Os envolvidos
A Exposição Artística Tupinambá: janela da alma, surgiu depois que Gildásio Rodriguez — artista plástico com diversas exposições realizadas dentro e fora do país — leu uma matéria sobre a morte de anciãos indígenas na pandemia, culminando no desaparecimento de línguas inteiras. “Os chefes morais, mestres espirituais e possuidores do conhecimento e memória estavam desaparecendo. Eu precisava fazer alguma coisa. Daí surgiu a exposição”, disse. A curadoria é do escritor e pesquisador Pawlo Cidade: “Cada uma das aldeias escolhidas não são resquícios históricos remotos, mas um espaço efetivo na organização social e modo de vida dos Tupinambá que hoje habitam a região”. A exposição tem fotografias de Tacila Mendes e produção executiva de Ely Izidro.
As imagens captadas pelas lentes da artista Tacila Mendes,
tiveram uma leitura poética através do olhar do artista visual Gildasio
Rodriguez, redimensionando essas imagens para telas bidimensionais, com
elementos tridimensionais, dimensão 100 X 100 X 0,4 cm, técnica óleo sobre
tela, estilo figurativo e cores predominantes neutras. O preto e o branco,
gamas de tons cinzas e um detalhe carmesim, criando uma densidade figurativa
com seus olhares, tornando a imagem absoluta e personificada na pureza da sua essência,
ampliando os sentidos da memória e das tradições. Para Tacila Mendes, “os/as
mais velhos/as são força. Não há árvore que dê novos frutos sem uma raiz forte.
Por meio dos retratos e das pinturas apresentados em "Tupinambá: janelas
da alma", buscamos contribuir para visibilizar uma luta que perpassa
gerações: a luta por existir”.
Acessibilidade
A exposição terá ainda a exibição de um vídeo com
depoimentos de todos os 13 indígenas retratados pelas telas de Gildasio
Rodriguez. O vídeo terá janela de tradução em libras e legendas em português.
Haverá ainda dois intérpretes de libras durante a vernissage, coordenados por
Roberta Brandão do Inlibras.
Apoio financeiro
Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo
Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da
Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da
Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a
efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a
Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.
Foto: Rodriguez, artista plástico/TACILA MENDES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário