Aconteceu na tarde de ontem (23), a coletiva de imprensa com os vereadores, Pedro Macário (União Brasil), Zé de Abel (Podemos), Keko do Benone (Avante), Paulo Tatu (Progressistas) e Gilmário Marinho (Podemos), e Jean Roubert (PSD), além do pré-candidato a prefeito da cidade de Paulo Afonso, na Bahia, Mário Galinho. O evento aconteceu na Chácara São Domingos, no Povoado Vila Matias.
Representando a Rádio Angiquinho e o locutor Giuliano Ribeiro que também um site com o mesmo nome, fez a pergunta certa, na hora certa aos vereadores que deixaram a base do governo municipal, alguns deles com mais de vinte anos se beneficiando diretamente e beneficiando seus amigos e familiares.
O constrangimento foi geral
quando Giuliano disse que todos os vereadores presentes já fizeram parte do
governo e que agora, durante a coletiva, todos disseram que “a cidade está
destruída” se eles não se sentiam culpados pelo que estão afirmando, já que
continuam, cada um deles, com centenas de pessoas em cargos de confiança e em
serviços terceirizados e continuando a se servirem do governo que alegam estar
em colapso.
A resposta veio do possível candidato
a vice na chapa com Galinho, Macário, que entre outras coisas disse, “procurar
culpado é fácil, então o difícil é encontrar”. Ele disse o que disse sem dizer
nada. Culpa o governo pela “destruição da cidade” e ao mesmo tempo não encontra
culpado por isto. Deve ser porque ao imputar tal culpa, ele se veja como parte
do que agora acusa.
É profundamente decepcionante
e perturbador ver vereadores que, por muitos anos, se beneficiaram diretamente
do governo, agora se afastarem e criticarem a administração da qual fizeram
parte. Eles desfrutaram de cargos de confiança, serviços terceirizados e outras
vantagens, enquanto a cidade que juraram servir enfrentava desafios. Agora,
eles se posicionam como críticos, mas esquecem que foram cúmplices na gestão
que agora condenam. A mudança de lealdade parece mais uma estratégia política
do que um verdadeiro desejo de melhorar a cidade. É essencial que os eleitores
questionem essa conduta e exijam responsabilidade desses vereadores. A política
deve ser um meio de servir ao público, não um jogo de interesses pessoais.
O “grupo dos traidores”, como
estão sendo chamados terá uma tarefa Hercúlea para, agra fora do governo,
manter os milhares de empregos que juntos tem na prefeitura. A caneca que agora
está com o prefeito em exercício se tiver tinta deve começar a ser usada o mais
breve possível, já que na política vale a máxima, “aos meus tudo, aos inimigos
a lei”. Que neste caso é a exoneração de todos para que outros ocupem os
espaços.
É da política!
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