Que a internet deu voz e vez a muitos idiotas, milicianos e toda sorte aos escrotos, eu não tenho a menor duvida disso. Também é verdade que isto só aconteceu a pouco mais de dez anos com a chegada de aplicativos do tipo wahtsaap, cópia do antigo ICQ. Na tradução livre para o português seria algo como, “Eu procuro você”. No Inglês, “I Seek You. Programa de comunicação instantânea pioneiro.
Com a chegada do Facebook, também uma cópia mais atualizada do antigo Orkut, rede social filiada ao Google, à estratégia de monopólio foi ficando evidente e assim, também, o uso para fins políticos foram se avolumando. Um dos exemplos foi o uso de dados para envio de mensagens na Primavera Árabe. Movimento que ficou conhecido em todo o mundo e que segundo os seus idealizadores, os jovens do Oriente Médio e do Norte da África, seria uma onda revolucionária.
No Brasil os “efeitos” dessa
onda revolucionária foram às manifestações de 2013 por R$ 0,20 (vinte
centavos). Primeiro começou com jovens e partidos de esquerda reivindicando o
não aumento do preço das passagens de ônibus na cidade de São Paulo, onde o
prefeito da época era o Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores.
Capturados pela grande mídia
e pela direita, o movimento começou por exigir a retirada das ruas de bandeiras
de partidos de esquerda. Alimentadas, as reivindicações depois pediram a
retiradas de representantes das legendas, chegando ao final por excluir o
vermelho e se apossar do verde e amarelo. Símbolo hoje do que há de pior em
movimentos sociais no Brasil.
Essas agitações fez surgir
pessoas como Allan dos Santos. Um insignificante social que foi levado ao
estrelato após postar diversas notícias falsas e agredir autoridades com
palavras chulas em suas redes sociais. Bia Kics, antes uma ilustre
desconhecida, hoje eleita deputada federal. Sua plataforma eleitoral? As
agressões proferidas contra adversários políticos. Kim Kataguiri? Este surgiu
feito meteoro durante as manifestações contra a presidenta Dilma. Antes,
ninguém tinha ouvido falar dele. E tem a Carla Zambelli. Que de guardadora de
banheiros químicos nas ruas da capital Paulista, se elegeu, também, deputada
federal.
O ódio, o absurdo, as
notícias falsas criaram este tipo de estrela meteórica e ao mesmo tempo escondeu
pessoas como o poeta, Zé Reys. Que com seus belos escritos luta para ter
condições de publicar um dos seus, segundo ele mesmo, “mais de 50 livros” e
nenhum publicado até hoje. Morador do Paraná pode ser visto no Twitter pelo
endereço, @ReysDosVersos.
Para quem gosta de desenho
realista, o Gláucio Barreto é arquiteto de formação e pintor por opção. O
rapaz, morador da cidade de Campina Grande na Paraíba, mostra em sua página
alguns dos seus “produtos” encomendados e que levam a sua assinatura. Lá pode
ser visto vídeos mostrando o processo de criação das peças de arte. Para ver o
belo trabalho, vá ao Instagram e procure por @ glaucio.art e se
divirta.
Na música, são incontáveis os cantores, cantoras e grupos que tem potencial artístico e de criação que deveriam estar no estrelato brasileiro. Mas isto não acontece. O guitarrista Igor Gnomo (@igor.gnomo), a Banda Raíz de Macaúba, a cantora pernambucana Marina Elali. Neta do compositor Zé Dantas, parceiro de Luiz Gonzaga em muitas das composições que são sucesso até hoje.
Na fotografa experimental a Mary Comparoni e seus ensaios
em preto e branco mostram uma fotografia popular, ao alcance de qualquer
pessoal e pode ser vista neste endereço, @ maryane_comparoni, também no
Instagram. E para fechar a lista de artistas que estão escondidos do grande
público, mas que deveriam estar em evidência, assim como milhares, não está. Eu
trago o excelente cantor baiano Lazzo Matumbi. Com
sua voz inconfundível, o artista é figurinha carimbada em Salvador e no recôncavo
baiano, mas nuca teve a sua arte em evidência no Brasil. Um erro que precisa
ser concertado urgentemente.
O Brasil, como disse Moraes
Moreira, vai “descendo a ladeira”. E enquanto os piores se destacam por suas posições
absurdas, os verdadeiros artistas, políticos, brasileiros vão sendo colocados
no ostracismo.
Só com o povo nas ruas para
reverter essa loucura que se transformou o Brasil nos últimos anos.
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