Quase 20 milhões de pessoas saíram da pobreza desde 2003.


Em apenas um ano, o número de brasileiros pobres teve uma redução de 12,27%, com a saída de 3,8 milhões de pessoas da situação de pobreza em 2008. As conclusões estão em um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última semana. Ainda segundo o estudo da FGV, 19,4 milhões de brasileiros deixaram a classe E desde 2003, queda de 43%.

De acordo com os dados, 16,02% dos brasileiros eram considerados pobres em 2008. No ano anterior, o índice estava em 18,26%. Desde 2003, a FGV registra queda na taxa de pobreza. Naquele ano, o índice era de 28,12%. Em 2006, pela primeira vez desde 1992 - quando esse levantamento teve início - o Brasil passou a ter menos de 20% da sua população em situação de pobreza.

Segundo o estudo, programas sociais como o Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), foram responsáveis por 17% da queda da desigualdade no período de 2001 a 2008. A renda do trabalho teve impacto de 67%. “Na classe E, que corresponde aos pobres pela linha média nacional da FGV, nota-se que após os reajustes anunciados recentemente e o novo critério de entrada no Bolsa Família, a parcela destes programas nas respectivas rendas aumentou de 4,9% para 16,3%”, relata o estudo, que considera pobre a pessoa com renda inferior a R$ 145 mensais.

Classe Média – Como resultado da redução das classes D e E, cresceu o número de brasileiros na classe C, que está no meio da pirâmide de renda, com ganhos entre R$ 1.115 e R$ 4.807 (renda domiciliar total mensal). De 2007 para 2008, o crescimento foi de 4,94%. Isso significa que, no ano passado, 91 milhões de brasileiros, 49,22% da população, faziam parte da classe C. Desde 2003, o crescimento acumulado nesta faixa de renda foi de 31,05%.

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