A estabilidade nas vendas do comércio varejista em novembro se verificou apesar das expectativas nos resultados da Black Friday terem sido frustradas nesse período. Essa estratégia, associada à desaceleração na elevação dos preços, ao efeito ainda positivo no mercado de trabalho e a proximidade da realização da Copa do Mundo amenizou o ritmo de queda registrada pelo setor em relação aos meses anteriores, embora o pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses tenha crescido. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 3,3 pontos em novembro, passando para 85,3 pontos.
Por atividade, em novembro de 2022, os dados do comércio
varejista do estado baiano, quando comparados aos de novembro de 2021, revelam
que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas
registraram comportamento positivo. O avanço nas vendas foi verificado nos
segmentos de Combustíveis e lubrificantes (19,0%), Equipamentos e materiais
para escritório, informática e comunicação (12,4%), Artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,6%), Hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%) e Móveis e
eletrodomésticos (0,5%). Os demais segmentos registraram comportamento
negativo, são eles: Tecidos, vestuário e calçados (-17,9%), Outros artigos de
uso pessoal e doméstico (-13,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria
(-0,7%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de
Móveis recuaram 21,7%. Enquanto Eletrodomésticos e Hipermercados e
supermercados registraram avanço de 11,9% e 2,0%, respectivamente.
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração de 9,7% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi negativa de 6,5%.
O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou recuou de 29,9% nas vendas em novembro de 2022, em relação à igual mês do ano passado. Esse resultado negativo se repete pelo oitavo mês consecutivo e pode ser atribuído ao encarecimento do crédito e ao efeito estatístico, pois em igual mês do ano de 2021 houve crescimento na atividade de 41,6%. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 10,4%.
Em relação a Material de construção, as vendas em novembro caíram 9,8%, na comparação com o mesmo mês de 2021. Esse comportamento é influenciado pelo comprometimento da renda do consumidor. Para o acumulado dos últimos 12 meses a retração foi de 6,9%.
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