Exportações baianas têm recuo de 35,8% em janeiro

No primeiro mês do ano, as exportações baianas caíram 35,8% comparadas a igual mês do ano passado, atingindo US$ 603,4 milhões. A queda reflete ainda o cenário de desaceleração da economia global, mesmo com alguns sinais de reversão de perspectivas mais negativas.

Contribuiu ainda para o menor desempenho da atividade, a parada para manutenção programada da Refinaria de Mataripe no final do ano passado e a queda dos volumes embarcados e a estabilidade dos preços da soja no mês, o que se deve tanto à entressafra, como à desvalorização do dólar e à redução da demanda externa, que também aguarda a evolução da colheita para fazer novas aquisições, por valores mais atrativos. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

As importações somaram US$ 978,1 milhões, e também tiveram queda de 36,1% em relação a igual mês do ano passado. Embora seja esperada uma queda no comércio exterior este ano, em relação a 2022, ainda é cedo para se dizer que o recuo tanto de exportações como de importações em janeiro já seja uma nova tendência.

Em termos de preço houve aumento tanto em exportações quanto em importações. Os preços médios dos produtos embarcados em janeiro subiram 0,5% em relação a igual período do ano passado. Nas importações, a variação foi mais alta de 6%, na mesma comparação. Houve comportamento semelhante nos volumes, com queda de 36,1% no quantum das exportações e recuo de 39,7% nas importações.

No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações da indústria extrativa (+58,4%), especialmente nos embarques de minério de níquel. Em compensação, houve redução nos setores de maior peso na pauta: a indústria de transformação recuou (- 51,9%) e a agropecuária (-35,4%).

Já em relação às importações, houve aumento nas compras de bens intermediários (+6%) e bens de consumo (+40,3%); mas queda nas compras de combustíveis (-67,1%) e bens de capital (-12,7%).


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