"É a vez do Senado ser
comandado pelo baixo clero. Em outras palavras, trocamos o corrupto malaco pelo
corrupto medíocre. Não tem nada de bom nisso, a não ser o fato de que teremos
muito mais divertimento nos próximos meses.
Mas, vamos lá, quem é Davi
Alcolumbre, novo presidente do Senado? Pessoalmente, pouco me importam o estudo
escasso e os erros de português. A gente ri, mas é riso triste, estilo "só
piora". Pega mais para mim a história de como ele chegou quente em
Brasília, tendo sido envolvido no desvio de verbas da Saúde logo depois de ser
eleito deputado federal. Chegou em 2003, o escândalo apareceu em 2004.
Pega mais para mim a maneira
como ele conseguiu se livrar daquela e pareceu ter aprendido a andar camuflado.
Em cada votação e omissão, lá estava Alcolumbre contra toda investigação. Mas
stealth. Quietinho. Um perfeito Calheiros em construção. Quando a imprensa o
pegava, mostrando que desviava dinheiro para o o posto de gasolina de seu tio,
nada acontecia. Em parte, beneficiado pelo descaso de uma opinião pública que
desdenha o crime cometido pelos medíocres, como o clã que ora governa o país.
Alcolumbre só voltou à ribalta
judicial dez anos depois, em 2014, quando descobriram que usou notas frias na
prestação de campanha. Saiu livre porque, wait for it, o TRE do Amapá achou que
Alcolumbre não sabia de nada. O julgamento do crime eleitoral está parado no
TSE.
Ainda digno de nota é o fato
dele ser fã de Aécio Neves, a quem apoiou sempre que o ex-senador foi acusado
de corrupção. Votou contra a cassação do mineiro e a favor da recondução ao
Senado. Também é acusado de nepotismo, disseminar notícias falsas e pressionar
servidores a fazer campanha para ele.
Este é o presidente ordinário,
sem força nenhuma para causar problemas, que será eternamente grato ao apoio do
clã Bolsonaro.
Este é Davi Alcolumbre.
Regozijem-se.
Tudo mudou para continuar como
está."
Texto compartilhado em grupos de bate papo na internet.
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