Em novembro, varejo baiano mantém estabilidade nas vendas

O varejo baiano registrou variação negativa de 0,1%, no mês de novembro, em relação a igual mês do ano anterior, representando uma estabilidade nas vendas. No mesmo sentido, na análise sazonal as vendas recuaram 0,3%. Já no país houve crescimento de 1,5% no mês e retração de 0,6% em relação ao mês imediatamente anterior. No acumulado do ano, na Bahia a queda nos negócios foi de 3,9%, enquanto no Brasil houve expansão de 1,1%.  Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

A estabilidade nas vendas do comércio varejista em novembro se verificou apesar das expectativas nos resultados da Black Friday terem sido frustradas nesse período. Essa estratégia, associada à desaceleração na elevação dos preços, ao efeito ainda positivo no mercado de trabalho e a proximidade da realização da Copa do Mundo amenizou o ritmo de queda registrada pelo setor em relação aos meses anteriores, embora o pessimismo sobre as finanças familiares nos próximos meses tenha crescido. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 3,3 pontos em novembro, passando para 85,3 pontos.

Por atividade, em novembro de 2022, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de novembro de 2021, revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O avanço nas vendas foi verificado nos segmentos de Combustíveis e lubrificantes (19,0%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (12,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,6%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%) e Móveis e eletrodomésticos (0,5%). Os demais segmentos registraram comportamento negativo, são eles: Tecidos, vestuário e calçados (-17,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,6%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,7%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de Móveis recuaram 21,7%. Enquanto Eletrodomésticos e Hipermercados e supermercados registraram avanço de 11,9% e 2,0%, respectivamente.


COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração de 9,7% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses, variação foi negativa de 6,5%.

O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou recuou de 29,9% nas vendas em novembro de 2022, em relação à igual mês do ano passado. Esse resultado negativo se repete pelo oitavo mês consecutivo e pode ser atribuído ao encarecimento do crédito e ao efeito estatístico, pois em igual mês do ano de 2021 houve crescimento na atividade de 41,6%. Para a análise dos últimos 12 meses a taxa foi negativa em 10,4%.

Em relação a Material de construção, as vendas em novembro caíram 9,8%, na comparação com o mesmo mês de 2021. Esse comportamento é influenciado pelo comprometimento da renda do consumidor. Para o acumulado dos últimos 12 meses a retração foi de 6,9%.

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