Zambiapunga de Taperoá é uma das atrações do Palhaços do Rio Vermelho.

Com um público estimado em 6 mil pessoas, desfilando pelas ruas do bairro do Rio Vermelho de forma gratuita e sem cordas, o Movimento Cultural Palhaços do Rio Vermelho acontece no dia 27 de janeiro às 17h na Quadra Esportiva na Rua da Paciência. O pré-carnaval de cunho popular é um tributo à diversidade, à paz e à alegria, sob o comando do artista plástico Ruy Santana. 

Trajados com roupas e capacetes coloridos feitos de papel de seda e cetim, o zambiapunga é um dos convidados do evento que promete transformar o bairro em um grande picadeiro cultural. "É muito gratificante para todos nós participar desse evento que da espaço para os grupos do interior da Bahia, estamos representando não só Taperoá mas todo o Baixo-Sul berço de grandes manifestações culturais", conta Mestre Deco, diretor do grupo há 30 anos. 

Zambiapunga vem de zamiapombo, deus supremo do candomblé, o grupo é formado por 60 homens que desfilam tradicionalmente na madrugada de 1º de novembro dia de todos os santos e véspera de finados, neste dia em especial, o colorido das roupas usadas na apresentação, vem representar as boas energias para receber os espíritos da alegria. 

Inicialmente uma cerimônia para afugentar os maus espíritos com a utilização de máscaras, o cortejo sai às ruas ao som de enxadas, tambores, cuícas e búzios gigantes usados como instrumento de percussão. 

 A manifestação é herança dos negros trazidos de Congo - Angola, de origem bantu, escravizados para trabalhar nos serviços agrícolas, no plantio de canaviais do Recôncavo e de grandes extensões de dendezeiros no litoral Baixo-Sul. A região concentra forte expressão do costume folclórico em especial na cidade de Taperoá (310 quilômetros de Salvador). 

 
Por Larissa Almeida.

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