PIB do estado tem perspectiva de elevação, com produção
industrial e novos investimentos
O panorama atual da economia baiana é positivo e isto se
comprova no crescimento de 100% na geração de postos de trabalho no setor da
indústria, em 2019, quando comparado ao ano passado. Foram criados 38 mil
empregos no estado, até setembro, com participação de 60,7% da indústria nestes
vínculos formais. E o setor da construção civil foi responsável por 66,9% dos
empregos industriais. Para o Governo do Estado, além da elevação no índice de
emprego, houve melhora nos níveis de confiança para se investir no estado.
A Bahia também foi o estado do Nordeste que mais gerou
empregos este ano, ficando em 6° lugar no ranking nacional. Só no segmento
industrial, o estado tem 236 empresas em implantação, com previsão de
investimento de R$ 16,9 bilhões e pode gerar 19,2 mil empregos. O diferencial
está na descentralização dos investimentos industriais, já que muitos deles
estão concentrados no Semiárido e região Norte. O segmento de Eletricidade e
Gás destaca-se na previsão de investimentos (74%) e na geração de empregos (22%).
Os números constam do Panorama de Indústria, do mês de outubro, divulgado pela
Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
O saldo positivo da economia baiana em 2019 também se deve
ao aumento da demanda interna e à produção industrial, sendo aquela que mais
cresceu no Brasil, atingindo o índice de 4,3%, ficando acima da média nacional,
em setembro. Os destaques foram os segmentos de Bebidas (+25,3%), Informática
(+19,2%) e Derivados de Petróleo (+9,7%), dados do IBGE, conforme análise da
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Outra contribuição importante ao aquecimento da economia na
Bahia é o número de empresas implantadas. De 2018 a outubro de 2019, segundo a
SDE, foram 147, com investimentos de R$ 14,6 bilhões e geração de 13,2 mil
postos de trabalho diretos. Há ainda um total de 357 novos empreendimentos em
fase de implantação, com mais de R$ 36 bilhões em investimentos e oferta
potencial de 46,6 mil vagas.
Primeira economia do Nordeste e segundo estado brasileiro em
investimentos públicos, a Bahia também é líder nacional na geração de energias
renováveis, no número de usinas em operação e em projetos comercializados. Para
a SDE, o estado também tem investido em um complexo sucroalcooleiro e que todos
estes fatores são determinantes para a continuidade do desenvolvimento
econômico nos próximos anos.
PIB 2017
O IBGE divulgou nesta quinta-feira dados do PIB baiano de
2017, que ficou estável no período. De acordo com a SEI, a profunda recessão da
economia brasileira teve influência no resultado. O ano, contudo, marcou o
início da recuperação em curso, puxada pela indústria automobilística, que
cresceu 30,8%, seguida da extração mineral, com 21,1%, e da agropecuária
(6,7%). Setores de serviços importantes também se expandiram, a exemplo de
Transporte e Armazenagem (5,7%), Informação e Comunicação (4,4%) e Alimentação
(3,4%).
O Governo do Estado explica ainda que em 2017 a política de
preços dos combustíveis da Petrobras levou a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) a
operar 50% abaixo da sua capacidade de refino, e a política de desinvestimentos
na Bahia, da estatal nacional, resultou em uma grande redução da produção de
petróleo e gás nas bacias de Tucano e Recôncavo. Isto somado à falta de Leilões
de Energia no período, impactou negativamente a economia do estado.
Foto: Adenilson Nunes/GOVBA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário