64 não foi uma aventura, tampouco 2016 (Por: Pedro Alem Santino)


Não podemos nos iludir com a sagacidade e a violência que é capaz a elite brasileira a soldo dos interesses antinacionais, antipopulares e, sobretudo em defesa dos seus interesses mais mesquinhos. Em defesa de seus interesses ligados a sua propriedade e a seu próprio passado e a seu futuro.

Não podemos esquecer que a república brasileira em si foi um golpe que apesar dos resultados aparentemente progressistas foi na realidade um acordo de interesses entre os latifundiários escravistas e os militares racistas. Sim! Apesar de seus resultados imediatos e dos objetivos claros de parcelas importante dos importantes república dos de então, o movimento foi tomado pelos militares e latifundiários em rechaço ao 13 de maio do ano anterior. E os militares não. Tomaram naquele então uma decisão aventureira.

Tampouco o golpe de 64 foi uma aventura. Ao contrário foi um golpe claramente orquestrado contra os interesses nacionais que dia a dia ia ganhando espaço, e mais do que isso, ganhando corações e mentes no sentido da constituição mesmo de uma nação. Economista e historiadores esquecem por vezes que os quase 30 anos dos militares foi um processo de exclusão e desnacionalização sem precedentes nem mesmo com o senhor Dutra. (General)

Diante disso nada nos deveria levar a crer que os generais atuais, grande parte deles que foram coroinhas e outros carguinhos dos generais ditadores, tenham agora mostrado suas patinhas como uma aventura. As consequências de uma derrota são muito sérias e importantes para os mesmos. E se algo podemos dizer é que essa elite sabe bem avaliar cenários e perspectivas. Não somos um país continental pela similaridade cultural de nossos cidadãos nos mais diversos rincões do país sem uma clara articulação dessa mesma elite que num permanente misto de conciliação pelo alto e violência permanente com o povo foi capaz de manter essa unidade diferente do resto de nosso continente.

Digo isso, pois precisamos compreender que é necessária uma inquebrantável unidade dos excluídos dos trabalhadores por nosso próprio futuro ou esse estado de coisas não será mudado facilmente e tampouco cairá por si.

Por: Pedro Alem Santino.

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