Nildo Nascimento foi um dos agricultores beneficiados com a ação e hoje se orgulha em dizer: “Sou empresário rural”. Em seu pedaço de terra, na Fazenda Mussurunga, ele possui dois hectares bem-cuidados e produtivos, com cultivos de abacaxi, mandioca e aipim, mas a principal fonte de renda vem da banana-da-terra.
Para Nildo foi um sonho ter conquistado a terra tão sonhada. “Foi graças a ATER da Coopatan que consegui uma área para trabalhar. Eu trabalhava para os outros. Agora sou dono da minha área, que está desse jeito graças às orientações que recebi para trabalhar da forma certa com a agricultura. Saí de uma renda que não era de um salário mínimo para mais de dois salários mínimos”.
A engenheira Agrônoma, Gilmara de Melo, atua no acompanhamento técnico da Coopatan. Ela explica que quando a ATER atua na ‘distribuição de terra’, garante que o produtor tenha terra suficiente para gerar renda e que ele tenha um processo de crescimento próprio, gerencie seu negócio, com garantia de uma produção de qualidade. “Temos atuado também na parte de conhecimento técnico. Eles têm noção de gerenciamento da propriedade, planejamento, implantação de cultura, colheita e pós-colheita, com preocupação com o meio ambiente, entre outros assuntos. Os produtores terem o sdomínio da terra e das técnicas de produção adequadas pela ATER é mudança de vida, um projeto transformador, que vem causando impacto na vida deles”.
A estratégia inovadora de incluir no serviço de ATER os instrumentos necessários para viabilizar o acesso à terra já trouxe resultados positivos para a cooperativa. Ampliou e fidelizou a base de produção da agroindústria, além de garantir as vendas a preços justos e renda para as famílias agricultoras. Grande parte dos cooperados da Coopatan não possuem terras, são arrendatários, meeiros ou comodatários. Os que possuem, em sua maioria, têm área insuficiente para gerar renda para sua família.
Além da ATER, a Coopatan recebeu investimentos do Governo do Estado via CAR/Bahia Produtiva na unidade de beneficiamento de mandioca, banana e milho, situada na localidade de Moenda. A unidade agroindustrial foi requalificada e equipada, com investimentos da ordem de R$ 3,6 milhões, completando o ciclo desde o cultivo até a comercialização da produção, gerando mais empregos e renda no território Baixo Sul.
Além disso, investiu na contratação de um profissional para qualificar a gestão do empreendimento (ATEG) e possibilitou a adaptação da agroindústria, para a produção de uma nova linha de produtos, uma antiga exigência do mercado. As ações viabilizaram a chegada de novos clientes e novas parcerias, o que fez aumentar, significativamente, o número de compradores e, consequentemente, o volume de vendas.
Foto: Juan Suzart.
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