entende que esse resultado, conquistado com grande esforço coletivo, simboliza uma importante marca do PSOL, consolida o partido no cenário político e abre perspectiva clara na disputa da política real, tanto no âmbito institucional, quanto na ampliação da influência nas lutas.

Embora tenha ampla maioria na condução da Direção Estadual, a APS/Sergipe (que ocupa 60% das vagas) submete toda a construção política do partido à democracia interna, inclusive com a ampla participação de membros que não compõem a Direção, como é o caso da corrente NOS e do agrupamento autointitulado “PSOL pela base”.
Graças a esse mecanismo democrático de condução, a APS/Sergipe tem sido capaz de organizar o partido, garantindo-lhe estrutura mínima necessária, mesmo diante dos vários desafios encontrados.
A APS/Sergipe tem contornado problemas internos sem revanchismo e calcada na perspectiva nobre de unidade das correntes, com foco no que nos une: a luta dos trabalhadores e dos oprimidos contra a sociedade capitalista. Especialmente no atual cenário de graves retrocessos sociais, trabalhistas e políticos impostos por um governo golpista. Ressalte-se que a APS/Sergipe sempre respeitou as deliberações coletivas a respeito da aprovação das candidaturas, se empenhando comprovada e efetivamente, por exemplo, na campanha eleitoral da Professora Sônia Meire em 2014, diferentemente do que fora equivocadamente alegado.
Quanto ao processo decisório sobre a filiação de Airton, ex-militante do MR-8, ex-PPL e, atualmente, sem partido, caberá à Direção Estadual, conforme definido em instância interna. Trata-se de procedimento de praxe, antes de qualquer filiação de figuras públicas ao PSOL. Frise-se, ainda, que, após ter saído do PT e ter integrado o primeiro Escalão do Governo Estadual na gestão de Marcelo Déda (PT), a Professora Sônia Meire foi admitida nas fileiras do PSOL.
Apesar da adesão do PPL à campanha conservadora de Valadares Filho em 2016, vale a pena registrar que o mesmo PPL, em 2015, construiu coletivamente a Plenária dos Trabalhadores e da Juventude em Luta, juntamente com a CSP-Conlutas e o Alicerce (braço sindical da NOS).
O nosso pequeno, porém ousado partido, assume uma grande responsabilidade com o fim do chamado "ciclo petista", com isso ganha centralidade no debate político sobre a reorganização das esquerdas e a perspectiva da necessidade de retomada, em âmbito nacional, de um forte trabalho de base para construir uma unidade ampla nas ruas, para combater o governo ilegítimo e se colocar junto à Frente Povo Sem Medo para pensar um projeto de país que supere a política de conciliação. A APS acredita no PSOL como partido mais bem posicionado para liderar essa reorganização, de forma solidária e generosa, sem vanguardismo ou hegemonismo.
É preciso compromisso real, firmeza e ousadia. Estaremos nas ruas fortalecendo o chamado para a Greve Geral do dia 28 de Abril e apresentando uma alternativa de organização popular, ocupando a política nos espaços institucionais, mas também fortalecendo os movimentos sociais.
Estância/SE, 11 de abril de 2017.

Assinantes:
Carlito Lemos Santos Bispo – PRESIDENTE DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PSOL/SE;
Marcos Santos Souza – TESOUREIRO DO DIRETÓRIO ESTADUAL PSOL/SE;
Cizinho da Farinha – PRESIDENTE MUNICIPAL DO PSOL ESTÂNCIA/SE;
Gilenaldo de Góis – PRESIDENTE MUNICIPAL DO PSOL CAMPO DO BRITO/SE;
Luceli Alves – DIRETÓRIO DE LAGARTO/SE
Márcio Souza – MEMBRO DA COORDENAÇÃO POLÍTICA DA APS/SERGIPE
Ubiratan Ribeiro(Bira)  - CÍRCULO PALMARINO
Diogo Souza – DIRETÓRIO DE ESTÂNCIA/SE
Ana Simone Rocha – PSOL ESTÂNCIA/SE
Jonas da Feira – DIRETÓRIO DE ESTANCIA/SE
Isabela Goes – SETORIAL NACIONAL DE MULHERES - PSOL

Demais membros da APS/Sergipe.

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