Podem me acusar de várias
coisas, menos a de subestimar o fascismo. Não venho falando de crescimento do
fascismo a partir de 2018, tenho alertado para o perigo desde a lava-jato. Fui
vítima de um inquérito policial da famigerada
lava-jato por chamar o ex juiz, “ex-crogue” e “ex-croto”
Sérgio Moro de fascista. Quando
parte da nossa esquerda moralista namorava Moro e Bretas e ia a orgias amorosas
com eles, à luz do
dia, propugnando pela salvação nacional, eu estava do outro lado da cerca,
xingando os fascistas e dizendo que a lava-jato era o partido judicial, o
macarthismo, a inquisição brasileira, e que não podíamos ter ilusões acerca do aparelho repressor de
Estado. Escrevi um porrilhão de textos avisando que não existe Estado neutro,
que o nosso republicanismo pueril armava nossos inimigos, que estávamos dando a eles o arsenal
para nos destruir. Fui contra a lei da ficha limpa, que obviamente foi usada
somente contra nós, foi
contra a delação premiada, fui contra a transformação do Ministério Público num poder à
parte na República.
Como Cassandra, amaldiçoada por Apolo, é bom lembrar, passei como sendo o idiota da Vila,
ao alertar sobre estarmos aparelhado o Estado contra nós mesmos e não fazendo uma análise da funcionalidade dos aparelhos repressivos de
Estado e dos aparelhos ideológicos.
Não só o PSOL, mas setores do PT
(ou esqueceremos toda a incompetência
e cegueira política do Ministro
Eduardo Cardoso) acreditavam realmente nesta bobageira de republicanismo e
repetiam, como enfeitiçados pelo canto das sereias, “doa a quem doer”.
Nós construímos os instrumentos de tortura com os quais fomos
torturados e colocamos em seus lugares, ou não removemos, nossos próprios algozes.
Não foi só
a conjuntura, porque a política
não é o destino inexorável grego, mas uma certa
crendice nas instituições que nos empurraram para a vitória da lava jato e a prisão de Lula. No auge das
ações do MPF transformado em partido político,
o PT, no poder, não mexeu uma única
peça no tabuleiro de xadrez, sequer exonerou delegados que fizeram tiro ao alvo
com a cara de Dilma, não se mexeu para punir procuradores que agiram contra a
lei.
Não, não sou eu quem não se preocupou com o fascismo, este título não é meu. Sérgio
Moro é tão ou mais fascista que
Bolsonaro, a diferença é que um
sabe usar talheres num jantar de luxo, embora seu péssimo uso do vernáculo
o denuncie apenas como um serviçal bem pago de seus superiores, o outro é um personagem dos porões da
ditadura que só pôde ter
sucesso e vir à luz com o
auxílio luxuoso do primeiro.
O fascismo no Brasil não nasceu, na forma atual, nem se
estabeleceu em 2018. Como fenômeno do século
XXI ele é gestado e parido pela lava
jato. Quando atuava sindicalmente contra a pauta bomba, e alertava a meus
colegas que tipo de país seria
legado pós golpe, pesquisei na
internet o crescimento avassalador das organizações fascistas e integralistas
em paralelo com a lava-jato. Não foi Bolsonaro que a fez crescer, eles as
herdou. É muito mais um resultado, do que o criador deste movimento. A elite
não deu o golpe em Lula para eleger Bolsonaro, como uma espécie de bonapartismo fascistóide, ele foi o resultado indesejado de uma luta de
classes, na qual aqueles que deram o golpe perderam o controle das instituições
que queriam herdar.
Não, não se combate o fascismo e o nazismo com
pseudo-especialistas idiotas, que mais parecem coachs ou influencers e que
agora infestam a internet, passando receita de bolo para curar o fascismo. Não
sei onde eles andaram todos estes anos, poderiam ter passado a panaceia miraculosa, que no fundo é só
um placebo, antes. Vi um vídeo,
profundamente idiota, no qual um pretenso “especialista” em fascismo diz que precisaremos
muito investir em cursos de filosofia e sociologia nas escolas e universidades.
O simplismo é
delirante! Parece que o fascismo ou o nazismo é um problema de ilustração das massas ignorantes (o
que carrega, inclusive, um pesado preconceito de classe). Queridinhos, o
nazismo, a forma excelsa de fascismo, foi gerado e obteve sucesso no povo mais
culto, com maior nível
escolar e universitário, a
Alemanha. Bolsonaro ganhou a eleição naqueles que tem maior poder aquisitivo e
nível superior. Não confundam a
hegemonia nossa, de esquerda, em setores de vanguarda de universidade pública, com uma panaceia que
pode ser usada para “curar os
males da humanidade”. No
fundo, no fundo, é só mais preconceito de uma
parte da elite educada, que acha que “vai
reeducar o mundo”.
Marx colocou as coisas de forma definitiva nas Teses sobre
Feuerbach: “A doutrina
materialista de que os seres humanos são produtos das circunstâncias e da
educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de
outras circunstâncias e de uma educação mudada, esquece que as circunstâncias
são transformadas precisamente pelos seres humanos e que o educador tem ele próprio de ser educado. Ela
acaba, por isso, necessariamente, por separar a sociedade em duas partes, uma
das quais fica elevada acima da sociedade (por exemplo, em Robert Owen). A
coincidência do mudar das
circunstâncias e da atividade humana só
pode ser tomada e racionalmente entendida como práxiss revolucionante.” A questão é
política, o tempo inteiro, e a práxis revolucionante é do movimento de massas e não
de algum doutrinador narcisista novo, que ache que tenha encontrado sozinho o x
da questão.
O nazismo teve uma elite intelectual a seu serviço,
incluindo o mais influente filósofo
do século XX, Martin Heidegger. Teve
um forte movimento artístico
beneficiado por uma política
cultural classicista hitleriana (nunca esquecer as exposições de “arte degenerada do Terceiro
Reich” e de como eu sempre lembro à esquerda que a censura que
alguns fazem, do nosso lado, às
manifestações artísticas se
parecem tanto com o hitlerismo). Não foi por falta de uma classe média culta, ou de uma elite
intelectual que o nazismo venceu na Alemanha, ou na Itália (um país
sim mais pobre e com menos nível
educacional naquele momento, mas que sim, também tinha uma classe média culta e uma grande quantidade de intelectuais
de renome).
O nazismo é
um partido do capitalismo. Está
ligada à decomposição de classes
dentro do capitalismo. É um movimento de classes médias empobrecidas e de guetos da classe média, pequenos e médios proprietários, atordoados em seu pavor
de virarem proletários, e de
grandes setores do lúmpen, que
compram o discurso ressentido e raivoso. Desde Freud, com grande influência do homem ressentido de
Nietzsche, passando por Reich, Adorno e toda escola de Frankfurt, por Umberto
Eco, Guy Debord, Marcuse, há
toda uma análise que
junta marxismo e visão de que o fascismo é
uma praga psíquica, uma
histeria de massas, uma neurose coletiva e que, assim, explica a dificuldade de
se combater o discurso fascista e nazista.
Não é falta de
investimento de educação, ou falta de boa vontade de nossa parte em dialogar,
que faz o nazismo crescer. Tão imbecil quanto o discurso pseudo-acadêmico de que teremos que
investir pesado em educação para evitar o crescimento do nazi-fascismo (o voto
pesado das regiões sul e sudeste no fascista Bolsonaro, regiões industrialmente
mais desenvolvidas e com maior nível
de “educação formal” desmente prontamente este
discurso nefelibata) é o
discurso politicamente correto, teletubbies de formas educadas de se “convencer um fascista”.
O fascismo não é
do âmbito do eros, é do
tânatos. É um fenômeno social de massas, ligado à crise do capitalismo, a sua incapacidade de gerar
um projeto civilizacional, que abarque a maioria da humanidade, que assegure um
futuro a grandes contingentes da população que caem na miséria e compõem o lupesinato, da insegurança e o medo
das classes médias, que
estão sempre mais próximas de
se proletarizarem, mas se comportam, na dinâmica da luta de classes, como massa
de manobra e defensoras da elite.
Se não há
este ponto de partido de análise
do fascismo toda e qualquer análise
do fascismo é falsa
inteiramente.
E não confundam as coisas ou ponham palavras na minha boca.
Dizer que o investimento na educação formal não vai destruir o fascismo não é ser contra o investimento na
educação.
É apenas se insurgir contra este debate nefelibata e de sexo
dos anjos, e lembrar a grande fortuna crítica
que temos sobre o fascismo. Ele não é
um movimento brasileiro, do século
XXI, que se iniciou ontem e sobre o qual não temos quaisquer informações. Não é qualquer idiota que apareça
na internet, e que demanda o monopólio
do debate ou soluções sobre a questão do fascismo que deve ter algum crédito.
Voltando ao momento em que vivemos, desespero nunca foi análise e histeria nunca foi
organizar a luta. Se em 2013 alertei para o crescimento do fascismo no Brasil e
de que eles estavam organizados e vieram para ficar, fiquei 4 anos do Governo
Bolsonaro dissentido dos meus companheiros que pareciam o personagem daquele
conto do menino e do lobo. De tanto gritar que vinha o lobo e ser uma farsa, o
menino acaba sendo comido pelo animal, sem ajuda, quando o momento chega. Houve
vários “xadrezes”
do golpe e vários
analistas que afirmaram peremptoriamente que Bolsonaro tinha todos os elementos
para dar o golpe logo depois da posse. Aliás,
alguns deles continuam apostando que Lula sequer tomará posse para poderem exultar e dizer, “viu, eu estava certo!” Se jogam xadrez assim como
fazem análise, creio que não devem ser
convidados para jogar sequer torneios juvenis.
Golpes de Estado não se dão somente pela vontade do golpista
de plantão, ou mesmo pelo tiranuelo que esteja à frente do Estado. Uma série de condições objetivas e subjetivas (assim como
para uma revolução) tem que ser satisfeitas para que se possa assaltar
livremente o aparelho de Estado, não somente ter hegemonia política ou ideológica
nas forças armadas ou de repressão. O aparelho repressor de Estado raramente dá golpe para si mesmo, ou por
motivos próprios, só num Estado em que ou as
forças produtivas estão num estágio
muito inicial de organização (lembrar a fragilidade das instituições do Brasil
monárquico e da República do Café com leite), ou num estado em que o tecido social
esteja tão rasgado que a alternativa seja a Revolução ou o Fascimo.
Não foi por falta de vontade política de Bolsonaro, ou por falta de hegemonia ideológica dentro do aparelho
repressor de Estado, que não aconteceu um golpe no Brasil. Ele tinha e tem a
simpatia da maioria. Nosso tirano de plantão tem a simpatia da grande maioria
das pessoas que compões não só
as forças armadas, mas as polícias
civis e militares. Ele não tem, entretanto, uma hegemonia a favor do golpe do
fechamento do regime no alto-comando, o que é,
neste delicado equilíbrio de
forças, o freio suficiente para que ele não se aventure a fechar o regime. Só lembrarmos, ainda ontem, a
viagem dele a Brasília
tentando convencer a cúpula das
forças armadas a adiar o segundo turno das eleições. Se há algo que assuste as forças armadas é a quebra da cadeia de
comando, Bolsonaro, um ex capitão bunda mole, até sonha, mas não consegue ditar seus desmandos para
a alta cúpula.
E é
suficiente porque o aparelho repressor de Estado em si não dá o golpe e mantém
o poder para si. O golpe de 1964 se insere dentro de um contexto de guerra fria
em que os Estados Unidos patrocinaram golpe em quase todos os países da América Latina, com um consenso entre a elite
brasileira pró
fechamento de regime e um projeto econômico de pesada inversão direita de
capital estrangeiro, num processo de modernização do nosso parque produtivo,
com substituição de importações. Fomos e somos inimigos da ditadura militar de
64, o que não se pode dizer, sem mentir, é
que eles não tinham um projeto nação. Elitista? Sim. Excludente? Sim? Mas um
projeto de nação.
Bolsonaro não tem, nunca teve. Guedes fez questão não só de tentar acabar com “toda a herança getulista”, da primeira fase de
desenvolvimento do capitalismo no Brasil, fez questão de virar sua metralhadora
giratória para uma série de instituições criadas
pelos próprios militares, que estavam
longe, em 1964, de serem neoliberais. Sem projeto sustentável não é
tão simples assim dar um golpe.
Bolsonaro, de fato, teve um único momento de ascenso das massas golpistas em que
esteve perto, no mínimo, de
assumir um controle mais efetivo do Estado, proclamando o Estado de sítio. Com as forças populares
desorganizadas e sem força, bastaria ele fechar o STF, decretar seu simulacro
de golpe e aumentar a aposta.
Por que não o fez? Por que o 7 de setembro de 2021 acabou em
choro e decepção para as alas mais radicais do bolsonarismo? Além da resistência interna do próprio STF, que ameaçou prender até o governador de Brasília, não havia nenhuma clareza sobre o dia
seguinte. Que reconhecimento internacional teria, quais os passos a serem
dados. Prender e exilar inimigos, quiça até
torturar e assassinar, por si sós,
não mantém ninguém no poder.
Ele titubeou, a oportunidade passou (e oportunidades, em política, raramente se repetem),
parte de seus apoios abandonaram o movimento, outra parte foi mapeada e presa.
Parte do financiamento foi cortado.
O bolsonarismo tentou ensaiar uma tanqueata oficial no 7 de
setembro do ano seguinte. Mas golpes não são anunciados com um ano de antecedência, nem são tramados a luz
do dia. A ideia bizarra de se fazer uma tanqueata em plena Presidente Vargas
foi abortada pelo próprio
comando militar, em que pese uma grande presença de público, pelo que foi gasto, pelo que foi investido,
pela estrutura montada, sim, o bis do 7 de setembro golpista flopou em 2022. A
história acontece a primeira vez
como tragédia, a
segunda como farsa.
O capitão é
vítima ou prisioneiro do próprio personagem. Ele assumiu
um cargo através do jogo
político, de eleições com regras
claras e teve que atuar, no limite das instituições, sem acabar completamente
com o Estado Democrático
Direito, até porque,
ele mesmo era o governante. Esta duplicidade de controlar o Estado e se fartar
das benesses dele, um governo de cleptocracia, numa farra sem fim do orçamento
secreto, no qual seus sequazes, famílias
e aliados se fartam, assusta seus aliados que dão a sustentação política no Congresso. Ainda que
construa a figura do marginal à
beira do sistema, Bolsonaro é,
ao fim e ao cabo, só mais um
deputado do Centrão. Macaco apanhado na cumbuca não ousa abrir a mão para
entregar seu torrão de açúcar.
De um lado, o discurso de ódio
e fascista, que açula e constrói
um movimento de massas golpista e lhe dá
popularidade e votos, não é
o que dá governabilidade a sua sempre
instável maioria parlamentar.
Mesmo com a última
votação de 2022, podem estar certos, tão logo ele saía do Planalto, boa parte dos deputados eleitos pelo
PL migraram gozosamente para a base de sustentação de Lula, desde que possam
garantir seus próprios
interesses dentro do parlamento.
Bolsonaro não tem apoio internacional, Bolsonaro não tem o
respaldo do alto-comando das Forças Armadas, Bolsonaro não tem um movimento de
massas decidido a seu lado. A franja de cachorros loucos e radicais, pró golpe, que tomou de assalto
700 pontos de bloqueio na estrada foi mais uma demonstração de desespero que de
força. Não fora a prevaricação de Aras e dos chefes da Polícia Federal e Rodoviária Federal, nomeados por Bolsonaro, os bloqueios
não teriam durado nem 24 horas.
Resta a ele um movimento meio messiânico, meio esquizóide composto por viúvas de oficiais, ex oficiais
reformados, fanáticos
neopentecostais e uma franja de doentes que participa de atos ilegais,
patrocinados por empresários
bolsonaristas que passam por um duplo pavor: o primeiro de perder as benesses
dos esquemas de corrupção criados no atual governo, que vão do MEC à SECOM, passando por
financiamentos espúrios do
BNDES para o sertanejo, o outro de serem presos quando identificados por seus
crimes.
Por último, a
própria elite brasileira não tem
consenso sobre Bolsonaro, muito menos por entregar um Estado sem nenhum freio
na mão dele. A elite brasileira viveu uma esquizofrenia política todos os anos de Bolsonaro. Fãs incondicionais
de Guedes, mas fazendo vistas grossas para as bizarrices do capitão, viram
setores chave da economia, como a engenharia, perderem protagonismo e
investimentos, ao mesmo tempo que até
o agro, beneficiado e muito por ele, se viu, algumas vezes em palpos de aranha,
como no caso da crise com a China e do embargo à carne brasileira, ou da lista de empresas
proibidas de exportar para a Europa, por conta do desmatamento na Amazônia.
A elite brasileira está
longe de morrer de amor por Lula, mas grande parte da Faria Lima tem neurônios
suficientes para entender que Lula está
longe de ser um perigo vermelho. Parte dela desembarcou de Bolsonaro e
participou ativamente da eleição de Lula, norteada pelo desmonte da economia
praticado pelo capitão. Na verdade, o movimento eleitoral que elegeu Lula está muito à direita do de 2002, e quilômetros à direita do Lula de 1989.
Antes que achem que isto é
uma crítica, é uma constatação, uma análise da conjuntura.
Lula não foi eleito num momento de crescimento do movimento
de massas, como no Chile ou na Colômbia. Em 7 anos pós golpe, sejamos duros e sinceros com nós mesmos, não conseguimos
organizar uma oposição de massas que incomodasse os governos Temer e Bolsonaro.
Os movimentos fora Temer e fora Bolsonaro foram sempre aquém daquilo que necessitamos para assustar ambos os
governos, que governaram basicamente sem greves fortes e sem oposição de massa
fazendo movimento pesado na rua.
Nesta correlação de forças, na qual Lula aparece como o líder de uma coalizão de
centro, a elite brasileira tem pouco a temer, mormente só aquela que vive de capitalismo gangster, como as
do garimpo ilegal ou grilagem de terras na Amazônia, ou as alas mais reacionárias que são contra rever
qualquer parte da reforma trabalhista. É importante inclusive discutir a
composição de forças do nosso próprio
governo, mas será tarefa de
outra fala, já que este
artigo já está pecando pela prolixidade.
Mas, na correlação de forças atuais, é um desserviço ficar vociferando aos quatro ventos
que tenhamos “cuidado
com o iminente golpe de Bolsonaro”.
Ele não ocorrerá, Lula
tomará posse. O que ocorrerá depois disto, com o fascismo
como uma força política
permanente a ser considerada em qualquer análise
não é algo que possa ser analisado
agora. Muito menos ficar chamando “o
povo para a rua”. Isto nem
marxismo é, é grandiloquência verbal seguida de total impotência política.
De cada dez analistas que hoje gritam precisamos colocar o “povo na rua”,
11 não ganhariam eleição para síndico
do próprio prédio e não consegue reunir 5 pessoas para montar um
bloco de sujo.
Como falava Grasmci, os fatores quantitativos e qualitativos
na política mudam muito
dinamicamente para qualquer um fazer uma previsão determinista de longo prazo.
Subestimar o inimigo é um pecado
mortal na política,
superestimá-lo leva à histeria. Lula tomará posse, a partir daí, teremos que ver quais são
as tarefas do movimento social para que demos sustentação a seu governo e ele
consiga governar.
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