Tá na internet: Tragédia republicana (Por Luiz Mir)


Que loucura! O tal de Élcio Franco, que foi aboletado no cargo de secretário executivo do MS, acaba de confirmar, ao vivo, na CPI da Covid, que o sargento Pazuello cumpria ordens de um plano elaborado pelo Exército. 

Inclusive com a seleção dos militares que "ocuparam" o MS, para gerir uma pasta civil e um programa estratégico de combate a pandemia que exigia especialistas e notório saber epidemiológico e vacinal. 

Sem a participação de civis no planejamento e supervisão. Tudo seria e foi com a supervisão do Ministério do Exército.

Ou seja, o combate a pandemia,  na sua origem e desdobramentos,  foi uma operação militar. E deu no desastre no que deu. Agora fica claro o susto que levou o Teich. E o cumprimento estrito de ordens recebidas por Pazuello. E que nos fizeram chegar a esse descalabro. 

Ou seja, se a CPI não convocar, pela gravidade do que esse tal de Élcio Franco revelou, o comandante do Exército, o ministro da Defesa, para que expliquem como foi esse planejamento, estaremos encobrindo um desastre militar como se fosse civil. 

E admitiu que os 17 militares que foram lotados no MS foram indicações do Comando do Exército. 

E que o sargento Pazuello foi indicado para o cargo de Ministro da Saúde pelo Exército. Em nenhum momento citou o Presidente da República. Ele também, pelo visto, teve que engolir não só as ordens, mas também as indicações do Exército. 

Ele não tem ideia da gravidade institucional, política, do que afirmou, do que revelou. De que militares, que não sabem a diferença entre uma fralda geriátrica e uma seringa, montaram um plano para o combate a pandemia.

E não demonstrou compostura e respeito pelo Senado, pela Comissão. Ele veio com o seu material dentro de uma mochila militar, colocada a vista de todos. Isso não se faz. Senado não é quartel, e senadores não são recrutas. Que horror!

Por: Luís Mir.

Tá na internet.

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