A pior seca dos últimos 50 anos.
Foi com esse alerta que o prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva,
abriu o 1º Encontro dos prefeitos do Semi-Árido sergipano, realizado no próprio
município de Canindé. A ideia da reunião, de acordo com ele, foi a de pautar
reivindicações comuns à região para levá-las aos governos federal e estadual
para pedir mais ajuda com ações de combate à estiagem. Atualmente, 18 municípios
sergipanos estão em situação de emergência, totalizando cerca de 113 mil
pessoas atingidas, diretamente, pela seca.
Heleno Silva também sugeriu a criação de um fórum permanente, com reuniões periódicas nos municípios da região, para avaliar os efeitos da seca e o que está sendo em cada cidade para combate as suas consequências. O prefeito de Canindé advertiu para a queda brusca da produção de leite (em torno de 60%), que é considerado o grande ouro do sertão. “A nossa situação está muito difícil. As obras anunciadas pelo governo federal se esbarram na burocracia e não chegam ao Sertão. Estamos aqui juntos para dizer a Sergipe que os prefeitos do Alto Sertão estão pedindo ajuda ao seu povo”, advertiu.
Heleno Silva também sugeriu a criação de um fórum permanente, com reuniões periódicas nos municípios da região, para avaliar os efeitos da seca e o que está sendo em cada cidade para combate as suas consequências. O prefeito de Canindé advertiu para a queda brusca da produção de leite (em torno de 60%), que é considerado o grande ouro do sertão. “A nossa situação está muito difícil. As obras anunciadas pelo governo federal se esbarram na burocracia e não chegam ao Sertão. Estamos aqui juntos para dizer a Sergipe que os prefeitos do Alto Sertão estão pedindo ajuda ao seu povo”, advertiu.
“Temos que agir rápido para que a
unidade matriz produtiva do Sertão, que é a agropecuária, não entre em colapso,
pois caso contrário, vamos viver dias terríveis na nossa região”, completou.
Heleno Silva propôs, o quanto mais rápido possível, uma audiência com o
governador Marcelo Déda, “para que olho no olho e, se for necessário irmos a
Brasília, falarmos com o ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional, para
buscar ajuda urgente para o nosso povo”.
Antônio Fernandes Rodrigues, o
“Tonhão”, prefeito de Monte Alegre, reforçou o quadro preocupante apresentado
por Heleno Silva. Ele chamou a atenção que a seca não acontece somente agora,
mas se repete todos os anos devido ao fator climático natural da região. “A
seca não é nenhuma novidade. Nós governantes, temos que encontrar soluções para
que o nosso povo sofra menos”, disse.
Como proposta, ele sugeriu à DESO
que realize uma vazão na adutora que passa próximo à barragem do povoado Vaca
Serrada para que ela abasteça não só o município de Monte Alegre, mas também
Porto da Folha e Poço Redondo. “Temos também os animais que estão morrendo de
sede. Em Monte Alegre, temos um parque público onde a maioria dos criados está
pegando água nesse açude para o rebanho, e dentro de algumas semanas, essa água
vai acabar”, relatou.
José Erivaldo, conhecido como
Neno, produtor rural de Nossa Senhora da Glória, lembrou que em 2007, na
primeira reunião do orçamento participativo do governo estadual em seu
município, pediu à então secretária Lúcia Falcon (Planejamento), para a
implementação de políticas estruturantes de recursos hídricos. De acordo com
ele, a produção de leite, que era de 800 mil litros por dia, diminuiu para 150,
170 mil litros. “Isso representava uma injeção de R$ 25 milhões por mês na
economia da região. Hoje, a situação é caótica e preocupante. Ou fazemos alguma
coisa, ou o Alto Sertão será a nova região citrícola de Sergipe, que já foi a
mais rica do Estado e, devido à crise da laranja, hoje seu povo enfrenta a
mazela e miséria”, enfatizou.
O deputado federal Valadares Filho assumiu o compromisso de ainda no final desse mês, marcar uma audiência com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para levar o documento aprovado no encontro, e assim solicitar ações não só emergenciais, mas também continuadas.
Ao final da reunião, os prefeitos apontaram reivindicações mais urgentes ao governo estadual e também formaram uma comissão provisória para a criação de uma associação de municípios do Alto Sertão. Também ficou definido a realização de uma outra reunião, com todos os 18 prefeitos, e com a presença do governador Marcelo Déda, para a discussão de questões emergenciais. Entre os principais pleitos apresentados estarão:
O deputado federal Valadares Filho assumiu o compromisso de ainda no final desse mês, marcar uma audiência com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para levar o documento aprovado no encontro, e assim solicitar ações não só emergenciais, mas também continuadas.
Ao final da reunião, os prefeitos apontaram reivindicações mais urgentes ao governo estadual e também formaram uma comissão provisória para a criação de uma associação de municípios do Alto Sertão. Também ficou definido a realização de uma outra reunião, com todos os 18 prefeitos, e com a presença do governador Marcelo Déda, para a discussão de questões emergenciais. Entre os principais pleitos apresentados estarão:
Duplicar o número de caminhões-pipa em cada município em situação de emergência;
Discutir com a DESO a vazão das
adutoras para o enchimento de barragens na região;
Solicitar à COHIDRO a escavação
de mais poços artesianos;
Pedir ao governo estadual a
ampliação na limpeza das barragens e açudes;
Duplicar o número de cestas
básicas;
Retornar programa do governo
estadual de limpeza de tanques individuais;
Discutir a execução de dívidas
dos agricultores rurais junto ao Banco do Nordeste.
Além de Heleno Silva e Tonhão de
Monte Alegre, estiveram presentes os prefeitos Verônica Santos Moura (Nossa
Senhora Aparecida), Roberto Araújo (Poço Redondo), Jonas Oliveira Santos (Feira
Nova), Antônio Andrade (Gararu), Chico dos Correios (Nossa Senhora da Glória), Dr.
Abílio (Porto da Folha) e José Nicarcio de Aragão (Graccho Cardoso,). Também
participaram o secretário de Estado da Agricultura, José Sobral, o deputado
federal Valadares Filho, o deputado estadual João Daniel, além de técnicos do
governo, produtores rurais, vereadores e lideranças comunitárias da região.
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