Eu não me acostumo nuca. Tenho
toda a certeza do mundo que nunca saberei conversar, ter um bate papo, mesmo
que rápido, com gente que se proclama conhecedor de determinado assunto que
esteja em pauta na mídia. O idiota tem necessidade de se declarar inteligente. É
algo incontrolável dentro dele. E eu não consigo conviver com gente inteligente. Eu prefiro o meu povo.
Por força do meu trabalho no
Blog, eu passo algumas horas na frente do computador. Desse tempo, algum é
gasto em redes sociais. Nelas há uma avalanche de novas pessoas a dar vazão a
seus argumentos. Muitas vezes são copias do que outros já copiaram de outros
que também copiaram. É o telefone sem fio moderno. Só que dessa vez, diferente
do barbante e das duas latas de leite nas pontas, essa turma não interpreta o
que está escrito, basta concordar. Mas se concordar é compactuar com tamanhas
inverdades que são publicadas, essa gente está fadada ao sucesso inverso. E
como diz a letra da banda Plebe Rude, “Não
temos identidade própria. Copiamos tudo em nossa volta. Nunca fomos tão
brasileiros”.
Sou militante de esquerda desde
1979. Naquele tempo recebíamos textos a serem estudados durante a semana.
Muitas das vezes tínhamos que destruir aquelas páginas assim que já nos dávamos
por satisfeitos. Aos sábados eram comuns reuniões em grupo para debater a
leitura. Daqueles tempos trago o prazer de ter um livro em minhas mãos, ler e
poder concordar ou discordar do que nele tem. Atualmente estou terminando o
Livro: Zé Dirceu – Memórias. Volume I. Autografado pelo autor, quando o entrevistei para o Blog. Uma narrativa em primeira pessoa e narra
a entrada do autor na política estudantil, sua prisão e expulsão do Brasil. Sua
morada em Cuba e clandestinamente por aqui. É uma boa leitura para conhecer um
dos homens que foi responsável, junto com o Presidente Lula, para o que país
chegasse a 6ª economia do mundo moderno.
A leitura faz bem a sanidade
mental.
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