Atualmente, todas as unidades da rede de assistência da Sesab, incluindo hospitais, maternidades, centros de referência, policlínicas e unidades de emergência já contam com prontuário eletrônico.
Hoje já são mais de 2,7 milhões de baianos cadastrados no
banco de dados da Sesab, onde é possível acessar o histórico médico, o
resultado de exames, acompanhar consultas, regulações e procedimentos, além do
acompanhamento farmacêutico.
O coordenador geral da CGTICS, Diego Daltro, explica que, em dois anos, todos os bancos de dados utilizados pela Sesab devem ser integrados à Rede Estadual de Dados em Saúde da Bahia – REDS.
“Uma das grandes vantagens de o governo do estado
desenvolver seu próprio sistema é ter acesso ao código fonte, o que permite
implementações e atualizações ao longo do tempo, e também a garantia da
segurança dos dados, uma vez que as informações estarão armazenadas em bancos
de dados do Estado e não passarão por plataformas de empresas privadas”, conta
Diego Daltro.
A REDS tem como objetivo unificar os prontuários de pacientes em um único repositório mas permitindo que estes fiquem disponíveis também no sistema do próprio hospital ou clínica. Dessa forma, o acesso e a integração são feitos em questão de segundos.
A partir do mapeamento e acompanhamento dos dados
incorporados na REDS, o profissional que atende ao cidadão pode ter acesso a
todo seu histórico, de maneira a auxiliá-lo com um diagnóstico e medidas de
cuidado mais rápidos e precisos, bem como apoiar a gestão das unidades ou da
Secretaria da Saúde numa rápida tomada de decisão.
REDS na Rede Estadual da Bahia
Um das unidades que já utiliza um dos sistemas que estão
sendo agrupados na REDS é o Hospital Geral Roberto Santos. A diretora-geral da
unidade, Lucrécia Savernini, aponta que a digitalização dos processos traz
avanços nos fluxos de atendimento dos pacientes.
“Há uma melhor comunicação entre as equipes. Os profissionais que estão atendendo o paciente têm ali, na tela, o histórico dele dentro na unidade. Com a ampliação do sistema, haverá uma melhora no desempenho da equipe, uma vez que ela terá acesso a exames e procedimentos feitos anteriormente”, afirma a diretora.
“O paciente é único e todas as suas informações de
atendimentos são essenciais para que os profissionais que o assistem tomem
decisões mais assertivas”, comenta a Secretária da Saúde da Bahia, Roberta
Santana. Ela ainda destaca que isso possibilitará uma redução de custos. “Se o
paciente já fez, por exemplo, uma tomografia há pouco tempo, não haverá
necessidade de repetir o exame se o médico tiver acesso a esse exame”, afirma.
Modelo para outros estados
O sistema que está sendo desenvolvido pelo Governo Baiano também poderá ser utilizado por outros estados. A possibilidade foi discutida em uma reunião no Ministério da Saúde, que contou com a participação da Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Haddad, da Secretaria da Saúde da Bahia, Roberta Santana, e de Diego Daltro.
De acordo com Daltro, a Sesab irá auxiliar no
desenvolvimento da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que conectará os
atores e dados em saúde de todo o país, estabelecendo o conceito de Plataforma
Nacional de Inovação, Informação e Serviços Digitais de Saúde.
“Teremos a possibilidade de fazer a primeira interoperabilidade, o primeiro passo, em conjunto com a REDS – Rede Estadual de Dados em Saúde, que a gente criou na Bahia, para poder criar uma rede única de saúde”, afirma.
“Nosso estado é uma
referência para o Ministério da Saúde em termos de tecnologia usada nas
unidades de saúde. E ainda podemos melhorar ainda mais, por isso é importante
esse diálogo e a criação de uma interlocução maior”, pontua Roberta Santana.
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