O levantamento, feito entre 8 e 9 de setembro, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa não deixa dúvidas, Lula colhe os frutos de sua gestão focada em redução de desigualdades, retomada do emprego e autonomia internacional. Enquanto o país discute crise global e alta dos combustíveis, o presidente surfou na onda positiva de programas sociais e políticas ambientais que devolveram prestígio ao Brasil no exterior.
Entre as faixas etárias, Lula domina no público acima de 45
anos (45%), mas também surpreende ao conquistar 29% dos jovens de 16 a 24 anos,
sinal de que seu discurso de esperança e inclusão entrou nas cabeças das novas
gerações. A performance reforça a impressão de que, após quatro anos de
polarização extrema, muitos eleitores buscam retomada de estabilidade e diálogo
no Planalto.
Analistas avaliam que o presidente soube aproveitar bem o
intervalo entre a decisão do STF e o início da campanha. Com viagens à China e
à União Europeia, ele resgatou acordos comerciais esquecidos e mostrou que o
Brasil pode voltar a ser protagonista em grandes blocos. “Lula manteve o foco
no que realmente interessa ao cidadão, economia, educação e saúde”, diz a
cientista política Mariana Torres. “Isso reflete diretamente nos números.”
O cenário reforça o desgaste de Bolsonaro, cuja retórica
radical e disputas judiciais pesam contra no campo moderado. Ciro e Tarcísio,
embora sinalizem propostas pontuais, ainda não conseguiram furar a bolha de
seus nichos eleitorais, ambos precisam mostrar fôlego em debates nacionais para
ameaçar a arrancada lulista.
Com pouco mais de um ano até a disputa, Lula entra em modo
campanha ofuscando rivais pelo recado claro de confiança. A pesquisa CNT/MDA é
a prova de que, em tempos de incerteza, o eleitor prefere quem já provou
eficácia e empatia. Agora, o presidente terá de manter os indicadores positivos
e estender o pulso firme nas negociações com Congresso e Judiciário.
Se a tendência se confirmar, 2026 pode marcar o reencontro
do país com uma liderança capaz de conciliar história, pragmatismo e projeção
global. E, pelo visto, é Lula quem segura a tocha dessa virada.
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