Vamos ser francos...

Este é o melhor congresso que tivemos no Brasil desde a República.

A verdade é que este congresso tem trabalhado incessantemente nas comissões, no plenário e nos bastidores. Antes do impeachment eles fizeram corpo mole, mas depois eles recuperaram e muito o tempo perdido.
Votam dia e noite, às vezes até de madrugada. Votam uma, duas, três vezes a mesma coisa, até acertar. Dá gosto de ver tanto trabalho e empenho.

Não podemos negar que eles estão reformando o país, como nunca outro congresso fez. Se antes os mandados de injunção iam se acumulando ... agora o congresso mostra do que é capaz.

Desde o impeachment eles já votaram o fim das verbas do pré-sal e sua venda, a lei que congela os salários por vinte anos, o perdão às pedaladas do Temer, a mudança do ensino médio para que se tenham apenas duas matérias obrigatórias e nem professor é mais obrigatório. Votaram o fim da DRU, encaminharam (e bem encaminhado) a reforma da previdência. Agora votam o fim das leis trabalhistas.

Tudo rápido, célere.

Ainda temos aí lei para anistiar dívidas de políticos, lei para vender terras brasileiras a estrangeiros, lei para privatizar a petrobras, lei para acabar com o SUS, lei para anistiar dívidas de latifundiários, a aprovação da venda do BB e da Caixa e a permissão para políticos terem rádios e televisão.

Temos ainda a reforma política que, no mínimo, votarão pela desobrigação de eleição. Até porque este congresso é majoritariamente eleito sem voto (pelo coeficiente partidário) e o presidente também.

Temos que reconhecer que tudo isto foi feito em menos de um ano. É um assombro. A verdade é que o congresso é, sem dúvida o melhor de todos os tempos. Os grupos que pagaram suas campanhas estão todos tendo seus investimentos muito bem remunerados. Os verdadeiros empregadores deste congresso não tem do que reclamar. São muito eficientes.

Nós, o povo, é que não estamos sendo contemplados por nenhum projeto. Mas eles já disseram que não precisam obedecer a "voz das ruas", afinal não fomos nós quem pagamos suas campanhas e seus caixas 2.

E tem gente que ainda chama isto aí de "democracia".

Por Fernando Horta.

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