
Tabatabá conta a história de um irmão e uma irmã (Abou e Moümounu) que vivem em um bairro popular na África, que dá nome à peça. A irmã primogênita repreende seu irmão por ficar todo seu tempo cuidando de uma moto e não fazer o que os outros meninos de sua idade normalmente fazem. A montagem baiana será encenada ao ar livre como forma de sair da “caixa fechada” do teatro tradicional e fazer teatro na rua – ao invés de fazer teatro de rua. O objetivo, previsto na própria criação do projeto que resultou neste espetáculo, é promover o diálogo intercultural e integrar um público que comumente não tem acesso a teatros, ampliando a formação de novas platéias e contribuindo para o desenvolvimento de um pensamento crítico.
Traduzida em mais de 30 línguas e encenada em mais de 50 países, a obra de Bernard-Marie Koltès, autor de Tabatabá, não é desconhecida do público baiano. Salvador já abrigou duas de suas peças mais famosas: Roberto Zucco (em 1998, direção de Nehle Franke) e Na solidão nos campos de algodão (2003, direção de Adelice Souza). Surgido entre os artistas "marginais" no fim dos anos 70, Koltès se impôs lentamente. Passados 20 anos da sua morte, é estudado nos exames do baccalauréat (processo seletivo equivalente ao vestibular na França) e figura entre os autores favoritos nas audições das escolas de teatro de Paris. Em breve entrará também no repertório da Comédie Française, uma das mais renomadas companhias de teatro em todo o mundo.
O diretor Philip Boulay dirigiu seu primeiro espetáculo, Na solidão nos campos de algodão, de Koltès, aos 27 anos, no Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique de Paris. De lá prá cá, obteve uma larga experiência internacional em direção teatral. Já montou textos de Koltès na África e, entre 1993 e 2006, foi professor associado à Escola Superior de Arte Dramática de Helsinque (Finlândia). Desde 2000, dirigiu numerosos ateliês em várias cidades da França e em países como Estados Unidos, Nigéria, Turquia, Chile, Romênia, Gabão, Camarões, Angola, Congo, Espanha e Alemanha. Seus espetáculos já foram encenados em língua francesa, portuguesa, finlandesa, romena e sueca.
TABATABÁ
Direção: Philip Boulay.
Atores: Mariana Freire (Maimouna) e Elmir Mateus (Petit Abou).
Assistência de Direção: Albertine M. Itela e Alda Valéria Garcia da Silva.
Cenografia: Jean Christophe Lanquetin.
Iluminação: Stéphane Loirat (Esteban).
Coordenação de Produção: Luciana Vasconcelos.
Realização: Associação Cultural Franco-Brasileira – Aliança Francesa de Salvador, Wor(L)d Compagnie e Oficina de Cultura.
Patrocínio: Fundo de Cultura do Estado da Bahia e CulturesFrance.
Ingresso: Entrada Livre
Datas e locais:
28/11 – Duas apresentações, as 16h e as 18h.
Local: Praça Padre Lourenço - Bairro Tancredo Neves II
29/11 – Duas apresentações, as 16h e as 18h.
Local: Praça Dom Jackson Beriguer (Praça da Igreja Nossa Senhora de Fátima) - Centro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário