SecultBA alcança as metas das vistorias para orientação de Pontos de Cultura em 2017.


As próximas vistorias serão em 23 pontos de cultura da Região Sudoeste, em Vitória da Conquista e cidades vizinhas.

Mais de 90 Pontos de Cultura e 55 municípios visitados em 10 territórios culturais. Esta é a meta que foi estabelecida pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), através da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), para este ano. A meta será alcançada com antecipação de três meses, após as 23 vistorias agendadas para setembro na região Sudoeste, em Vitória da Conquista e cidades vizinhas. As vistorias nos Pontos de Cultura viabilizam orientação para o bom desempenho dos projetos desenvolvidos em parceria com o Governo do Estado, de acordo com os editais de seleção.

De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), Sandro Magalhães, para obter o apoio, o grupo ou entidade, deve comprovar, no mínimo, três anos de criação formal e de atividades comprovadamente desenvolvidas. Cada projeto pode ter até três anos de duração, recebendo R$ 60 mil por ano. “Para receber as parcelas, os Pontos de Cultura devem fazer a prestação de contas sobre os valores já recebidos”, alerta o superintendente.

O gestor ressaltou que a Bahia é o único estado do Brasil que mantém uma rede de pontos de cultura, abrangendo os 27 territórios de identidade espalhados por todo o Estado. O superintendente acrescentou que a Bahia é referência nacional pelo trabalho cultural desenvolvido nas comunidades, através de grupos de fomento da cultura e da cidadania.

Entre os itens que constam das orientações, estão a execução financeira e a prestação de contas, além de alterações nos planos de trabalho, quando há necessidade, por parte das entidades proponentes. A presença dos técnicos no local onde estão sediados os pontos de cultura é uma reivindicação dos proponentes que podem tirar dúvidas sobre a utilização dos bens adquiridos com o projeto, por exemplo.

Estes bens precisam estar devidamente identificados e cumprirem a finalidade para a qual foram adquiridos, além de estarem guardados em locais protegidos com a devida manutenção. O coordenador da Diretoria de Cidadania Cultural da Sudecult, Ilton Cândido, destacou a importância de oferecer condições de salubridade neste cuidado com o acervo adquirido com os recursos do edital de seleção.

“Pintadas, Itabuna, Jacobina, Lapa, Piritiba, Capim Grosso, Gavião, Baixa Grande e muitos outros municípios já receberam nossas equipes”, afirmou o coordenador. Interessados em saber como elaborar projetos a serem desenvolvidos em suas comunidades em Pontos de Cultura podem acessar a relação dos requisitos no endereço eletrônico Aqui.

Pontos de Cultura são projetos financiados e apoiados pelo Governo do Estado da Bahia e implementados por entidades governamentais ou não governamentais, de acordo com o Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura do Brasil (MinC).

BNB disponibiliza linha de crédito para piscicultores do sertão.


O sertão baiano está vivendo um processo de reestruturação para aumentar a produção de peixes na região. A Bahia Pesca (empresa vinculada à Secretaria de Agricultura), em parceria com o Banco do Nordeste, está disponibilizando uma linha de crédito de R$ 3,6 milhões para os pequenos produtores familiares da região. O dinheiro será utilizado na implantação de 16 sistemas de criação de peixes. Cerca de 240 famílias serão beneficiadas com os recursos.

A nova linha de financiamento será apresentada aos produtores nesta terça-feira, 5/09. Técnicos da Bahia Pesca estarão na região realizando palestras e tirando dúvidas sobre o financiamento e o modelo de produção. Os encontros com os piscicultores acontecem em Santo Estevão, às 8h30 (no Centro Cultural da cidade); e em Antônio Cardoso, às 14h (na Câmara de Vereadores). Todos os interessados em participar do projeto podem participar do encontro.

Na ocasião os técnicos da Bahia Pesca falarão também sobre a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), documento necessário para que o produtor possa se candidatar a essa linha de crédito. Os palestrantes falarão sobre os pré-requisitos e procedimentos necessários para obter a declaração, que é gratuita.

O sistema produtivo

A linha de financiamento prevê a implementação, na fase inicial do projeto, de 16 sistemas de condomínio. Cada condomínio terá 15 unidades de produção formadas por quatro tanques-rede. “Cada beneficiário do financiamento será responsável por uma unidade de produção, com capacidade de produzir mais de seis toneladas de peixe por ano. Isso garantirá uma renda de R$ 600 no primeiro ano, valor que pode triplicar a partir do 2º ano”, explica o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior.

 “Os produtores serão assistidos por técnicos da Bahia Pesca e do Banco do Nordeste durante cada etapa do projeto, desde a elaboração da proposta de financiamento até a retirada dos peixes para venda e consumo”, complementa o presidente.

Além de financiar o projeto o Banco do Nordeste será responsável também por avaliar o desempenho financeiro dos produtores e, quando julgar pertinente, sugerir correções; e fiscalizar o uso correto dos recursos.

Já a Bahia Pesca é responsável por selecionar os aquicultores que participarão dos programas, enviar ao Banco do Nordeste a proposta de financiamento e o projeto com os respectivos documentos, comprovar a regularidade ambiental dos beneficiários, elaborar projetos de viabilidade técnica, econômica e financeira, e prestar assistência técnica aos produtores.

Advogado espanhol fez pagamentos a Rosângela Moro. (Por Luís Nassif)


A nota da seção Radar, da Veja, mostrando página de um relatório da Receita Federal, de advogados que trabalharam para o escritório de Tacla Duran traz um complicador a mais para o juiz Sérgio Moro.

No dia 27 de agosto passado, a colunista Mônica Bérgamo revelou que o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhava para a Odebrecht e está foragido na Espanha, acusou o primeiro amigo de Sergio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, de tentar intermediar negociações paralelas com a Lava Jato.
Zucolotto e a senhora Sérgio Moro eram sócios em um escritório de advocacia.

Segundo Duran, haveria diminuição da multa e da pena que Duran deveria pagar, em um acordo de delação premiada, em troca de um pagamento que seria feito pelo caixa 2 para acertos com membros da Lava Jato.

Segundo Duran, a proposta de Zucolotto era alterar o regime de prisão em regime fechado para domiciliar e redução da multa para um terço do valor, ou seja US$ 5 milhões. A proposta teria sido feita no dia 27 de maio de 2016. 

Moro respondeu através de uma nota:

"O advogado Carlos Zucolotto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;

O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;

Nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;

Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;
Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;

O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e
Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria."

Há dois anos, em matéria no Conjur, Moro havia alegado que a sociedade da esposa com Zucolotto visava apenas a “partilha de honorários”, o que significa que não atuariam necessariamente no mesmo processo.

Agora, a informação da Veja traz um componente explosivo, que a revista tratou de amenizar, levantando apenas a consequência menos relevante do furo: o fato de Moro ter que se declarar impedido de julgar Duran:

O juiz Sergio Moro poderia ser impedido de julgar o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran não fosse o Ministério Público, que, estranhamente, ocultou uma resposta da Receita Federal que investigou o acusado.

Ora, tem muito mais coisa em jogo.

Vamos entender como a Receita age em circunstâncias semelhantes.

Um escritório de advocacia faz pagamentos a terceiros, outros escritórios ou advogados. A Receita resolve investigar.  E o procedimento inicial é a DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte), com a relação de todos os pagamentos efetuados pelo escritório. 

A Receita vai até o escritório e pergunta porque pagou. O escritório explica. Seria para acompanhamento de uma ação ou para serviços a ou b. Aí a Receita vai até o prestador de serviços e confere se os serviços foram efetuados.

Se o nome da senhora Moro consta na DIRF, significa que o escritório Tacla Duran efetuou pagamentos ao escritório e aos advogados do escritório.

Ou seja, pagou a senhora Moro.

Aí se entra o território da especulação. Qual teria sido a razão para a investigação da Receita? Pode ser uma explicação mais simples, de conferir se Tacla efetivamente pagou Imposto de Renda. Pode ser explicação mais complexa, sobre a natureza dos trabalhos efetuados.

O fato dos procuradores da Lava Jato terem escondido o documento por dois anos permite toda sorte de elucubrações.

Se a Receita mandou o resultado há dois anos, significa que a investigação deve ter dois anos e meio, período em que Rosângela Moro sai do escritório. Ou seja, ela saiu quando recebeu sinais de que a Receita estaria investigando Zucolotto.

Em qualquer hipótese, os pagamentos se referem a fatos contemporâneos, quando a Odebrecht e o próprio Tacla Duran já estavam na mira da Lava Jato. E desmontam as versões de Moro sobre as relações do primeiro-amigo e da primeira-dama com o escritório de Tacla Duran. Segundo a inocente explicação de Moro, Zucolotto teria sido contratado por Duran para tirar cópia de um processo em Curitiba.

Desde o início, estranhava-se que as delações ainda não tivessem chegado ao Judiciário. É possível que essa escrita seja quebrada com o fator Tacla Duran.

O BRASIL É DO TAMANHO DE CURITIBA. (Por Moisés Mendes)


É compreensível que o juiz Sergio Moro tenha guardado suas explicações para segunda-feira, para não estragar seu domingo.

Mas em algum momento ele terá de se manifestar sobre a mais nova informação em torno das relações do mafioso Rodrigo Tecla Duran com o advogado Carlos Zucolotto Júnior.

Primeiro, Duran acusou Zucolotto (amigo íntimo de Moro e seu padrinho de casamento) de tentar negociar acordos paralelos de delação. Seria o mercado negro dos acordos, com a intermediação de um advogado íntimo do juiz-chefe da lava-Jato.

O mesmo Duran, que é advogado e trabalhou para a Odebrecht e sabe tudo dessas máfias, tinha o escritório de Zucolotto como seu representante ou correspondente em Curitiba.

E quem era sócia do escritório? A mulher do juiz Moro. A notícia nova, publicada no Radar da Veja, é que a Receita Federal sabia, e o Ministério Público da Lava-Jato também sabia, mas não revelou nada, que Duran fez pagamentos ao escritório de Zucolotto, onde Rosângela Moro trabalhava.

Duran foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e fugiu para a Espanha. Seu caso é complicado e complica também o juiz, que cuida do processo em Curitiba.

Tem mais. A defesa do ex-presidente Lula pediu que Duran fosse sua testemunha em processo que corre em Curitiba. O juiz não caiu na armadilha (ou caiu) e negou o pedido. Moro não quer ver nem a sombra de Duran por perto.

Seria o caso de examinar também aqui a teoria do domínio do fato e seus desdobramentos? Ou tudo isso é mera coincidência?

O advogado de Curitiba amigo do juiz tentando vender acordos, o mafioso da Odebrecht que solicitava serviços ao tal advogado, e a mulher do juiz como sócia do sujeito dos acordos paralelos e ex-prestador de serviços ao cara da Odebrecht. O Brasil é muito pequeno. É do tamanho de Curitiba.

Por Moisés Mendes.

Os problemas do molestador do ônibus. (Por Fernando Horta)


Existem quatro problemas diferentes que estão sendo misturados quando da questão do molestador do ônibus.

(1) O machismo estrutural-histórico da sociedade;

Você negou isto Fernando? Não.

Como se combate? Com educação, é com ideologia de gênero nas escolas, com investimentos e informação e formação de professores, com diminuição das desigualdades econômicas entre os gêneros e com medidas de compensação nas representações políticas.


Não é com direito penal? Não.

(2) O problema dos comportamentos não aceitáveis dentro de uma sociedade;

Você negou que ejacular em alguém é algo inaceitável, agressivo e asqueroso Fernando? Não.


Como se combate? Com educação e pontualmente com direito penal, sobretudo em seu viés educativo. 

Mas com o direito penal EXISTENTE e não inventado para cada caso.

(3) O problema dos abusos às mulheres em transportes públicos;

Você negou isto Fernando? Não.


Como se combate? Com educação e com medidas preventivas em um primeiro momento. Câmeras, campanhas publicitárias, agentes de segurança infiltrados, informação e etc. Em última instância com o direito penal EXISTENTE.


(4) O problema do molestador específico preso


Você negou isto Fernando? Você defendeu a atitude dele? Não.

Como se combate? Com o processo judicial INTEIRO. Isto significa que se deve respeitar todas as garantias dele e o tempo do processo, pois só com o tempo se viu que ele pode (muito provavelmente) ser incapaz. Se o tivessem encarcerado ninguém saberia. Não se luta pelos direitos seus reduzindo os de outrem. É preciso fortalecer todos.

Mas o juiz não poderia ter enquadrado ele em algum artigo? Não.

O 213 fala em ato libidinoso SOMANDO-SE ao constrangimento (obrigar alguém a) por meio de violência (física) ou grave ameaça (psicológica). Se eu obrigo uma pessoa a se despir na minha frente, isto é estupro e, não necessita de conjunção carnal. Agora se esta pessoa ficou nua na minha frente por questão contratual (prostituição, modelos e etc) ou por situação involuntária (um incêndio a obrigou sair se roupa ...) e eu olhei de forma “lasciva” não é estupro. A vítima declarou que foi SURPREENDIDA pelo ato do agressor. Quem está surpreendida é porque não passou pelo processo ANTERIOR do contrangimento.


O 215 fala em ato libidinoso mediante FRAUDE. A redação da lei é ruim e se chama de “estelionato sexual”. Enganar alguém, ainda que sem violência (física ou psicológica) a sofrer ou praticar ato libidinoso. Um fotógrafo que diz que pode conseguir grandes contratos a uma menina em troca de que ela faça algo é estupro. Um professor que promete nota a uma menina mediante favores sexuais é estupro. No caso não serve porque a VÍTIMA declara que não teve nenhuma conversa prévia para que haja o CONVENCIMENTO FRAUDADO. Ela foi SURPREENDIDA pelo ato, sem negociação prévia que pudesse caracterizar o 215.

O 217-A fala em ato libidinoso com menor de idade ou incapaz. Incapaz perenemente ou momentaneamente incapaz. Serve para os estupros em hospitais com vítimas sob tutela de médicos e enfermeiros. Em primeiro lugar, a vítima declara que NÃO ESTAVA DORMINDO. Ela diz que viu o agressor tirar o membro da calça e se masturbar olhando para ela. MAS mesmo que estivesse o 217A exige que o tempo da incapacidade seja suficiente para a perpetração do ato. A mera dormitada não é suficiente. Portanto também não se adecua.

O juiz não poderia “forçar” para tirar este cara das ruas? Não, no direito criminal não se faz interpretação desfavorável ao réu (in mala partem). Além do mais, NÃO SE QUER ATIVISMO JUDICIAL EM CASO ALGUM, ESPECIALMENTE NO DIREITO PENAL.

Além disto, o juiz estava numa AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA em que ele apenas decide sobre se mantém preso o imputado ou não.

Mas ele não poderia ter pedido intervenção psiquiátrica? Se o imputado chegasse babando e dando claros sinais de incapacidade sim ou se tivesse atentado contra vida de alguém, como forma de evitar a prisão. Mas isto no julgamento pessoal de uma audiência de custódia. No mais o juiz depende do MP para pedir as coisas, não pode agir de ofício. E o MP NÃO pediu a prisão.
Por que o MP não pediu a prisão? Provavelmente porque membros do MP e Defensores Públicos sabem muito melhor do que nós a merda que é uma cadeia. E sabem que o rapaz era pobre e tinha restrições cognitivas que o fariam ser agredido dentro de uma cadeia. E sabem que as instituições psiquiátricas em SP devem estar abarrotadas e não se conseguiria um espaço para o rapaz que lhe garantisse segurança.
Mas como então ele foi preso agora? Usaram um artifício dizendo que neste novo ato ele teria PRENDIDO A VÍTIMA COM A PERNA e por isto estaria caracterizado o CONTRANGIMENTO. Dobraram a lei até para evitar que o rapaz fosse linchado na rua. Embora ele corra sério risco de ser estuprado e agredido na cadeia.

NOTE-SE que não existe nem PROCESSO AINDA. Não foi feita a DENÚNCIA. Não há defesa. Nada começou.

Ahhh, mas e os outros 17 BO’s dele? BO qualquer um faz em desfavor de qualquer um. BO não retira de ninguém a presunção de inocência e nem é contato como “reincidência para fins penais” eis que não tem nenhuma condenação. Todos são pelo mesmo tipo de crime, molestar mulheres. Na imensa maioria das vezes sem sequer tocar nelas. GRAVE, INACEITÁVEL, mas não é estupro.
Então não tinha o que fazer? O juiz ali não. O sistema tinha, desde que melhorado, com mais recursos e com um olhar humano-psicológicos-psiquiátrico e não punitivista. A lei tem que ser mudada. Tem que se investir em mais profissionais de saúde e talvez até se pensar na presença de um psicólogo ou psiquiatra nas audiências de custódia.
Estes problemas estão interligados MAS NÃO SÃO OS MESMOS. Estão interligados MAS NÃO TEM RELAÇÃO CAUSAL.
O rapaz não se masturbou porque é machista. O fez, muito provavelmente, porque é doente. E a própria reincidência em tão pouco tempo demonstra que ele pouco conhecimento tem da gravidade da coisa. A família dele já informou que ele sofreu acidente com dano neurológico e que APÓS ISTO começaram estes comportamentos. A família é pobre, sem muitas condições. Médicos já informaram que se ele teve lesão no lóbulo frontal ele NÃO CONSEGUIRÁ reprimir o desejo sexual e SEQUER saber os resultados das ações dele.
O juiz não soltou o rapaz porque é machista. Ele tinha fundados motivos para não conseguir enquadrar. A lei é ruim. O rapaz é pobre. Não deu sinais imediatos de incapacidade (tanto que só 48 horas depois esta informação surgiu ou foi aventada).
O Fernando não está falando isto porque é machista. Nem porque é pedante e vaidoso. Se eu fosse vaidoso fazia como a maioria e metia pau no juiz logo de cara para ganhar apoios.

Aliás como fiz, usando o senso comum. Se olharem as postagens a primeira é toda contra o juiz.


MAS eu fui alertado por amigos que sabem muito da questão e me propus a ler e estudar isto por algum tempo. Gastei tempo e leitura para dizer o que escrevo. Fui ler e consultar mais de 15 juristas, mais de 7 penalistas. Amigos, conhecidos e etc. Ler jurisprudência, doutrina e etc. Não é prudente usar o senso comum. O conhecimento epidérmico não é o melhor para resolver problemas.

“E se fosse a sua mãe?” Não vou responder tamanha idiotice...

“As mulheres sabem melhor o que é estupro...” 

É verdade e eu não vou dizer que sei. Assim como nós não sabemos o que ser negro no interior de angola ou indígena no interior da Amazônia. Como um obstetra homem não sabe o que é dar a luz ou um astrofísico não sabe o que é um buraco negro. É por isto que se inventou, há muito tempo, um método chamado ciência. Para compreendermos aquilo que está fora de nós. Então este argumento é raso e sem sentido. Serve para política não para os casos concretos.

E eu não falo mais sobre isto.

Por Fernando Horta.

BRASIL DEVE PEDIDO DE DESCULPA A DILMA. (Por Patrícia Lélis)

- Ser de direita é muito fácil, afinal tudo se baseia em propagar o ódio, dizer que tudo é vitimismo, sair dizendo que é a favor da moral, da família tradicional e dos bons costumes, e claro, escrever "Bolsonaro 2018" nas redes sociais. A direita não passa disso.

Ser de esquerda não é fácil. Requer mente aberta, novas formas de pensar, leituras, aulas de história, empatia ao próximo, entre diversas outras coisas. Dias atrás me peguei pensando em como o ódio é contagioso. E falo por experiência própria. Ao assistir meus antigos vídeos, me deparo com uma Patrícia que, aos 22 anos, contribui para a propagação do fascismo e do ódio a outras mulheres.

Por falar em mulheres, quero citar a querida ex-presidente, Dilma Rousseff. E, para começar a dizer qualquer coisa, tenho que pedir minhas mais sinceras desculpas. Fiz parte e fui cúmplice de um golpe. O Brasil deve um pedido de desculpas a ela.

Quem não se lembra da triste cena no estádio em que milhares de leigos brasileiros gritavam "Dilma, vai tomar no c•". Ao assistir esse vídeo, hoje, me dói o coração por tamanha falta de respeito, sem falar do machismo. Desculpe-me por ter gritado contra você, e ter me calado perante um golpe.

O mais triste nessa história, com certeza, são as pessoas que ainda hoje, com o atual presidente Temer acabando com os direitos dos trabalhadores, vendendo tudo que temos, colocando a nossa linda e preciosa floresta amazônica em risco, e claro dizendo que mulher entende de economia, porque vai ao supermercado, ainda assim, vão contra o seu governo e, claro, a sua pessoa em particular.

Em pouco tempo na esquerda, aprendi o significado da palavra luta. Aprendo todos os dias que combater o ódio é cansativo, mas necessário. Hoje, eu entendo perfeitamente que você não fazia parte da turma dos piores bandidos, e que muitos ainda o apelidaram de "meu malvado favorito", apenas por ter tirado de você o poder. Mais do que nunca entendo as razões pelas quais você não era capaz de negociar com Eduardo Cunha e seu congresso.

A classe média direitista, que sempre é usada como massa de manobra, preferiu ver o Brasil, mais uma vez, entrar no mapa da fome do que ter uma mulher de esquerda no poder. Querida Dilma, hoje, mais do que nunca, eu entendo como é difícil ser mulher em um mundo que não suporta ver o nosso sucesso, e também entendo o quanto é difícil ser de esquerda em um pais que todos os dias regulariza e banaliza o discurso de ódio.

Eu só posso terminar esse texto dizendo: Que saudades do seu governo.

Por Patrícia Lélis é jornalista e ex-militante do PSC no Site Forum.

VAI PRA RUA MANÉ. (Por Renato Uchoa)


O juiz federal Márcio Braga Magalhães bateu o martelo e enviou para o olho da rua o Movimento Vem Pra Rua, que impetrou ação (preconceituosa) contra a entrega do título de Doutor Honoris Causa a Lula, pela UFPI. Diferente de outros juízes que têm teia de aranha nas togas, e apenas se levantam quando à aplicação da Constituição é para perseguir o PT e a Esquerda, deu uma aula brilhante no que concerne à autonomia das Universidades, na aplicação dos princípios constitucionais com imparcialidade, postura que dignifica a profissão. A advogada Sarah Cavalca Sobreira foi a autora da ação contrária a entrega do título, e na análise o juiz federal Márcio Braga Magalhães foi certeira para manter a legalidade “fundamenta sua pretensão em fatos narrados pelos meios de comunicação, no sentido de que a “caravana” realizada pelo requerido tem propósito eleitoral, e que a honraria teria como finalidade a adoção de estratégias para sua defesa nos processos criminais em andamento e a formação de alianças eleitorais para viabilizar sua candidatura à presidente”. A requerente pontua ainda “que não é razoável a concessão de títulos honoríficos a pessoas condenadas pela Justiça em ações criminais e que ainda estejam respondendo a outros processos nesta área”.

Fim do jogo sujo do Movimento Vem Pra Rua, o juiz federal Márcio Braga fechou a questão: “Universidade tem liberdade para, através de suas próprias normas, organizar o ensino, a pesquisa e a extensão sem qualquer limitação de doutrina ou de política de graduação ou pós-graduação, definir linhas de pesquisa, criar, organizar, modificar e extinguir cursos, elaborar o calendário escolar e o regime de trabalho didático, fixar critérios e normas de seleção, admissão, avaliação, promoção e transferência de estudantes, além de conferir graus, diplomas, certificados e outros títulos acadêmicos. Embora esta autonomia deva ser exercida nos limites traçados pelas leis e atos normativos, entendo não haver, em princípio, ilegalidade na concessão do título em questão, visto que tal competência se insere no âmbito de sua prerrogativa, consagrada no Texto Constitucional brasileiro (art. 207, caput) e regulada pela legislação infraconstitucional (Lei nº 9.394/96) ”. Mais ainda:  “...para outorga do referido título, a “personalidade” deva ter contribuído para o progresso da instituição, da região ou do país, ou que se hajam distinguido por atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral. Portanto, são conceitos abertos e que se inserem no mérito administrativo, tendo estes, certamente, sido discutidos no âmbito interno da IES, não sendo recomendável sua desconstituição pelo poder judiciário”. Lula recebe o título segunda-feira, dia 04/09/2017, na UFPI.

São esses juízes que o país precisa nessa terrível conjuntura do Estado de Terror, que não se rendem a mídia golpista, que decidem segundo o ordenamento jurídico do país. Parabéns dr. Márcio Braga Magalhães. 

Por Renato Uchoa.

CONSTRUINDO PARA RENASCER.


Em Sergipe, Chapa homenageia a ex-primeira Dama Marisa Letícia.

Em homenagem a Marisa Letícia.

Porque Marta Elena?

Aproxima-se o momento em que iremos escolher a composição do Setorial de Mulheres. E, diante de sua importância na construção de um Partido dos Trabalhadores cada vez mais forte, a Esquerda Popular Socialista (EPS) apresenta o nome da companheira Marta Elena como candidata a ocupar a Secretaria de Mulheres do nosso partido. Sua longa trajetória de militância política lhe credencia a esta importante missão.

Formada em Psicologia, na Argentina, e Sociologia, no Chile, Marta Elena chegou ao Brasil, no final do ano de 1979, vinda de Berlim, na Alemanha, onde esteve exilada com o então companheiro Jun Nakabayashi– brasileiro perseguido pela ditadura e companheiro de Marighella. Ainda em Berlim, organizou o Comitê de Solidariedade com as presas políticas latino-americanas, no qual recebiam e acolhiam as mulheres resgatadas dos cárceres e exiladas que moravam na Alemanha.

Já no Brasil, ela participou de um grupo, junto com Jun, Eder Sader e Marco Aurélio Garcia, que já pensava na política brasileira e que discutia que PT queriam formar, de massa ou de quadros. Na intenção de continuar fazendo um trabalho com Mulheres, foi para o Grajaú, periferia da periferia de São Paulo, pelas mãos de Eder Sader, realizar um trabalho com mulheres, na época de formação do PT. Mesmo sem saber falar direito o português, começou a organizar ali um grupo. Uma garagem emprestada foi o local para o início das atividades com essas mulheres e o grupo do partido em formação.

Em 1980, Marta Elena criou a Associação das Mulheres de Grajaú e, em 1983, era criada a 1ª Casa da Mulher de Grajaú. Nesse período, foi, durante 13 anos, secretária-geral do Servicio Universitário Mundial (SUM) – que tinha como presidente honorário Paulo Freire –, e representante do Brasil no Comitê Mundial da Mulher dessa entidade.

Com o partido um pouco mais estruturado, Marta participou, nessa época, da construção do Coletivo de Mulheres, quando ajudou na criação da Secretaria da Mulher e, especialmente, na formação da Secretaria Nacional da Mulher, onde foi, por duas vezes, representante de São Paulo junto com a Clara Charf, mulher de Marighella. Nessa época, esse grupo já lutava pela criação de espaços específicos para a defesa dos direitos da mulher nas três esferas do Poder Executivo.

Marta Elena fez parte da primeira administração do PT em São Paulo, em 1989, no governo de Luiza Erundina. Ela ajudou a criar a primeira Coordenadoria da Mulher nessa Prefeitura e foi a primeira Coordenadora de Violência contra a Mulher, quando criou o primeiro Centro de Referência de Violência contra a Mulher e a primeira Casa Abrigo. Foi ainda Coordenadora de Educação, e em sua gestão organizou o Encontro Internacional para a Formação da Rede de Mulheres Políticas, que aconteceu em São Paulo, em 1991.                        
Nos anos seguintes, continuou no Brasil a luta pelos direitos da mulher, seja organizando o movimento de mulheres pela alimentação que chegou a discutir políticas com o então presidente José Sarney e o ministro de Agricultura Pedro Simon, assim como organizando na Argentina a Associação de Mulheres Caminhando Juntas, onde realizaram diversas atividades como curso de formação como plano habitacional, criação de uma rede de promotoras nos bairros e um fórum da criança e do adolescente. Escreveu três livros: “Ho Chi Min”, na coleção de cientistas políticos coordenado por Florestan Fernandez, no Brasil; e, na Argentina, a “Salud de la Mujer” e "Construyéndo Sueños" e a edição da revista "Boquitas Pintadas", assim como boletins e artigos.

No final de 2015 chegou a Sergipe. Aqui no Estado, buscou contato com o Partido dos Trabalhadores, quando foi convidada para uma reunião de mulheres e a partir dali quis continuar já na Secretaria de Mulheres. Na intenção de trabalhar no movimento popular. Foi à comunidade Senhor do Bomfim, no Bairro Farolândia, onde entrou em contato com a comissão diretiva da Associação de Moradores, formada por mulheres, onde fez uma proposta de trabalho centrada na violência doméstica. Só que foram constatadas outras necessidades mais imediatas da comunidade, como saneamento, saúde, pavimentação e se engajou nessa luta junto com as mulheres daquela localidade.

Em assembleias com os moradores do bairro, decidimos as medidas que seriam tomadas para buscar sanar os problemas e conseguimos com manifestações em avenidas, ocupando o gabinete do então prefeito João Alves Filho, que iniciou as obras de saneamento, abandonando antes da eleição. Durante a campanha para a Prefeitura de Aracaju, o bairro inteiro se organizou, chamou o então candidato Edvaldo Nogueira e apresentou a proposta de continuação das obras, o qual se comprometeu e nós lutamos para que ele e a vice-prefeita Eliane Aquino fossem eleitos para administrar a capital.

As obras hoje continuam, o que consideramos uma grande vitória da luta do povo organizado e o comprometimento da Prefeitura com ele. Nesse momento de avanço da direita e setores conservadores e considerando de fundamental importância a consolidação do PT e seus líderes principais é que estamos formando o primeiro Núcleo de Mulheres do PT no Bairro, onde fizemos assembleia com o deputado federal João Daniel para pedir apoio para a proposta da criação de um posto de saúde na comunidade, o qual ele já encaminhou.
 
Eu, que já fui secretária Nacional de Mulheres do PT, hoje estando em Sergipe quero contribuir para que a Secretaria da Mulher do Partido dos Trabalhadores seja atuante, de luta, combativa, que ajude a organizar as mulheres e o povo e não queremos burocracia, nem uma secretaria que sirva apenas para cumprir as obrigações oficiais legais. Para dar segmento a todo esse trabalho, aqui encontrei mulheres para, juntas, somarmos forças e construir um partido forte, com mulheres que participam do movimento social, popular, sindical, na disputa pela terra, moradia, por políticas sociais e pelos direitos da mulher. Isto é a Chapa Construindo para Renascer.

Dezoito caçadores são detidos com mil aves mortas no sertão de SE.

Operação de combate à caça realizada pelo Ibama na divisa dos municípios de Itabi e Gararu, em Sergipe, resultou na apreensão de mil aves abatidas e na aplicação de 14 autos de infração, que totalizam R$ 329 mil. Dezoito pessoas foram detidas e conduzidas para a delegacia. Os animais abatidos foram incinerados na região de Capela (SE).
Após denúncias, agentes ambientais iniciaram a operação para interromper a matança de aves em rota migratória no sertão de Sergipe. Cerca de 200 caçadores abatiam cardineiras (Zenaida auriculata) na região. A espécie, também conhecida como avoante ou arribaçã, se desloca em grupos enormes e tem hábito de fazer ninhos diretamente no solo da caatinga, em áreas chamadas de pombais, que chegam a ter 12 km² de extensão, com 3 a 4 ninhos por km². Este hábito torna a arribaçã uma presa fácil. Técnicos do Instituto estimam que cerca de 2 mil aves eram mortas por dia.
“A caça de avoantes durante esse período é duplamente cruel: milhares de aves adultas são mortas em plena fase reprodutiva, comprometendo a sobrevivência da espécie, e os filhotes abandonados acabam morrendo de fome”, disse o coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Roberto Cabral.
A caça de animais silvestres nativos ou em rota migratória é considerada infração ambiental prevista no Decreto 6.514/08, que estabelece multa de R$ 500 a R$ 5 mil por espécime, além da apreensão dos petrechos. Os infratores poderão ser denunciados pelo Ministério Público e responsabilizados judicialmente pelo crime ambiental. A legislação prevê detenção por seis meses a um ano e a pena pode ser triplicada em caso de caça profissional.
“O Ibama dará continuidade às ações de educação ambiental e fiscalização para evitar o abate das aves na região", disse o chefe da Divisão Técnico-Ambiental (Ditec) da Superintendência do Ibama em Sergipe, Luciano Bazoni.

Governo entrega tratores a agricultores de Euclides da Cunha.


Na manhã de hoje, 02, o Secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues fez a entrega de 12 tratores a instituições representativas da agricultura familiar. O evento aconteceu na Câmara de Vereadores do Município e contou com expressivo número de populares.

Os tratores com implementos agrícolas são resultado de emenda parlamentar do deputado estadual José Nunes. Os equipamentos irão otimizar a mecanização dos trabalhos de preparo do solo, plantio e colheita dos agricultores familiares da região. O trabalho poderá ser realizado em tempo hábil, em comunidades rurais com dificuldades de acesso aos serviços da mecanização, possibilitando, assim, às famílias uma maior produtividade, com consequentes melhorias de condições de sustentabilidade e renda.

Instituições beneficiadas

Associação dos Produtores de Caimbé; Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Pai João; Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado de Santo Antônio; Associação Comunitária Povoado de Lagoa Fechada, Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Barriguda; Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Povoado de Rio Vermelho; Associação dos Produtores Rurais da Fazenda Amargosa;
Associação Comunitária dos Agricultores Familiares do Povoado de Roça de Baixo; Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Fazenda Poções e
Associação dos Produtores Rurais Nossa Senhora da Penha de Lagoa do Guedes.

Glória é a maior produtora de tilápias do Brasil.



Tilapicultura cresceu 20% no município nos últimos quatro anos

Uma cidade no nordeste da Bahia, de apenas 16 mil habitantes, acaba de se tornar a capital brasileira da tilápia. Trata-se do município de Glória, a cerca de 440 km de Salvador. A cidade produz quase 17 mil toneladas por ano, a maior produção do País. A informação foi publicada no projeto "Indicadores socioeconômicos do desempenho da produção de tilápia no Brasil", realizado pela Embrapa, Unesp e Uneb, com o apoio da Bahia Pesca e das prefeituras locais.

Até o ano passado a cidade de Jaguaribara, no Ceará, possuía a liderança no setor, com quase 14 mil toneladas produzidas por ano. “Glória teve um crescimento de 20% na produção de tilápia nos últimos quatro anos. Em 2013 o município, que era o maior celeiro de tilapicultura da Bahia, produzia 14 mil toneladas. Esse salto é fruto das políticas públicas de incentivo à aquicultura na região e à constante busca dos produtores por melhores e mais eficientes práticas de manejo”, explica o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior.

Cerca de 50 empreendimentos trabalham com tilapicultura no município. Os pequenos produtores, com menos recursos e mais dificuldades, recebem da Bahia Pesca toda a assistência técnica necessária para o crescimento de sua produção. Além disso, recebem ainda apoio na legalização e regularização das pisciculturas.

Em tempos de jornalismo de guerra, nem a ABI e seu presidente são poupados. (Por Ernesto Marques)


Ainda na primeira "varredura" pelas notícias do dia, comecei pelo Estadão e me deparei com a seguinte manchete no alto da página de abertura da edição digital: "Petista omitiu da ABI  que aluguel de auditório era para evento com Dilma". Era fim da madrugada e eu poderia estar vendo coisas (postagem foi à 5h45). Esfreguei os olhos e apurei a visão, mas era isso mesmo. 
O link era da Coluna do Estadão, assinada por Andreza Matias e Marcelo de Moraes. O assunto estava na cabeça da coluna, com direito a foto de Dilma Rousseff e três notas que reproduzo a seguir:

"Surpresa!

A diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) foi surpreendida ontem ao saber que havia alugado o auditório da sua sede para evento que teria como estrela a ex-presidente Dilma Rousseff e como tema "um ano do golpe"."Pedalada

O presidente da ABI, Domingos Meirelles, disse à Coluna que os contratantes do evento não o informaram do que se tratava. "Deveriam ter nos avisado. Em nenhum momento se identificaram. Estou perplexo", conta.

"É cash

O aluguel do auditório foi pago em dinheiro vivo pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ), que desembolsou R$ 4 mil. "Não me lembro como paguei e o fiz porque é um ato do meu mandato", explicou."

Ainda incrédulo, procurei o jornalista Fábio Costa Pinto, que representa a Associação Brasileira na Bahia, onde existe uma ABI Bahiana com "h" - não se trata de seccional. Ele também estranhou o fato e precisei enviar-lhe o link para, vendo, crer. "A casa não tem lado. Nós não assinamos o pedido contra Dilma nem o Temer. O nosso posicionamento será diante da verdade apurada na hora certa. Não vamos entrar nessa Ernesto. O espaço é para todos." De fato, essa é a postura da Associação Brasileira de Imprensa desde sempre, até na ditadura, e não só essa postura da instituição, mas a própria memória de Barbosa Lima Sobrinho deve ser respeitada, porque altiva e sempre corajosa.

Fábio acionou Domingos Meirelles, que prontamente respondeu: "Não deu para ler toda a matéria do Estadão. Ligaram para mim da redação e perguntaram se o evento fora organizado pela ABI . Respondi que o Auditório tinha sido alugado para uma reunião sindical . Só na véspera é que tomamos conhecimento , por acaso , de que se tratava de um encontro com a Dilma promovido pelo PT.  Expliquei que a tradição da ABI é de acolher democraticamente todas as correntes de pensamento sem fazer distinção de credo político ou religioso.  Foi o que de fato aconteceu. Nada mais do que isso." Como se vê, bem diferente das declarações atribuídas a ele pelos colegas da Coluna do Estadão.

Enquanto conversava por mensagens com Costa Pinto e ele com Meirelles, tiraram o destaque da capa da versão online do velho jornal, aguçando a minha curiosidade sobre o impresso. Como documento, o suporte em papel sempre terá valor porque não se muda o publicado e distribuído. Comentei da minha expectative de uma posição da ABI e do seu presidente sobre o caso. 
Conversei com Domingos Meirelles e ele me confirmou desconhecer, de fato, o conteúdo do evento até pelo fato de a ABI não fazer qualquer tipo de filtro religioso ou político para alugar seus auditórios. Lamentou inclusive por não ter tido tempo de preparar a casa para receber uma ex-presidente como manda o protocolo. "Nem pude estender o tapete vermelho e forrar as poltronas, como sempre fazemos", disse o presidente.

Se não foi rompida uma tradição da Casa fundada em 1908, tanto a abordagem ao jornalista Domingos Meirelles, quanto a edição da sua fala aos colegas colunistas, merecem reflexão. Nessa hipótese, muito mais de pedir (ou exigir) o devido reparo, faria bem à Associação Brasileira de Imprensa ocupar seu auditório para dissecar o momento atual do jornalismo brasileiro a partir deste episódio. Ocupar com os trabalhadores da notícia, como se definia o saudoso Perseu Abramo, dublê de jornalista e político, assim como Barbosa Lima Sobrinho. Não para fazer manifestação, mas para pensar criticamente sobre o momento vivido pelo país, a contribuição das empresas de mídia no rumo dos acontecimentos e o papel a ser desempenhado por jornalistas no cotidiano das redações. Se o jornalismo de guerra não poupa sequer a ABI e seu presidente, constrangendo-os, como se apanhados em malfeitos, talvez restem-nos ainda menos esperanças de superar a crise nauseante em que mergulhou o Brasil.

Um jornal conservador, como o vetusto Estado de São Paulo, vulgo Estadão, não surpreende em suas posições conservadoras desde sempre. Surpreendente é ver um jornal tão importante sem seus donos-jornalistas no comando, subalterno a uma comissão de investidores/credores - banqueiros. É o mesmo processo de necrose em vida por que passa A Tarde. Quando a "banca" está no comando, às favas os preceitos da boa prática do jornalismo. 

Por Ernesto Marques é jornalista, radialista e está vice-presidente da Associação Bahiana de Imprensa.

TEMER NA CHINA: MAIS FACEIROS QUE GANSO EM BEIRA DE AÇUDE. (Por Diogo Costa)


É notável a faceirice indisfarçável da comitiva brasileira em visita oficial à China comunista. Além do usurpador, estão lá o Darcísio Perondi (PMDB-RS), o Carlos Marun (PMDB-MS), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), etc.

Todos virulentos inimigos da esquerda em Pindorama e colocando flores no monumento dos "Heróis do Povo" no Império do Meio!

Agora partem para a reunião anual dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), essa 'invenção' que diziam ser fruto da "política externa ideologizada do lulopetismo".

Tirarão retratos sorridentes ao lado de Putin, de Xi Jin Ping e dos outros mandatários; assinarão acordos diversos e voltarão à Pindorama cantando de galo e fazendo caridade com o chapéu alheio (se não fosse por Lula e Dilma o Brasil não teria construído essas e outras diversas e importantíssimas relações internacionais).

O golpista Temer devia ter levado os mercenários do MBL na comitiva - vê-los reverenciando os comunistas seria até engraçado.

Por Diogo Costa.

Empresários e governo discutem novos rumos para desenvolver energia solar na Bahia.



A Bahia é líder em projetos comercializáveis de energia solar fotovoltaica e tem investido cada vez mais em novas oportunidades para desenvolver o setor. Hoje, 31/08, durante o encontro Café com Energia, em Salvador, diversos empresários, governo e entidades da categoria se reuniram para discutir as medidas que devem ser adotadas para que o estado seja também líder na fabricação de painéis fotovoltaicos já que possui a melhor sílica do país.     

“Ter a produção do vidro e silício será uma vitória para a Bahia porque passaremos a ter toda a cadeia produtiva dentro do estado gerando mais emprego e desenvolvimento, principalmente, na região do semiárido de maneira sustentável e ecológica”, explicou Paulo Guimarães, superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A Energia Solar está dentro de um contexto ainda mais privilegiado que o eólico porque a distribuição de energia não depende de leilões ofertados pelo governo federal, principal entrave para que o setor obtenha ainda mais progresso. “As perspectivas da energia solar são muito melhores porque a geração distribuída pode se desenvolver de maneira independente. Estima-se que na Bahia se tenha 4,4 vezes um consumo residencial e comercial menor do que o seu potencial de implantação. Então o governo vem incentivando a produção local, a geração distribuída e a aplicação disso, como foi feito no próprio estádio de Pituaçu”, completa Paulo.

Outro ponto é a cadeia de serviços. Há possibilidade de alugar os painéis na residência, no comércio e, portanto, não será necessário que o usuário faça investimento próprio.

Existe um caminho longo a ser descoberto e percorrido dentro da cadeia solar. Os benefícios são estratégicos, segundo Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR. “Redução de gastos, atração de novos investimentos, geração de empregos, desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva, aquecimentos de economias locais. Nos Estados Unidos um a cada cinqüenta novos empregos está ligado ao setor de energia solar. O segmento vai crescer no Brasil 11 vezes mais em potência instalada e grande parte será na Bahia”, explica Sauaia.

Para ajudar ao crescimento do setor, o governo está somando esforços junto à Secretaria da Fazenda, com a isenção de impostos e incentivos fiscais, conforme anunciado pela SDE na última semana. O Comprasnet e o Cadastro Único, plataformas digitais que unificam todos os fornecedores do Estado, tornam mais atraentes o investimento no setor.  


Dados de Energia Solar Fotovoltaica na Bahia

- O parque solar Lapa, considerado o maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil, entrou em operação em junho. Localizado em Bom Jesus da Lapa (BA), o parque é composto por duas usinas, com capacidade instalada total de 158 megawatts. A operação do parque é da Enel Green Power, subsidiária brasileira do grupo italiano Enel.

- São mais de 20 empresas desenvolvendo projetos eólicos na Bahia

- A média de empregos é de 15 empregos gerados por MW em toda a cadeia produtiva, portanto 26.265 postos foram gerados nos 71 empreendimentos em operação e cerca de 60.000 serão gerados com a construção dos 170 projetos.