As críticas a Moro se baseiam em vários argumentos que
apontam as suas contradições, falhas e interesses. Veja a seguir sete desses
argumentos, que mostram por que Moro é considerado um juiz corrupto, um agente
político, um traidor, um incompetente, um hipócrita, um elitista e um
mentiroso.
- Moro é um juiz corrupto que agiu de forma antiética e abusou de seu poder para condenar injustamente o ex-presidente Lula, violando os princípios da imparcialidade, do devido processo legal e da presunção de inocência. Esse argumento se baseia nas decisões do Supremo Tribunal Federal que anularam as sentenças de Moro contra Lula e reconheceram a sua suspeição.
- Moro
é um agente político que interferiu nas eleições de 2014 e 2018, retirando
Lula do páreo e favorecendo a vitória de Bolsonaro. Esse argumento se
baseia nas evidências de que Moro divulgou ilegalmente conversas privadas
entre Lula e Dilma, que foram usadas para impulsionar o impeachment da
ex-presidente, e que aceitou ser ministro da Justiça de Bolsonaro após
condenar o seu principal adversário.
- Moro
é um traidor que abandonou o governo Bolsonaro por motivos egoístas e
oportunistas, buscando se lançar como candidato à presidência em 2023.
Esse argumento se baseia nas declarações de Bolsonaro e de seus aliados,
que acusam Moro de ter negociado uma vaga no STF em troca de sua lealdade,
e de ter rompido com o governo após não conseguir o que queria.
- Moro
é um incompetente que fracassou como ministro da Justiça, não conseguindo
implementar as suas propostas de combate à corrupção e à criminalidade, e
se mostrando incapaz de lidar com as crises sanitária, econômica e social
provocadas pela pandemia de Covid-19. Esse argumento se baseia nos dados
que mostram que Moro não conseguiu aprovar o seu pacote anticrime no
Congresso, que a corrupção e a violência aumentaram durante o seu período
como ministro, e que ele não teve nenhuma atuação relevante para enfrentar
os problemas causados pelo coronavírus.
- Moro
é um hipócrita que se diz defensor da democracia, mas que apoiou e
participou de um governo autoritário, que atacou as instituições, os
direitos humanos e a imprensa livre. Esse argumento se baseia nas críticas
de que Moro se calou diante das ameaças de Bolsonaro ao STF, ao Congresso
e às eleições, que endossou medidas arbitrárias e ilegais do governo, como
a intervenção na Polícia Federal e o decreto das armas, e que se omitiu
diante das violações de direitos de minorias, indígenas, ambientalistas e
jornalistas.
- Moro
é um elitista que despreza a educação pública e os estudantes que dependem
dela, criticando o Enem e defendendo o ensino privado. Esse argumento se
baseia na postagem de Moro nas redes sociais, em que ele errou a grafia do
exame e chamou a prova de “mal redigida”, gerando indignação e ironia de
internautas que apontaram a sua ignorância e o seu preconceito.
- Moro
é um mentiroso que se contradiz e se enrola nas suas próprias versões,
tentando se distanciar do governo Bolsonaro e da Lava Jato, mas sem
assumir os seus erros e responsabilidades. Esse argumento se baseia nas
inconsistências e incoerências nas falas e nas atitudes de Moro, que ora
se diz arrependido de ter sido ministro de Bolsonaro, ora se vangloria de
ter feito parte do governo, que ora se diz vítima de perseguição do STF,
ora se diz respeitador das decisões da Corte, que ora se diz defensor da
Lava Jato, ora se diz crítico de alguns excessos da operação.
Moro, que já foi considerado um herói nacional por muitos,
hoje é visto como um vilão por outros tantos. O ex-juiz, que tentou se
reinventar como uma terceira via na disputa presidencial de 2022, enfrentou uma
forte resistência e desconfiança de diversos setores da sociedade, que
questionaram a sua credibilidade, a sua competência e a sua ética. Moro, que
julgou e condenou tantos, hoje é julgado e condenado pela opinião pública.
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